Importante para o desenvolvimento econômico de um território, a indústria é o setor responsável pela fabricação de bens de produção, intermediários e de consumo.
A indústria é o setor da economia que processa matérias-primas e as transforma em produtos destinados a outras fábricas ou ao consumidor final, que somos nós. As diferentes indústrias existentes são classificadas de acordo com o tipo de produtos que elas desenvolvem, e todas são muito importantes para o desenvolvimento econômico de um território.
O processo de industrialização começou, no mundo, no século XVIII, e desenrolou-se através de diferentes etapas até o estágio atual marcado pelo uso intensivo de tecnologias de ponta e de sistemas de comunicação modernos. No Brasil, diz-se que a industrialização foi tardia, tendo iniciado a partir das primeiras décadas do século XX.
Leia também: Afinal, o que é industrialização?
Indústria é o setor da economia que transforma matérias-primas em outros produtos.
Reúne um conjunto de fábricas responsáveis pela produção de mercadorias e de equipamentos usados no processo produtivo de outras indústrias e setores da economia.
Classifica-se a indústria em três tipos:
indústria de bens de produção;
indústria de bens intermediários;
indústria de bens de consumo.
Para instalar uma indústria em determinada área, devem-se considerar fatores locacionais como redes de infraestrutura, incentivos fiscais, mercado consumidor, entre outros.
A indústria começou a se desenvolver no Brasil no século XX, e a primeira grande indústria brasileira surgiu em 1941.
No mundo, a indústria teve origem na Inglaterra com a Primeira Revolução Industrial no século XVIII. Gradualmente, espalhou-se para outros países europeus e norte-americanos.
Os países asiáticos e latino-americanos se industrializaram tardiamente com relação aos países norte-americanos e europeus, a partir da segunda metade do século XX.
Atualmente a indústria responde por uma parcela de 27,5% da economia mundial, de acordo com o Banco Mundial.
A indústria é o setor da economia responsável pela transformação das matérias-primas em outros produtos, sendo eles produtos acabados (bens de consumo), que serão colocados à venda para o consumidor final, ou em produtos que serão destinados a outras fábricas para comporem um novo processo produtivo (bens de produção). Trata-se, portanto, do conjunto de fábricas e de estabelecimentos que integram o setor secundário.
As indústrias são classificadas de acordo com o tipo de produtos que elas fabricam. Com base nesse critério, temos três diferentes tipos de indústria:
Indústria de base ou indústria de bens de produção: são chamadas assim aquelas indústrias que realizam o processamento da matéria-prima bruta e a transforma em bens intermediários e em matérias-primas para outros ramos do setor industrial.
Exemplos de tipos de indústria |
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Indústria de base |
Metalúrgica, siderúrgica, mineradora, petrolífera, madeireira. |
Indústria de bens intermediários |
Fábricas de peças de automóveis, de papel e celulose, química, de equipamentos elétricos e eletrônicos, de vidro, de cimento. |
Indústria de bens de consumo duráveis |
Automobilística, moveleira (que fabrica móveis), fábricas de eletrodomésticos. |
Indústria de bens de consumo não duráveis |
Alimentícia, fábricas de bebidas, farmacêutica, têxtil, fábricas de cosméticos. |
O Brasil é um país de industrialização tardia, o que significa que a indústria surgiu em território brasileiro muito depois do começo da Revolução Industrial e da sua implementação nos países desenvolvidos. A indústria brasileira surge no começo do século XX e se expande a partir da década de 1930. O processo de industrialização do país ganhou força após a Crise de 1929, quando os produtores de café sofreram baixa em sua exportação e redirecionaram o capital dessa atividade para a indústria.
A primeira grande fábrica brasileira foi a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), uma indústria de base inaugurada em 1941. Depois dela, outras empresas do mesmo setor foram surgindo no país, como a Companhia Vale do Rio Doce (1943), hoje conhecida como Vale, em um esforço do que chamamos de substituição das importações. Na década de 1950, mais precisamente em 1953, surgiu a Petrobras. Muitos capitais estrangeiros foram injetados na economia brasileira a partir da década de 1950, o que permitiu o desenvolvimento da indústria automobilística no país.
Embora o setor industrial não seja o preponderante no Brasil, o país abriga filiais de algumas das mais importantes multinacionais e transnacionais do mundo, como, por exemplo: Ambev, Nestlé, Bungue, General Motors, IBM, Johnson & Johnson, entre outras. Para saber mais sobre o processo de industrialização no Brasil, clique aqui.
A indústria no mundo teve origem no século XVIII, com a Primeira Revolução Industrial. Aos poucos, ela foi evoluindo e espalhando-se para países de fora do continente europeu, tornando-se uma atividade importante para o abastecimento de mercados internos e para o estabelecimento de laços comerciais entre países. A partir de meados do século XX, países do Sudeste Asiático e da América Latina vivenciaram um processo de substituição de importações e de desenvolvimento da sua própria indústria. Esse processo ficou conhecido como da industrialização tardia.
Hoje a indústria responde por 27,5% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, de acordo com dados atualizados do Banco Mundial. As principais fábricas em atividade são aquelas atreladas ao setor de tecnologia e telecomunicações, com destaque para Apple, Microsoft e Samsung. A lista de maiores indústrias do mundo, entretanto, conta com empresas de setores variados e de origens diversas, como Volkswagen, Toyota, Royal Dutch Shell, State Grid, Unilever e L’Oréal.
Os fatores locacionais da indústria são os elementos do espaço que favorecem a instalação de uma fábrica em uma área específica. Cada tipo de indústria faz uma análise do local onde pretende se instalar para avaliar a sua viabilidade, e isso depende da produção que é desenvolvida e da sua relação com o mercado consumidor.
