História

Anúbis

Anúbis era uma divindade egípcia considerada o deus dos mortos e da mumificação. Era visto como o guia dos mortos na vida após a morte e como protetor dos cemitérios.

Anúbis era conhecido como deus dos mortos e da mumificação.

Anúbis era uma divindade egípcia que possuía corpo humano e cabeça de chacal. Os egípcios o consideravam o deus dos mortos e da mumificação, embora parte de seus atributos tenham sido posteriormente relacionados a Osíris, um outro deus do Egito. Era considerado guia dos mortos na vida após a morte e protetor dos cemitérios.

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Resumo sobre Anúbis

  • Anúbis era o deus dos mortos e da mumificação para os egípcios antigos.

  • Possuía corpo humano e cabeça de animal.

  • Comumente, tinha sua figura retratada em tumbas.

  • Era considerado o guia dos mortos na vida após a morte e o protetor dos cemitérios.

  • Parte de seus atributos passaram a ser relacionados com Osíris por volta de 2000 a.C.

  • As pessoas utilizavam amuletos em referência a Anúbis e vários epítetos foram atribuídos a ele.

Anúbis, o deus dos mortos

Anúbis era um importante deus egípcio, considerado como um dos deuses dos mortos, além de ser o deus da mumificação. Ele era tido como o responsável por guiar os mortos na vida após a morte. Tradicionalmente, Anúbis é representado com um corpo humano e cabeça de chacal, animal que vive no deserto.

Muitas vezes, Anubis foi confundido com outro deus egípcio: Wepwawet. Esse era o deus egípcio da guerra, e, devido à relação da guerra com a morte, correlacionou-se ambas as divindades. Além disso, Wepwawet também podia ser representado como um chacal, o que ampliou a margem para confusão. É importante ressaltar, porém, que eles eram deuses distintos na religiosidade egípcia.

Anúbis ficou marcado por ter sido o primeiro deus egípcio a ser associado com os mortos, porém ele perdeu esse atributo para Osíris, que se consolidou como outro deus dos mortos por volta de 2000 a.C. O crescimento da importância de Osíris na religiosidade egípcia fez até com que os pais de Anúbis, na mitologia, fossem alterados.

Inicialmente, ele era considerado filho de Rá e Hesat, porém, quando Osíris adquiriu importância na mitologia, Anúbis passou a ser visto como filho de Osíris e de Néftis. De qualquer forma, Anúbis tinha importantes atributos na religiosidade egípcia. Ele era considerado:

  • protetor dos mortos;

  • guia dos mortos na vida após a morte;

  • protetor dos cemitérios.

Inclusive, em um dos mitos mais importantes da religiosidade egípcia — o do julgamento dos mortos —, Anúbis estava presente. Ele fazia parte do Tribunal de Osíris e cumpria papel no manejo da balança que pesava o coração (que representava as ações) e a pena (que representava a justiça). Além disso, os egípcios acreditavam que Anúbis podia punir aqueles que violassem as tumbas no Egito.

O nome Anúbis é a forma como os gregos se referiam a esse deus, sendo que os egípcios o chamavam de Anpu ou Inpu. Anúbis, em geral, não aparece em muitos mitos egípcios, sendo o que envolve o seu nascimento um dos poucos exemplos. Existe também uma menção a Anúbis no mito da morte de Osíris. Nele, Anúbis auxilia Ísis a mumificar o corpo de Osíris.

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Anúbis na religiosidade egípcia

As primeiras representações de Anúbis de que se tem conhecimento foram realizadas em tumbas por volta de 3100 a.C., mas acredita-se que o culto a esse deus é bem mais antigo que isso. Os historiadores especulam que o culto a Anúbis é derivado do período conhecido como Período Pré-Dinástico, que se estendeu de 6000 a.C. a 3150 a.C., aproximadamente.

O centro do culto a Anúbis era a cidade egípcia de Saka, localizada no Alto Egito. Entretanto, existiam santuários dedicados a esse deus por todo o Egito. Com o tempo, a necrópole localizada em Mênfis transformou Anúbis no seu deus patrono do embalsamento. É importante lembrar que o embalsamento tinha um papel crucial nos ritos funerários egípcios, que envolviam a mumificação.

Ruínas da Necrópole de Saqqara, onde Anúbis era visto como o deus patrono do embalsamento.

Nos locais de culto a Anúbis, os sacerdotes usavam máscaras de madeira que reproduziam o rosto de um chacal. Havia também amuletos usados como referência a esse deus. Pode-se dizer, assim, que o culto a Anúbis era popular. O culto a essa divindade não ficou restrito ao Egito e chegou a locais como a Núbia, onde ficava o reino de Kush, e a Grécia, onde foi associada ao deus Hermes.

O respeito a Anúbis era tão grande que uma série de epítetos eram atribuídos a ele, conferindo-lhe qualidades que se relacionavam aos seus poderes como deus. Os egípcios reconheciam que aqueles que iam para a vida após a morte como ocidentais, pois era esse o lado para onde o Sol se punha. Assim, Anúbis era chamado de “o primeiro dos ocidentais”.

Outra alcunha dada a esse deus era khenti-amentiu, que significava “o mais importante dos ocidentais”. Esses epítetos reforçavam os laços que essa divindade tinha com a morte e a vida após a morte na religiosidade egípcia. Anúbis também era chamado de “senhor das terras sagradas”, uma referência às necrópoles construídas pelos egípcios.

  • Videoaula sobre a religião do Egito Antigo

Por Daniel Neves Silva

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