A Floresta Amazônica é a maior Floresta Equatorial do mundo. Ela é detentora de uma biodiversidade incomparável e encontra-se ameaçada pelo desmatamento e pelas queimadas.
A Floresta Amazônica é a maior Floresta Equatorial do mundo. Essa vegetação distribui-se por oito países da América do Sul, incluindo o Brasil, e pela Guiana Francesa. Nela, formam-se ecossistemas que comportam, também, a maior biodiversidade do planeta Terra, formada por mais de 40 mil espécies de plantas e dezenas de milhares de espécies de animais, como o boto-cor-de-rosa, a onça-pintada e o macaco-prego. A Floresta Amazônica tem clima quente, úmido e chuvoso, além de relevo formado por depressões e por planícies fluviais. A maioria dessas planícies é acompanhada por longos cursos d’água, dos quais se destaca o Rio Amazonas.
A despeito da importância da Floresta Amazônica para a manutenção do equilíbrio do meio ambiente, sua biodiversidade está ameaçada por problemas como o desmatamento e as queimadas. Esses problemas são derivados da ação humana, movida por questões econômicas, como a expansão de áreas para a agropecuária e para a exploração mineral.
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A Floresta Amazônica é uma Floresta Equatorial localizada na América do Sul e considerada a maior do mundo. Essa vegetação surpreende pela variedade de ecossistemas que existem em seu interior, assim como pela dimensão de sua biodiversidade. Todos esses aspectos foram proporcionados pelos atributos da área em que ela está inserida, em especial o clima. A seguir, conheça as principais características da Floresta Amazônica.
O clima da Floresta Amazônica é o clima equatorial. A alta umidade relativa do ar é um dos principais aspectos desse tipo de clima, mantendo-se quase sempre acima de 60%. As temperaturas do clima equatorial também são elevadas e ficam em torno de 27º C na maior parte do ano. Não há uma estação fria demarcada, assim como inexiste um período seco. As chuvas são abundantes e bem distribuídas durante o ano, somando um volume de 1.200 a 1.500 mm em média. No entanto, existem áreas que registram 3.000 mm anuais de chuva.
As depressões são a principal forma de relevo da Floresta Amazônica. Trata-se de terrenos rebaixados com altitude inferior à altitude das áreas circundantes, formados pela ação dos agentes intempéricos no decorrer do tempo geológico. As planícies fluviais (formadas pelos rios) são igualmente comuns na paisagem amazônica, que apresenta poucos acidentes geográficos e irregularidades na superfície. Os planaltos existem em pontos isolados, como acontece na tríplice fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana.
A hidrografia da Floresta Amazônica é uma das mais ricas do mundo. Ela é composta por 1.100 rios, riachos e córregos que confluem em direção ao rio principal dessa região, que é o Rio Amazonas. Esse curso d’água nasce na Cordilheira dos Andes, no Peru, e desloca-se por 6.992 quilômetros até a sua foz no litoral do estado brasileiro do Pará. Nesse percurso, ele dá origem à maior bacia de drenagem do mundo, que tem área de 7.000.000 km2.
Além do Rio Amazonas, são importantes para a manutenção da floresta os seguintes rios:
A Floresta Amazônica abriga a maior biodiversidade da Terra. Estima-se que 10% de todas as espécies de vegetais e animais do planeta viva nessa floresta, que é formada por milhões de seres vivos. Entretanto, por causa da sua dimensão, uma parte da biodiversidade da Amazônia ainda é desconhecida. Das espécies que foram catalogadas pela ciência, temos:
A Floresta Amazônica é formada por mais de 40 mil espécies conhecidas de plantas. Elas constituem a flora dessa imensa floresta. Um de seus diferenciais é a elevada densidade de árvores altas e de folhas largas que formam um extenso dossel fechado no topo da floresta, como um enorme tapete verde posicionado sobre ela. Nos estratos inferiores, desenvolvem-se diferentes tipos de plantas que se sustentam sobre um solo pobre em nutrientes, mas rico em matéria orgânica.
A flora da Floresta Amazônica pode ser dividida em três categorias de acordo com o ambiente em que ela está localizada:
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Os animais da Floresta Amazônica formam a fauna desse bioma. Ela é uma das mais diversas de todo o planeta e conta com um número muito extenso de espécies que são características dessa região.
Confira o total de espécies de cada tipo de animal que é encontrado nessa formação vegetal:
Note que existem espécimes de todos os tipos de ecossistema, tanto terrestres quanto fluviais (dos rios). A seguir, conheça uma lista com o nome dos principais animais habitam a Floresta Amazônica.
macaco-prego |
morcegos |
onça-parda |
boto-cor-de-rosa |
onça-pintada |
corujas |
tucano |
tamanduá |
pirarucu |
azulão-da-amazônia |
jacaré |
sucuri |
peixe-boi |
poraquê (enguia) |
capivara |
arara-vermelha |
rãs |
arraia |
Observe, no mapa abaixo, a distribuição da Floresta Amazônica na América do Sul:
O mapa abaixo evidencia a porção brasileira da Floresta Amazônica:
A Floresta Amazônica está presente em oito países e em um território ultramarino. São eles:
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A exuberância e o papel importante da Floresta Amazônica no equilíbrio do meio ambiente em escala planetária não impedem que ações que ameacem a sua manutenção sejam realizadas constantemente pelos seres humanos. Parte dessas ações está atrelada com as atividades econômicas desenvolvidas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil, além da expansão de áreas urbanizadas.
Para tornar mais fácil o entendimento dos problemas ambientais na Floresta Amazônica, preparamos uma lista com uma breve descrição de cada um deles:
Questão 1
Dos países listados abaixo, qual deles não tem Floresta Amazônica?
A) Suriname
B) Bolívia
C) Peru
D) Chile
E) Equador
Resolução:
Alternativa D.
A Floresta Amazônica está presente em todos os países listados, exceto no Chile, que fica no sudoeste da América do Sul, muito distante dessa Floresta Equatorial.
Questão 2
(Encceja)
Na área da Floresta Amazônica, as ocupações são feitas sem respaldo econômico sustentável e, quase sempre, por meio de grilagem ou de títulos concedidos pelo Incra. E, depois da Constituição de 1988, os índios passaram a ser donos de 13% do território nacional, inclusive regiões de jazidas minerais e grandes áreas de florestas nativas. Está criado o cenário de disputas que levam à violência e à degradação ambiental.
FERNANDES, B. M. et al (Org.). Geografia agrária: teoria e poder. São Paulo: Expansão Popular, 2007 (adaptado).
Vários especialistas e organizações ambientalistas têm denunciado a continuidade do processo de desmatamento e degradação dos ecossistemas amazônicos, apontando como principais motivos o(a):
A) crescimento da população indígena e ribeirinha e o das migrações internas no país.
B) expansão da agropecuária extensiva e da soja, além da extração ilegal da madeira.
C) criação de polos industriais e de projetos de infraestrutura urbana nessa região.
D) extração da borracha em escala industrial e as roças itinerantes de subsistência das famílias.
Resoluçaão:
Alternativa B.
A expansão da fronteira agropecuária brasileira, com a produção de soja e de outras commodities agrícolas e a extração de madeira são duas das causas principais do desmatamento na Floresta Amazônica.
Créditos de imagem
[1] Neil Palmer / CIAT / Wikimedia Commons (reprodução)
[2] CactiStaccingCrane / Luan / Aymatth2 / Wikimedia Commons (reprodução)
Fontes
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