Rosa dos ventos

A rosa dos ventos é uma representação gráfica no formato de estrela que indica a posição dos pontos de orientação na superfície terrestre. Os pontos cardeais são os principais representados nessa figura, sendo eles: Norte (N), Sul (S), Leste (L) e Oeste (O).

A rosa dos ventos pode trazer, ainda, informações sobre os pontos colaterais e subcolaterais — posições intermediárias igualmente importantes para os deslocamentos no espaço. Por causa do seu papel na navegação e, sobretudo, na orientação, a rosa dos ventos foi adicionada a instrumentos de localização, como a bússola.

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Resumo sobre a rosa dos ventos

• A rosa dos ventos é uma representação gráfica que indica os pontos de orientação na superfície terrestre e é usada em instrumentos de localização.

• Ela foi originalmente criada para identificar a direção dos ventos, e aperfeiçoada durante o período das Grandes Navegações.

• Os pontos cardeais são os principais pontos de orientação na rosa dos ventos.

• São quatro os pontos cardeais: Norte (N), Sul (S), Leste (L) e Oeste (O).

• Entre os pontos cardeais existem os pontos colaterais, e, entre um ponto colateral e um ponto cardeal, ficam posicionados os pontos subcolaterais.

• Nem todas as rosas dos ventos trazem representados os pontos colaterais e subcolaterais.

• A divisão regional do Brasil nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul leva em consideração a posição dos estados e, por isso, guarda relação com a rosa dos ventos.

• Importante para a locomoção sobre a superfície terrestre, a rosa dos ventos foi incorporada às bússolas no século XIII pelo italiano Flavio Gioia.

O que é a rosa dos ventos?

A rosa dos ventos é uma figura que representa os principais pontos de orientação na superfície terrestre. Ela é construída no formato que se assemelha a uma estrela com quatro pontas e pode se dividir em um total de oito ou dezesseis seções, como veremos adiante. Na extremidade de cada uma das pontas da rosa dos ventos, fica a sigla da direção indicada.

Essa representação gráfica é de extrema importância para que possamos localizar objetos e diferentes tipos de referenciais no espaço, além de ser bastante útil para a realização de deslocamentos de um ponto a outro e para a navegação. Por essa razão, a rosa dos ventos é incluída em muitos instrumentos de localização, principalmente na bússola, e também em representações da superfície ou de trechos dela, como os mapas, os croquis e as plantas.

O nome “rosa dos ventos” foi dado pelo fato do uso inicial dessa representação ter sido a identificação do sentido dos ventos ainda na Grécia Antiga. Acredita-se que a divisão da rosa dos ventos em oito, por sua vez, teria sido feita pelos etruscos (civilização que viveu na atual Itália) por volta do século VI a.C. Sua aplicação era feita sobretudo por marinheiros e exploradores, que desenhavam uma espécie de rosa dos ventos nas suas cartas de navegação.

A rosa dos ventos como hoje a conhecemos (com base circular e dividida em seções), entretanto, somente ganhou forma entre os séculos XV e XVI, com o advento das Grandes Navegações e a necessidade de um instrumento visualmente eficaz, de leitura fácil, que indicasse as direções.

Pontos da rosa dos ventos

A principal informação trazida em uma rosa dos ventos é a posição dos pontos cardeais, os pontos iniciais usados como referência para a orientação no espaço. É a partir deles que são identificados os demais pontos: colaterais e subcolaterais. Os pontos cardeais são apenas quatro, cada qual posicionado a 90º de distância do outro. Confira, na tabela a seguir, quais são os pontos cardeais e como identificá-los na rosa dos ventos:

Entre dois pontos cardeais fica um ponto colateral, que consiste na direção intermediária entre eles. Apesar de sabermos a sua posição, eles não aparecem representados em todas as rosas dos ventos. Os pontos colaterais são igualmente quatro:

Existem, também, os pontos subcolaterais. Eles ficam localizados entre um ponto cardial e um ponto colateral, totalizando oito pontos subcolaterais. Também não estão representados em todas as rosas dos ventos. São eles:

→ Videoaula sobre rosa dos ventos, pontos cardeais e pontos colaterais

Rosa dos ventos e o Brasil

A rosa dos ventos e as posições apontadas por ela estão diretamente relacionadas com a divisão regional do Brasil. A atual divisão do território brasileiro em Grandes Regiões foi estabelecida na década de 1970 e leva em consideração a posição dos estados segundo os pontos cardeais e colaterais. Veja a localização das regiões do Brasil:

Ainda relacionando a rosa dos ventos com o Brasil, podemos falar sobre os pontos extremos do país. Estes são as localidades que ficam na extremidade de cada um dos pontos cardeais no Brasil, considerando a extensão territorial do país. São eles:

• extremo norte: nascente do rio Ailã (Roraima);

• extremo sul: arroio Chuí (Rio Grande do Sul);

• extremo leste: ponta do Seixas (Paraíba);

• extremo oeste: nascente do rio Moa (Acre).

Confira a posição dos pontos extremos do Brasil no mapa a seguir:

Rosa dos ventos x bússola

Sendo um elemento importante para a orientação sobre a superfície terrestre, a rosa dos ventos foi incorporada a muitos dos instrumentos de localização, sendo um deles a bússola. Ambos já vinham sendo utilizados por civilizações antigas para a identificação dos pontos cardeais e para se locomover no espaço de um ponto a outro, sobretudo nos mares e oceanos. No entanto, o navegador italiano Flavio Gioia foi o responsável por inserir o desenho de uma rosa dos ventos sob a estrutura de uma agulha imantada que indicava a posição do Norte.

Dessa maneira, no século XIII, Gioia aperfeiçoava a bússola e dava origem a uma estrutura que é muito usada até o presente. A adição da rosa dos ventos a esse instrumento tornou mais eficaz a leitura das informações transmitidas por ele ao mesmo tempo que garantiu maior precisão na localização dos pontos de orientação.

Saiba mais: Mapa do Brasil e as principais informações sobre o território brasileiro

Exercícios resolvidos sobre rosa dos ventos

Questão 1

(Cebraspe)

A figura anterior representa uma rosa dos ventos. Assinale a opção correta a respeito desse tipo de representação.

a) Comumente utilizada durante as grandes navegações (séculos XIV ao XIX), a rosa dos ventos tornou-se uma representação obsoleta na atualidade, já que os sistemas de GPS utilizam informações referenciadas por satélite.

b) A rosa dos ventos surgiu da necessidade de se indicar a escala dos mapas geográficos.

c) A rosa dos ventos é formada pelos pontos cardeais (norte, sul, leste e oeste) e pelos subcolaterais (nordeste, sudeste, noroeste e sudoeste).

d) A rosa dos ventos indica os pontos cardeais definidos a partir do nascer do sol (oeste) e pôr do sol (leste) e as localizações ocidental (norte) e oriental (sul) em relação à Linha do Equador.

e) A rosa dos ventos, ou rosa náutica, é um desenho que indica a orientação e é utilizada no mostrador de bússolas, em mapas, plantas e maquetes.

Resolução: Alternativa E. A rosa dos ventos é amplamente usada hoje em dia, tendo sido incorporada aos instrumentos de localização, como as bússolas, e a representações cartográficas (mapas, plantas, croquis, planisférios etc.).

Questão 2

Essa representação gráfica indica a posição dos pontos cardeais principalmente e é importante para nos deslocarmos sobre a superfície do planeta Terra. Estamos falando do(a):

a) bússola

b) mapa

c) GPS

d) rosa dos ventos

e) astrolábio

Resolução: Alternativa D. A rosa dos ventos é a representação que indica a posição dos pontos cardeais obrigatoriamente e também dos pontos colaterais e subcolaterais. Ela foi incorporada a instrumentos de localização, como a bússola, facilitando a orientação.

Fontes

MOREIRA, Igor. O Espaço Geográfico: Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Editora Ática, 2004, 47ª edição, 3ª reimpressão.

REDAÇÃO. Bússola. Super Interessante, 31 out. 2016. Disponível em:https://super.abril.com.br/historia/bussola.

STREETS, Elizabeth. A Brief History of the Wind Rose. Cartographic Institute, [s.d.]. Disponível em: https://thecartographicinstitute.com/a-brief-history-of-the-wind-rose/

THOEN, Bill. Origins of the Compass Rose. GISNet, 2001. Disponível em: http://www.gisnet.com/notebook/comprose.php.