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Gambá

Gambá é um marsupial, assim como canguru e coala. É um animal que lembra um rato, porém não é um roedor. Apresenta hábito noturno e solitário.

Gambá com seus filhotes em um campo florido O gambá é um mamífero marsupial que pode ter ninhadas de até 12 filhotes.

Gambá é o nome popular usado para se referir a algumas espécies de marsupiais da família Didelphidae. Gambás são animais mamíferos que lembram ratos e destacam-se por ter uma longa cauda sem pelos, a qual utilizam para escalar. Esses animais têm hábitos noturnos e solitários e apresentam dieta onívora, na qual estão incluídos pequenos vertebrados, invertebrados e frutos.

Uma vez que são animais marsupiais, o desenvolvimento do filhote é finalizado em bolsas denominadas marsúpio, assim como ocorre com cangurus e coalas. Quando ameaçados, os gambás podem mostrar seus dentes ou fingirem-se de mortos.

Leia mais: Classificação dos mamíferos — a subclasse Theria engloba os marsupiais

Resumo sobre gambá

  • Gambás são animais marsupiais, assim como coalas e cangurus.

  • Lembram ratos, porém não são roedores.

  • Apresentam longas caudas, que os ajudam a subir em árvores.

  • São animais solitários e noturnos.

  • São animais onívoros que se alimentam de diferentes alimentos, como pequenos vertebrados, invertebrados e frutos.

  • Quando se sentem ameaçados, podem fingir-se de mortos.

Características do gambá

Gambá é um nome popular utilizado para as diferentes espécies da família Didelphidae. São animais marsupiais, o que indica que seu filhote termina o desenvolvimento em bolsas denominadas marsúpio, assim como coalas e cangurus. O termo gambá é derivado do tupi-guarani e significa “ventre aberto”, uma referência ao marsúpio.

Os gambás se assemelham fisicamente a grandes ratos, porém não são roedores. Apresentam uma cauda sem pelos, a qual o animal utiliza para escalada em árvores ou construções. O tamanho dos gambás varia muito a depender da espécie estudada, sexo e local onde vive. De maneira geral, podem apresentar entre 40 cm e 50 cm de comprimento. Possuem pescoço grosso, membros curtos e focinho alongado e pontudo.

Os gambás têm patas anteriores com unhas afiadas e patas posteriores com dedo oponível aos outros, o que os ajuda na escalada. Trata-se de animais solitários, nômades, arborícolas ou terrestres e que apresentam, geralmente, hábitos noturnos. Durante o dia, os gambás, normalmente, são observados dormindo em buracos, como ocos de troncos de árvores.

Os gambás estão bem-adaptados aos ambientes antrópicos, o que faz com que frequentemente eles tenham contato com o ser humano. Muitas vezes, esse animal provoca prejuízos, sendo comum observá-lo, por exemplo, em instalações de energia elétrica e forros de casas.

Os gambás são animais solitários e têm hábitos noturnos. Na foto é possível observar um gambá-de-orelha-branca.

Para se defenderem, os gambás, geralmente, emitem um som característico e abrem sua boca de modo a mostrar seus dentes. De maneira geral, esses animais não atacam. Além de mostrar os dentes e emitirem sons, os gambás podem eliminar o conteúdo intestinal, com uma secreção odorífera da glândula anal, ou se fingir de mortos. O gambá-da-virgínia, por exemplo, ao pressentir o perigo, abre a boca, coloca sua língua para fora e excreta fluídos com cheiro desagradável, que acaba afastando predadores.

Vale destacar que os gambás são confundidos com outra espécie animal, popularmente chamada de cangambá. O animal de pelagem preta e grandes listras brancas nas costas, conhecido principalmente por esguichar um líquido de odor fétido quando ameaçado, é, na realidade, pertencente a outra família, a família Mephitidae, não se tratando, portanto, de um gambá. Os gambás também eliminam odor, sendo esse cheiro usado na atração de parceiros, para marcar território e como mecanismo de defesa, porém não causa incômodo como o liberado pelo cangambá.

Leia mais: Topeira — outro animal que parece, mas não é um roedor

Alimentação do gambá

Os gambás são animais onívoros, alimentando-se, por exemplo, de invertebrados, como insetos e escorpiões; pequenos vertebrados, como filhotes de aves e cobras; frutas; ovos; carniça; e até mesmo lixo. São animais de grande importância ecológica, uma vez que atuam no controle de pragas e na dispersão de sementes.

Reprodução do gambá

Os gambás são animais mamíferos do grupo dos marsupiais. Isso significa que eles possuem uma espécie de bolsa, denominada marsúpio, na qual os filhotes terminam seu desenvolvimento. A gestação do gambá é curta, durando cerca de 13 dias.

Após esse período no útero, o filhote segue em direção ao marsúpio, no qual se fixará ao mamilo e receberá o alimento necessário para continuar seu desenvolvimento. Para alcançar as glândulas mamárias no marsúpio, os filhotes escalam a pelagem da mãe. Quando estão mais desenvolvidos, saem da bolsa e ficam agarrados ao dorso da mãe até sua total independência.

Esses animais apresentam grande capacidade reprodutiva, podendo ter até duas ninhadas por ano, cada qual com cerca de 12 filhotes.

  • Videoaula sobre mamíferos

Espécies de gambá

Existem diferentes espécies de gambá, sendo possível encontrar esses animais também em território nacional. No Brasil, merecem destaque os gambás-de-orelhas-brancas e os gambás-de-orelhas-pretas.

O gambá-de-orelha-preta apresenta orelha preta e sem pelos.
  • Gambá-de-orelha-preta (Didelphis aurita): também chamado de saruê e seringuê, esse animal é observado no Brasil, Paraguai e Argentina. A espécie destaca-se por suas orelhas grandes, pretas e sem pelos. A região dorsal apresenta duas camadas de pelo, sendo uma mais interna com pelos de cor clara e outra mais externa com pelos mais longos e de cor preta ou cinza. A região ventral possui cor clara. Trata-se de uma espécie onívora, mas, em algumas situações, é observada uma alimentação especialmente frugívora, estando a alimentação diretamente relacionada com a disponibilidade de alimentos. É considerada uma espécie polinizadora e dispersora. Esses gambás são imunes ao veneno de serpentes como jararaca e cascavel.

  • Gambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventris): também conhecido como mucura, sariguê, saruê, timbú ou raposinha, esse gambá pode ser observado por todo território nacional, principalmente no Pantanal, Caatinga e Cerrado. As orelhas apresentam coloração clara, e a coloração do corpo é cinza, com duas camadas de pelos, sendo a inferior com pelos claros e a superior com pelos pretos e grossos. Na cabeça é possível observar três listras pretas, uma central e duas sobre os olhos. Alimenta-se de ovos, pequenos vertebrados, invertebrados, frutos e sementes. Assim como o gambá-de-orelha-preta, é imune ao veneno de algumas serpentes.

Por Vanessa Sardinha dos Santos

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