Por exemplo: algumas empresas necessitam se instalar próximo da fonte de matéria-prima, já que o transporte pode ser muito caro e pouco vantajoso. Outras, em contrapartida, necessitam estar perto dos consumidores por conta da perecibilidade de seu produto. No geral, os fatores locacionais da indústria são:
disponibilidade de mão de obra;
fácil acesso a fontes de matérias-primas;
acesso a redes de eletricidade e comunicação;
presença de estradas, hidrovias, aeroportos;
mercado consumidor grande;
incentivos fiscais para sua instalação e permanência;
presença ou proximidade de parques tecnológicos, faculdades e universidades;
outras indústrias do mesmo ramo.
A indústria teve origem no século XVIII, na Inglaterra, e seu processo de evolução aconteceu a partir das seguintes etapas:
Primeira Revolução Industrial: estendeu-se de 1760 a 1850, e era focada inicialmente no território inglês e na produção têxtil. As máquinas já faziam parte do processo produtivo, mas eram movidas a vapor. Com o decorrer do tempo, a industrialização passou a ser uma realidade em outros países da Europa, como França e Alemanha, e também países de outras áreas, como Estados Unidos e Japão.
Segunda Revolução Industrial: estendeu-se de 1850 a 1945, e tem como principal diferencial a adoção de novas fontes de energia, como o petróleo e a eletricidade. Essa etapa conta com um maior número de países envolvidos, que são aqueles que hoje classificamos como desenvolvidos. Dela surgiram muitas inovações tecnológicas, como o telégrafo, o motor elétrico, motor à combustão, lâmpada incandescente e automóvel. Foi nesse ínterim que começou a industrialização no Brasil, entre as décadas de 1920 e 1930.
Terceira Revolução Industrial: começou com o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, e estende-se até o presente. É marcada pelo salto tecnológico dado em meados do século XX, com a modernização técnica e tecnológica das telecomunicações e o amplo avanço na ciência experimentado a partir de então. A mecanização e a automação de processos ganharam cada vez mais espaço. Ademais, enquanto países desenvolvidos adentravam nessa terceira etapa, os países hoje considerados emergentes aperfeiçoavam o processo de industrialização que estava no início.
Existem classificações que consideram estarmos vivenciando a Quarta Revolução Industrial, chamada também de Indústria 4.0, em que a nanotecnologia e a biotecnologia se desenvolveram bastante juntamente com o maior uso da internet e dos espaços digitais, onde se criam redes de comunicação que facilitam o processo de produção em escala planetária. Para saber mais detalhes sobre as etapas de evolução da indústria, clique aqui.
A indústria é importante porque é o setor que produz todos os produtos que utilizamos no nosso dia a dia, indo de roupas e acessórios, passando pelos medicamentos até nossos móveis, nossos automóveis e equipamentos de trabalho, sem contar os maquinários empregados no próprio processo produtivo.
A indústria garante o desenvolvimento socioeconômico de um território, ao mesmo tempo que aquece a economia e incrementa as relações internacionais, sobretudo mediante a atração de investimentos e o comércio internacional.
Questão 1
(Enem)
A depressão que afetou a economia mundial entre 1929 e 1934 se anunciou, ainda em 1928, por uma queda generalizada nos preços agrícolas internacionais. Mas o fator mais marcante foi a crise financeira detonada pela quebra da Bolsa de Nova Iorque.
Disponível em: http://cpdoc.fgv.br. Acesso em: 20 abr. 2015 (adaptado).
Perante o cenário econômico descrito, o Estado brasileiro assume, a partir de 1930, uma política de incentivo à:
A) industrialização interna para substituir as importações.
B) nacionalização de empresas estrangeiras atingidas pela crise.
C) venda de terras a preços acessíveis para os pequenos produtores.
D) entrada de imigrantes para trabalhar nas indústrias de base recém-criadas.
E) abertura de linhas de financiamento especial para empresas do setor terciário.
Resolução:
Alternativa A.
Com a queda nos preços decorrente da crise econômica de 1929, o Brasil adotou a estratégia de substituição das importações, suscitando o desenvolvimento da indústria nacional.
Questão 2
(Enem)
A instalação de uma refinaria obedece a diversos fatores técnicos. Um dos mais importantes é a localização, que deve ser próxima tanto dos centros de consumo como das áreas de produção. A Petrobras possui refinarias estrategicamente distribuídas pelo país. Elas são responsáveis pelo processamento de milhões de barris de petróleo por dia, suprindo o mercado com derivados que podem ser obtidos a partir de petróleo nacional ou importado.
MURTA, A. L. S. Energia: o vício da civilização; crise energética e alternativas sustentáveis. Rio de Janeiro: Garamond, 2011.
A territorialização de uma unidade produtiva depende de diversos fatores locacionais. A partir da leitura do texto, o fator determinante para a instalação das refinarias de petróleo é a proximidade a
A) sedes de empresas petroquímicas.
B) zonas de importação de derivados.
C) polos de desenvolvimento tecnológico.
D) áreas de aglomerações de mão de obra.
E) espaços com infraestrutura de circulação.
Resolução:
Alternativa E.
A instalação de uma refinaria depende da proximidade com os consumidores e com outras regiões produtivas, o que demanda que o espaço esteja equipado com uma rede de infraestrutura, sobretudo de transportes (circulação) ampla e eficaz.
Fontes
LUCCI, Elian Alabi. Território e ambiente no mundo globalizado, 2: ensino médio. São Paulo: Saraiva, 2016. 3ª ed.
MOREIRA, Igor. O espaço geográfico: Geografia geral e do Brasil. São Paulo: Editora Ática, 47ª edição, 3ª reimpressão. 455p.