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Comunismo

O comunismo é uma ideologia política e socioeconômica que propõe a superação do capitalismo e o estabelecimento de uma sociedade baseada na igualdade.

Punho fechado levantado sobre um fundo vermelho, símbolo comum da revolução proposta pelo comunismo. O comunismo defende a superação do capitalismo por meio de uma revolução conduzida por trabalhadores.

O comunismo é uma ideologia política que propõe a superação do capitalismo e a construção de uma sociedade baseada na justiça e na igualdade em que os trabalhadores distribuiriam o trabalho e a riqueza de maneira igual a todos. Esse processo, no entanto, aconteceria em etapas, que incluiriam uma revolução e a implantação de um estágio intermediário, o socialismo.

Essa ideologia é parte da teoria conhecida como socialismo científico, formulada por Karl Marx e Friedrich Engels. Ambos pesquisaram durante anos para entender o funcionamento do capitalismo e da exploração sobre os trabalhadores. Para eles, quando o socialismo acabasse com as contradições do capitalismo, o comunismo seria implantado.

Leia também: Estados Unidos — a grande potência capitalista do mundo

Resumo sobre comunismo

  • O comunismo é uma ideologia política que estabelece a superação do capitalismo.

  • Está relacionado com o socialismo científico, proposto por Marx e Engels.

  • O comunismo é a etapa final da superação do capitalismo, enquanto o socialismo é a fase intermediária.

  • Não existiram países comunistas, de acordo com a teoria de Marx e Engels.

  • Com a implantação do comunismo, seriam extintos o Estado, as classes sociais e a propriedade privada.

Videoaula: O que é comunismo?

Definição de comunismo

O comunismo é uma ideologia de caráter político e socioeconômico que procura estabelecer a superação do capitalismo. Essa ideologia defende a construção de uma sociedade baseada na justiça e na igualdade, de uma sociedade que não possua classes sociais, propriedade privada, Estado e que o trabalho e a riqueza sejam compartilhados por todos.

Ele é entendido como o estágio final de um processo que incluiria a revolução dos trabalhadores contra os seus exploradores — a burguesia. Primeiramente, seria implantado o socialismo, um estágio intermediário em que o Estado, controlado pelos trabalhadores, realizaria o papel de distribuir o trabalho e a riqueza de maneira igual a todos.

Por fim, a última etapa, o comunismo, se daria quando as contradições do capitalismo na sociedade e na mentalidade das pessoas forem superadas. A partir desse momento, não haveria mais necessidade de Estado, de propriedades privadas nem de classes sociais, as quais seriam abolidas. Nesse estágio, os trabalhadores controlariam autonomamente os meios de produção e a sociedade.

O comunismo, dessa forma tradicional, é parte da teoria política formulada por Karl Marx e Friedrich Engels. O trabalho desses dois pensadores recebeu o nome de socialismo científico, e foram eles que definiram o comunismo como o estágio final da superação do capitalismo.

Socialismo e comunismo são a mesma coisa?

Essa é uma confusão bastante comum, mas dentro do socialismo científico, socialismo e comunismo não são entendidos como a mesma coisa. Na verdade, o socialismo é uma etapa para tornar possível a implantação do comunismo. Dentro dessa teoria, a superação do capitalismo se inicia por meio da revolução dos trabalhadores.

Essa revolução seria possível quando os trabalhadores tomassem consciência da sua condição, rebelando-se contra a ordem capitalista. A partir daí, o Estado seria controlado pelos trabalhadores e realizaria a gestão da sociedade, combatendo as desigualdades, distribuindo trabalho e riqueza para todos.

No socialismo, o capitalismo ainda existiria, mas nesse estágio os trabalhadores se tornariam cada vez mais conscientes da sua condição, e o Estado combateria progressivamente as desigualdades da ordem capitalista até a sua superação na sociedade e nas mentalidades. Então, o comunismo seria finalmente implantado.

Veja também: O que é industrialização?

Origens do comunismo

Existem estudos que apontam que ideais de construção de uma sociedade baseada na justiça e igualdade são encontrados na humanidade desde a Antiguidade. Entretanto, o comunismo se desenhou à medida que o socialismo foi se estabelecendo enquanto alternativa ideológica para o capitalismo.

O socialismo e, por consequência, o comunismo surgiram durante o período da Revolução Industrial e foram alternativas encontradas para lutar contra a exploração dos trabalhadores naquele contexto. Aquele foi o período de consolidação da indústria e do capitalismo, que trouxe inúmeras modificações para as relações do trabalho e precarizou a vida dos trabalhadores.

Nesse contexto, começaram a surgir os primeiros ideais tecendo críticas ao capitalismo e estabelecendo alternativas para aquela realidade. Esses primeiros ideais ficaram conhecidos como parte do socialismo utópico. Os socialistas utópicos eram favoráveis a determinadas reformas que trouxessem melhorias à condição de vida dos trabalhadores, mas não necessariamente eram contrários à propriedade privada e ao capitalismo.

Tempos depois, Friedrich Engels e Karl Marx estabeleceram alternativas aos pensamentos dos socialistas utópicos e criaram o que ficou conhecido como socialismo científico. Engels e Marx realizaram um longo estudo do funcionamento do capitalismo, entendendo que esse é formado por dois grupos que estão em luta de classes.

A classe do proletariado, formada pelos trabalhadores, é aquela que é explorada, pois não detém os meios de produção e não detém o poder político para defender seus interesses. Assim, só consegue viver por meio da venda da sua mão de obra, mas somente uma fração mínima desse trabalho é retornada na forma de salário para os trabalhadores.

O restante fica com o burguês, o patrão detentor dos meios de produção, na forma de lucro. Isso é conhecido no marxismo como mais-valia. Esse cenário contribuiria para aumentar a riqueza da burguesia e contribuiria para o empobrecimento dos trabalhadores. Por isso, Marx e Engels entendiam que a revolução era o único caminho pelo qual os trabalhadores chegariam ao poder e implantariam, de início, o socialismo e, depois, o comunismo.

Saiba mais: Guerra Fria — uma disputa histórica entre capitalismo e socialismo

Existiu alguma nação comunista na história?

Levando em consideração a teoria marxista ao pé da letra, nunca houve uma nação comunista, porque isso pressuporia uma nação onde não houvesse Estado, nem classes sociais, nem propriedade privada. O que tivemos ao longo da história foram nações que se intitularam socialistas.

Além disso, ao longo do século XX, uma confusão com os termos passou a associar o comunismo com tudo que fosse vinculado ao governo de Moscou (o governo soviético), e o socialismo passou a ser vinculado com governos que tiveram influência soviética. A principal nação socialista da história foi a União Soviética.

Por Daniel Neves Silva

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