Sabemos que a exposição ao Sol é fundamental para nossa produção de vitamina D, entretanto, uma exposição excessiva e em horários inadequados (entre 10h e 16h) pode ser nociva ao nosso corpo.
O protetor solar, também chamado de filtro solar, é um importante aliado para garantir a proteção adequada, e, diferentemente do que muitos pensam, é um produto que deve ser usado diariamente e não somente quando vamos à praia ou ao clube. A seguir, vamos conhecer mais sobre o protetor solar, como ele atua na nossa pele e como deve ser utilizado.
O protetor solar é um produto que protege nosso corpo contra os danos causados pela exposição aos raios solares. Ele evita, por exemplo, que tenhamos queimaduras na pele quando ficamos muito tempo expostos à radiação solar. Além disso, evita danos causados pelos raios solares em longo prazo, como o fotoenvelhecimento (envelhecimento da pele devido à exposição solar excessiva), o surgimento de manchas na pele e até mesmo o câncer de pele.
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Muitas pessoas utilizam os protetores solares de maneira incorreta, o que acarreta danos à pele. Quem nunca conheceu uma pessoa que diz ter utilizado protetor solar, mas, mesmo assim, teve queimaduras? Isso, muitas vezes, está relacionado com o fato de que as pessoas utilizam o protetor, mas esquecem-se, por exemplo, de reaplicá-lo, o que é uma forma inadequada de utilização.
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A Sociedade Brasileira de Dermatologia salienta que os protetores solares devem ser aplicados de 15 min a 30 min antes da exposição ao Sol, e eles devem ser reaplicados, a cada duas ou três horas, após longo período na água ou muita transpiração. Entretanto, não basta apenas aplicar o protetor de maneira aleatória, sendo importante entender a quantidade adequada para cada parte do corpo e a necessidade de aplicação uniforme.
O Consenso Brasileiro de Fotoproteção determina a porção ideal de protetor para cada parte do corpo, sendo essa regra conhecida como “regra da colher de chá”. A quantidade indicada, de acordo com ela, é:
Rosto/cabeça/pescoço: 1 colher de chá;
Braço/antebraço direito: 1 colher de chá;
Braço/antebraço esquerdo: 1 colher de chá;
Frente e atrás do torso: 2 colheres de chá;
Coxa/perna direita: 2 colheres de chá;
Coxa/perna esquerda: 2 colheres de chá.
Outro ponto importante é que os protetores solares devem ser usados mesmo em dias nublados e frios. Isso se deve ao fato de que a radiação ultravioleta do Sol é capaz de atravessar as nuvens, podendo, desse modo, causar danos à nossa pele.
Vale destacar ainda que a recomendação da Sociedade Brasileira de Dermatologia é de que o protetor solar apresente fator de proteção solar (FPS) 30 ou maior.
Para escolher o protetor solar mais adequado é necessário avaliar alguns pontos, sendo fundamental conhecer bem o seu tipo de pele. Uma pessoa que se queima facilmente deve optar por protetores solares com FPS maior.
Também é importante observar qual proteção contra os raios UVA o protetor confere. Um protetor solar deve proteger de maneira eficiente contra a radiação UVA e também contra a UVB. A radiação UVA está relacionada com o câncer de pele e fotoenvelhecimento, enquanto a UVB está relacionada, principalmente, com queimaduras.
Além disso, outros cuidados devem ser tomados de modo a garantir maior proteção à pele. Pessoas com pele que apresenta tendência à acne, por exemplo, devem estar atentas e optar por produtos livres de óleo. Aqueles que transpiram muito devem evitar os protetores solares em gel, pois eles saem mais facilmente do corpo.
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As crianças devem sim utilizar protetor solar, entretanto, antes dos seis meses de idade o uso desse produto não é recomendado. O uso de protetor solar para menores de seis meses só deverá ser feito quando prescrito por um médico. Acima dos seis meses de idade, deve-se fazer uso dos protetores solares, sendo recomendados os produtos indicados para crianças.
Vale salientar que as crianças, bem como os adultos, também devem utilizar proteção mecânica, como chapéus e roupas, e ficar em locais sombreados para garantir maior proteção contra os raios solares.