O sarampo é uma virose que pode desencadear complicações e até mesmo a morte. Causa febre, manchas no corpo e mal-estar.
O sarampo é uma doença viral que causa, entre outros sintomas, febre alta e manchas vermelhas pelo corpo. É transmitido de uma pessoa para outra por meio de secreções eliminadas pelo doente ao falar, tossir e espirrar. A forma de prevenção é a vacinação. O sarampo é uma doença grave que pode até mesmo levar uma pessoa à morte, portanto o fundamental é que haja prevenção.
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O sarampo é transmitido pelo contato com secreção eliminada pelo doente ao respirar, tossir, espirrar ou falar. O período de maior transmissibilidade dessa doença é entre os dois dias antes e os dois dias depois do início do surgimento de manchas no corpo do paciente.
O agente causador do sarampo é um vírus que pertence à família Paramyxoviridae e gênero Morbillivirus.
O sarampo é uma doença causada por um vírus.
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Os sintomas do sarampo começam aparecer cerca de dez dias após o contágio pela doença. As principais manifestações clínicas são febre alta – geralmente acima de 38,5ºC –, tosse, nariz escorrendo ou entupido, conjuntivite, mal-estar, dor de cabeça, surgimento de manchas vermelhas pelo corpo e manchas brancas nas mucosas (sinal de Koplik). Vale destacar que as manchas vermelhas surgem inicialmente no rosto e na região atrás das orelhas e, posteriormente, espalham-se pelo corpo.
O Ministério da Saúde divide os sintomas em três períodos: o período de infecção, o período de remissão e o período toxêmico. No período de infecção, aparecem os sintomas da doença, como febre, tosse e coriza. Entre o segundo e o quarto dia, verifica-se o surgimento de manchas pelo corpo. Caso a febre permaneça por mais de três dias após o surgimento dessas manchas, é bom ficar atento, pois pode ser sinal de alguma complicação.
No período de remissão, o que se observa é que os sintomas da doença diminuem. Além disso, ocorre o escurecimento das erupções da pele e o surgimento, em algumas pessoas, de uma descamação fina. Temos ainda o período toxêmico, que é o momento em que o paciente apresenta um grande comprometimento da resistência de seu corpo, o que favorece a superinfecção viral ou bacteriana.
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Trata-se, sim, de uma doença grave, pois pode desencadear complicações significativas, como a encefalite e pneumonia. Essas complicações podem causar sequelas permanentes, como retardo no crescimento, surdez e cegueira. É importante destacar ainda que o sarampo pode matar, além de ser uma causa comum de morte em crianças.
De acordo com o Ministério da Saúde, 1 a 3 a cada 1.000 crianças doentes podem morrer em decorrência de complicações do sarampo. |
Assim como muitas doenças causadas por vírus, o sarampo não apresenta um tratamento específico. Geralmente os medicamentos administrados ao paciente visam a controlar os sintomas desagradáveis da doença, como a febre, ou tratar alguma das complicações. Para crianças com sarampo, a Organização Mundial de Saúde recomenda que sejam administradas doses de vitamina A, sendo essa vitamina uma importante forma de evitar que formas graves da doença apareçam.
A única forma de se prevenir do sarampo é a vacinação.
Para se prevenir do sarampo, é fundamental que a pessoa seja vacinada contra essa doença. No nosso país, o recomendado é que a criança tome uma dose da vacina tríplice viral ao completar 12 meses e tome, posteriormente, outra dose, mas de tetra viral, aos 15 meses de idade. A vacina tríplice viral previne contra o sarampo, caxumba e rubéola. Já a vacina tetra viral protege contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela.
Vale destacar que adultos que não receberam a vacina no tempo correto podem procurar os postos de saúde para a atualização de seu cartão de vacinação. Quem recebeu as duas doses da vacina não necessita se vacinar novamente na fase adulta, porém quem recebeu apenas uma dose deve completar o esquema vacinal. Em caso de dúvida se recebeu ou não a vacina, procure uma unidade de saúde.
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O sarampo já havia sido eliminado por completo do território brasileiro. Esse grande feito fez com que o Brasil recebesse, em 2016, o certificado de eliminação do sarampo pela Organização Pan-Americana de Saúde. Infelizmente, esse certificado foi perdido após o surto iniciado em 2018.
Vale destacar que o retorno de doenças está muito relacionado com a redução da cobertura vacinal. O nosso país apresenta um grande programa de imunização, entretanto, nos últimos anos, houve uma queda no número de pessoas que recebem as vacinas. Sem a vacinação adequada, estamos sujeitos a surtos e retorno de doenças que já haviam sido eliminadas.
Diante disso, fica clara a importância de manter seu cartão de vacinação atualizado. Caso esteja em dúvidas se alguma vacina não foi tomada, basta procurar uma unidade de saúde.