Ciências

Dragão-de-komodo

O dragão-de-komodo é encontrado na Indonésia e destaca-se por seu tamanho e agilidade. Apresenta hábito diurno e é uma espécie solitária.

O dragão-de-komodo é o maior lagarto do mundo.

O dragão-de-komodo é uma espécie de réptil que ocorre apenas na Indonésia e destaca-se pelo seu grande tamanho, sendo considerado o maior lagarto do mundo. Quando jovem, apresenta coloração verde e vive em árvores, e, quando adulto, vive no ambiente terrestre e adquire uma coloração uniforme, do marrom ao vermelho acinzentado.

A espécie alimenta-se, principalmente, de carniça mas também pode caçar suas presas. Trata-se de uma espécie diurna e solitária. Possui uma saliva cheia de bactérias e também produz veneno.

Leia mais: Hiena — animal encontrado na África e na Ásia, bastante conhecido por seu hábito de se alimentar de carniça

Resumo sobre o dragão-de-komodo

  • É uma espécie de réptil que vive em ilhas na Indonésia.

  • É a maior espécie de lagarto no mundo.

  • Pode atingir mais de três metros de comprimento.

  • Por muito tempo, associou-se a morte das suas presas à grande quantidade de bactérias presentes na sua saliva.

  • Seu veneno apresenta ação anticoagulante.

  • É rápido e solitário.

  • Durante a época reprodutiva, machos lutam pela fêmea.

Quais são as características do dragão-de-komodo?

O dragão-de-komodo (Varanus komodoensis) é uma espécie de réptil pertencente à ordem Squamata. Esse animal é o maior lagarto do mundo, chegando a atingir 3,5 metros de comprimento quando adulto, e seu peso pode superar os 160 quilos. Quando filhote, após sair do ovo, ele apresenta aproximadamente 37 centímetros. É um animal extremamente rápido, podendo atingir 20 km/h, agressivo e inteligente.

O dragão-de-komodo apresenta patas curtas e fortes, garras poderosas, cauda robusta e forte e o focinho arredondado. Esse animal possui dentes pontiagudos e serrilhados e uma língua bifurcada que se assemelha à das serpentes.

Os dragões-de-komodo têm um olfato muito desenvolvido, graças à presença de um órgão chamado de órgão de Jacobson. Eles colocam a língua para fora da boca e captam moléculas de cheiro, que são transferidas ao órgão de Jacbson. Esse órgão está localizado na parte superior do palato e é responsável por interpretar as informações captadas.

Os dragões-de-komodo têm corpo recoberto por escamas ásperas. Quando jovens, eles apresentam coloração verde com faixas amarelas e pretas. O adulto, por sua vez, possui uma coloração uniforme, que vai do marrom ao vermelho acinzentado.

Quando jovens, os dragões-de-komodo vivem em árvores. O hábito arborícola durante a fase juvenil é importante para evitar que os pequenos dragões sejam devorados pelos mais velhos. Eles permanecem em árvores até atingirem cerca de oito meses de idade. A partir daí, tornam-se muito grandes e passam a viver no solo.

Os dragões-de-komodo são animais de hábitos diurnos. Eles procuram abrigo durante a noite e também em dias muito quentes. São animais capazes de nadar e mergulhar, e já foi descrito dragões mergulhando a 4 m de profundidade.

O dragão-de-komodo é considerado “em perigo” na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN). Atualmente a espécie é protegida por lei, entretanto, ainda é muito caçada pelo homem, que, muitas vezes, mata-a para defender seu gado e até mesmo sua vida.

Leia mais: Jiboia — réptil que pode atingir quatro metros de comprimento e cuja musculatura é bem desenvolvida

Onde vive e qual a origem do dragão-de-komodo?

Os dragões-de-komodo são encontrados em poucos lugares do planeta. Eles vivem nas ilhas indonésias de Rinca, Padar, Flores e Komodo, de onde originou seu nome. Podem ser avistados em diferentes ambientes nessas ilhas, como florestas, savanas e regiões litorâneas.

O dragão-de-komodo tem veneno?

Por muito tempo, acreditou-se que a mordida do dragão-de-komodo levava a presa à morte em virtude da grande quantidade de bactérias em sua boca. Os pesquisadores passaram anos acreditando firmemente que as bactérias patogênicas causavam infecções. Entretanto, hoje se sabe que os dragões apresentam algo muito mais perigoso em sua boca: veneno.

Quando o animal dá uma mordida na vítima, causa-lhe uma ferida profunda, e o veneno é introduzido. Esse veneno diminui a pressão sanguínea e a coagulação do sangue, por consequência, a vítima acaba morrendo em decorrência da hemorragia.

Após a mordida, o dragão deixa a vítima no local e volta tempos depois após a sua morte. Ele consegue seguir seus rastros e voltar ao local onde ocorreu o ataque graças ao seu olfato apurado. Ao chegar e encontrar seu alimento já morto, ele o devora rapidamente.

O que o dragão-de-komodo come?

Os dragões-de-komodo são animais carnívoros.

Quando jovens, os dragões-de-komodo vivem em árvores e alimentam-se de insetos. Quando adultos, esses animais vivem na terra e alimentam-se de outros animais, geralmente mamíferos. Já foram relatados, inclusive, diversos casos de ataque a humanos.

Os dragões-de-komodo alimentam-se principalmente de carniça, porém também são capazes de caçar. Para atacar suas presas, o dragão se esconde até chegar a hora certa de dar a sua mordida poderosa. Quando a presa aparece, ele rapidamente a ataca, usando a força de suas patas e cauda, capazes de derrubar até mesmo árvores. Apesar de serem animais solitários, durante a alimentação, pode-se perceber a aglomeração de vários indivíduos.

Leia mais: Alimentação dos animais — pode ser carnívora, onívora ou herbívora

Como o dragão-de-komodo se reproduz?

Os machos atingem a maturidade sexual após os 10 anos de idade, enquanto as fêmeas a atingem com cerca de nove anos. Quando a época de acasalamento chega, os machos ficam muito agressivos e lutam entre si pela fêmea. Durante a luta, o dragão tenta derrubar o outro, e ambos ficam na posição vertical.

Quando a fêmea está pronta para a reprodução, ela libera fezes com odor característico, indicando ao macho que está receptiva. Após o acasalamento, o macho permanece com a fêmea para garantir que ela não se acasalará novamente.

As fêmeas botam até 30 ovos, os quais são depositados em buracos cavados por ela. Ela os cobre com terra e folhas, deita sobre o ninho, e os ovos são incubados por oito a nove meses. Os filhotes nascem com cerca de 37 centímetros e migram rapidamente para as árvores. Não há relatos de cuidados com os filhotes após o nascimento. A mortalidade dos filhotes é muito alta, e aqueles que chegam à fase adulta podem viver 50 anos.

 

Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia

Por Vanessa Sardinha dos Santos

Versão completa