Sucuris estão entre as maiores serpentes do mundo e matam sua presa por meio da constrição. Existem quatro espécies de sucuris.
Sucuris são serpentes de grande porte e predadores de topo. Existem quatro espécies, todas pertencentes a família Boidae e gênero Eunectes. Elas não têm veneno e matam suas presas por constrição, enrolando-se sobre a presa até que o fluxo sanguíneo dela seja interrompido. As sucuris vivem grande parte do tempo na água de rios e lagos (hábito semiaquático) e se alimentam dos mais variados tipos de animais, como peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos.
Leia também: Cobra ou serpente?
Sucuris são espécies de serpentes de grande porte.
Atualmente, quatro espécies são conhecidas.
Apenas a sucuri-de-bene não ocorre no Brasil.
Matam suas presas por constrição.
Têm hábito semiaquático.
As sucuris, também chamadas de anacondas e sururijus, são serpentes que têm grande porte e grandes predadoras de topo. Apresentam hábitos semiaquáticos, em regiões de lagos, pântanos, rios, brejos, entre outros. As sucuris ocorrem na América do Sul, e, das quatro espécies existentes, três são observadas no Brasil.
As sucuris são conhecidas por matarem suas presas por constrição, ou seja, utilizando os próprios músculos de seu corpo, elas espremem a presa, até que a vítima morra como consequência da interrupção do fluxo sanguíneo e de oxigênio. Elas podem também enrolar a vítima e levá-la para dentro da água, onde morrerá por afogamento. Após matar sua presa, a sucuri a engole inteira. As sucuris não têm presas inoculadoras de veneno, entretanto, sua mordida pode provocar dor e até infecções.
As sucuris são répteis vivíparos e geram de 20 a 40 filhotes por gestação. Os filhotes nascem na água e não existe cuidado parental, ou seja, os pais não cuidam dos filhos. Dependendo da espécie de sucuri, a gestação pode durar seis meses.
Leia também: Jiboia — faz parte da família das serpentes que matam suas presas por constrição
Diferentemente do que muitas pessoas acreditam, o nome sucuri é utilizado para quatro espécies distintas, todas pertencentes a família Boidae e gênero Eunectes. São elas:
Eunectes murinus: sucuri-verde ou anaconda;
Eunectes notaeus: sucuri-amarela ou sucuri-do-pantanal;
Eunectes beniensis: sucuri-de-bene;
Eunectes deschauenseei: sucuri-malhada.
A sucuri-verde, como seu nome sugere, apresenta uma cor de fundo verde-oliva. Nessa espécie a região dorsal é verde-oliva e gradualmente se torna amarela na região ventral. Observa-se manchas ao longo do animal.
Trata-se da maior espécie de sucuri conhecida, com machos atingindo cerca de 3,5 metros de comprimento e fêmeas podendo atingir incríveis seis metros. Acredita-se que esses animais possam atingir tamanhos muito maiores, entretanto, ainda não há consenso a respeito do tamanho máximo real da espécie.
A sucuri-verde apresenta tanto hábitos diurnos quanto noturnos. É considerada uma espécie generalista e que se alimenta de diferentes presas, como peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Isso inclui espécies como jacarés, lagartos, tuiuiús, capivaras, cutias, entre outras.
Essa espécie se reproduz durante a estação seca da região, e a reprodução ocorre em um sistema de agregação, conhecido como bolo de reprodução. Durante o período reprodutivo, machos são atraídos pela fêmea e se enrolam ao redor dela. Nesses bolos de reprodução, observa-se uma fêmea com até 13 machos. O acasalamento pode durar semanas, e a gestação da sucuri-verde dura, em média, 202,6 dias.
A sucuri-amarela ou sucuri-do-patanal tem a cor de fundo amarelada, como seu próprio nome sugere. Também trata-se de uma espécie de grande porte, com fêmeas atingindo cerca de quatro metros de comprimento e machos, 2,5 metros. É uma espécie generalista em seus hábitos alimentares, nutrindo-se de diferentes espécies de peixes, jacarés, capivaras, aves aquáticas e outros. Estudos a respeito da reprodução dessa espécie são escassos.
Leia mais: Diferenças entre crocodilo e jacaré, répteis de famílias distintas
A sucuri-de-bene foi a última espécie de sucuri descrita e, inicialmente, foi considerada um híbrido. Recebeu esse nome devido ao primeiro local em que foi vista, Departamento de Bene, na Bolívia. É a única espécie não observada no Brasil. Apresenta porte médio, com machos atingindo cerca de dois metros de comprimento e fêmeas, um pouco mais de três metros. Trata-se de uma serpente pouco estudada.
A sucuri-malhada também é ainda pouco estudada. Entre as espécies de sucuri, ela é a menor de todas, com machos apresentando cerca de dois metros e fêmeas com três metros.
Casos de humanos devorados por serpentes são frequentemente descritos, entretanto, não se conhece nenhum relato com provas concretas. Contudo, não se pode descartar essa hipótese, uma vez que existem indivíduos com mais de cinco metros de comprimento que seriam capazes de ingerir uma criança, por exemplo. Vale destacar que relatos de graves mordidas, apesar da ausência de veneno, e constrição são conhecidos.