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Rinocerontes

Rinocerontes são mamíferos de grande porte que sofreram muito, e ainda sofrem, com a caça ilegal, a qual visa, principalmente, à retirada dos cornos desses animais. Diferentemente do que muitos pensam, quando falamos em rinocerontes, não estamos falando apenas de uma espécie. Atualmente são reconhecidas cinco espécies deles, das quais três correm sérios riscos de extinção. Os rinocerontes são encontrados na Ásia e na África, sendo, em geral, os africanos mais agressivos que os asiáticos.

Classificação taxonômica dos rinocerontes

Os rinocerontes são animais mamíferos que fazem parte da família Rhinoceroteridae. Atualmente são reconhecidas cinco espécies deles, as quais estão distribuídas em quatro gêneros: rinoceronte-branco (Ceratotherium simum), rinoceronte-negro (Diceros bicornis), rinoceronte-indiano (Rhinoceros unicornis), rinoceronte-de-sumatra (Dicerorhinus sumatrensis) e rinoceronte-de-java (Rhinoceros sondaicus).

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Características gerais dos rinocerontes

Rinocerontes são animais de grande porte que possuem corpo largo e pernas curtas. Em sua cabeça, pode haver de um a dois cornos, a depender da espécie, os quais são muito visados por caçadores. Os rinocerontes têm olhos pequenos e orelhas curtas. Outro ponto marcante é a presença de pele grossa e pelos escassos. Em algumas espécies, a pele confere uma aparência de armadura.

Os rinocerontes são animais herbívoros, alimentando-se principalmente de gramíneas ou galhos. Podem ter diferentes preferências alimentares, a depender da espécie estudada. São animais mais ativos à noite e no início da manhã.

O rinoceronte-branco, assim como as outras espécies, sofre com a caça ilegal.

As espécies de rinocerontes costumam ser solitárias, sendo observada a aproximação de outros indivíduos durante o período de acasalamento. As rinocerontes fêmeas dão à luz, a cada dois anos, um único filhote. A gestação demora entre 420-570 dias. O filhote acompanha a mãe até o nascimento do próximo filho. A maturidade sexual é alcançada entre sete e 10 anos, para os machos, e entre quatro e seis anos, para as fêmeas. Os rinocerontes costumam apresentar uma longevidade de cerca de 50 anos.

As espécies de rinocerontes são territoriais. Para marcar seu território, utilizam urina e fezes. As fezes são colocadas formando pilhas, as quais podem atingir um metro de altura.

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As cinco espécies de rinocerontes

Vamos conhecer, a seguir, um pouco mais das cinco espécies de rinocerontes viventes:

  • Rinoceronte-branco - Ceratotherium simum

É uma espécie classificada como “quase ameaçada” pela IUCN, e a tendência atual da população é de declínio. Ainda de acordo com a IUCN, em dezembro de 2017, havia cerca de 18.064 rinocerontes brancos na natureza, estando a maioria distribuída na África do Sul, Namíbia, Quênia, Botswana e Zimbábue. São encontrados em regiões de savanas, florestas densas e bosques, geralmente vivendo próximo de fontes de água. Pesam entre 1000 kg e 3600 kg quando adultos, e possuem dois cornos de tamanhos distintos. Eles têm pele cinza-claro.

  • Rinoceronte-negro - Diceros bicornis

O rinoceronte-negro pesa cerca de 1400 kg.
O rinoceronte-negro pesa cerca de 1400 kg.

A espécie está classificada como “criticamente em perigo” pela IUCN, e a tendência atual da população é de crescimento. Ainda de acordo com a IUCN, a espécie foi a mais numerosa das espécies de rinoceronte do mundo durante a maior parte do século XX. O rinoceronte-negro é encontrado em vários habitat, vivendo tanto em regiões do deserto da Namíbia como em regiões de floresta úmida. Em geral pesam entre 800 kg e 1400 kg e possuem dois cornos. Esses animais não são pretos como o nome indica, sendo sua cor, geralmente, cinza, porém pode variar do marrom-amarelado ao marrom-escuro.

  • Rinoceronte-indiano - Rhinoceros unicornis

O rinoceronte-indiano apresenta apenas um corno.
O rinoceronte-indiano apresenta apenas um corno.

A espécie está classificada como vulnerável pela IUCN, e a tendência atual da população é de crescimento, devido, principalmente, à sua proteção e ao manejo do seu habitat na Índia e no Nepal. Ainda segundo a IUCN, em agosto de 2018, estimava-se que a população total contava com 3588 indivíduos, distribuídos na Índia e no Nepal, sendo a maior quantidade observada na Índia. São encontrados vivendo em planície aluvial. Eles possuem apenas um corno, daí a referência ao termo unicórnio em seu nome científico. Apresentam pele com muitas dobras, que lhes conferem a aparência de uma armadura. Podem pesar de 1500 kg a 2000 kg.

  • Rinoceronte-de-sumatra - Dicerorhinus sumatrensis

O rinoceronte-de-sumatra corre sérios riscos de entrar em extinção.

A espécie está classificada como “criticamente em perigo” pela IUCN, e a tendência atual da população é de declínio. Atualmente estima-se, segundo a IUCN, que existam menos de 80 indivíduos, ocorrendo apenas na Indonésia. Essa espécie é encontrada em diferentes habitat, como florestas densas, florestas de musgo e áreas montanhosas. É a menor das espécies de rinocerontes viventes e apresenta dois cornos, sendo o frontal mais visível. A cor do corpo é geralmente cinza-escuro ou marrom. Pode pesar de 800 kg a 2000 kg.

  • Rinoceronte-de-java - Rhinoceros sondaicus

O Rinoceronte-de-java é a espécie que apresenta o menor corno.

A espécie está classificada como “criticamente em perigo” pela IUCN, e a tendência atual da população é estável. O rinoceronte-de-java é encontrado na Indonésia, vivendo em áreas de florestas tropicais, especialmente próximo da água. Destaca-se por ser o rinoceronte com o menor corno quando observamos todas as espécies viventes. Podem pesar entre 1500 kg e 2000 kg.

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Ameaças aos rinocerontes

Uma das principais ameaças aos rinocerontes é o mercado negro de cornos, o qual é responsável pela morte de vários indivíduos todos os anos. Em muitos lugares, esses cornos são usados na medicina tradicional, além de serem considerados símbolos de status, sendo utilizados para esculpir itens de alto valor comercial. Outra ameaça enfrentada por essas espécies são as mudanças climáticas, que causam, por exemplo, secas prolongadas, a introdução de espécies invasoras e a destruição de seu habitat.

Por Vanessa Sardinha dos Santos

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