Obesidade
Obesidade é uma doença crônica que pode ser definida como o acúmulo excessivo de gordura no corpo de uma pessoa. Geralmente a obesidade é determinada com base no índice de massa corporal (IMC), porém esse índice nem sempre é correto, apresentando algumas limitações. A obesidade é um problema que vem afetando uma grande parcela da população e está longe de ser uma questão apenas estética, sendo um fator de risco para doenças, como hipertensão e diabetes.
As causas da obesidade são variadas, porém os hábitos alimentares têm um grande papel no desenvolvimento desse problema. Alimentação saudável e prática regular de atividades físicas podem prevenir a obesidade bem como têm papel fundamental no seu tratamento.
Leia também: Riscos de uma alimentação inadequada
Por que os casos de obesidade aumentaram?
A sociedade mudou, e, com ela, os nossos hábitos. Entretanto, essa mudança não foi benéfica para o nosso corpo. As crianças, por exemplo, quase não praticam atividades físicas, ficando grande parte do tempo em seus computadores e smartphones. A alimentação também perdeu qualidade, sendo baseada, numa grande parcela das famílias, em fast-food e produtos industrializados. A consequência dessas atitudes é o crescente aumento da obesidade na população, incluindo as crianças.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, o Brasil possui aproximadamente 18 milhões de pessoas consideradas obesas. Ainda de acordo com a sociedade, se considerarmos indivíduos acima do peso, o montante chega a 70 milhões, o dobro de três décadas atrás.
Causas da obesidade
A obesidade caracteriza-se pelo aumento de gordura no corpo e pode ser desencadeada por diferentes fatores, tais como disfunções endócrinas, patrimônio genético de um indivíduo ou desequilíbrio entre a quantidade de alimento ingerida e o gasto de energia. Este último fator é bastante comum.
Diante do exposto, fica claro que, por apresentar diferentes causas, muitas vezes, não basta apenas controlar a alimentação, é preciso procurar um médico para que ele possa avaliar o que está causando a obesidade no indivíduo. Problemas endócrinos, por exemplo, devem ser tratados adequadamente por um endocrinologista, pois só assim a obesidade também poderá ser revertida.
Consequências da obesidade
A obesidade está relacionada com sérios problemas de saúde, tais como acidentes vasculares encefálicos (derrame), aumento da pressão arterial, diabetes, aterosclerose, câncer, problemas pulmonares, problemas ortopédicos, entre outros. A obesidade está relacionada também com o desenvolvimento de problemas psicológicos, podendo, por exemplo, desencadear depressão e redução da autoestima.
Leia também: Comer muito açúcar causa diabetes?
Índice de Massa Corpórea (IMC)
Para saber se um indivíduo adulto está obeso, faz-se um cálculo relativamente simples: o Índice de Massa Corpórea (IMC). Com base nesse cálculo, que é feito dividindo-se o peso de um indivíduo em quilos pela sua altura em metros ao quadrado, é possível determinar se a pessoa está ou não com sobrepeso.
De acordo com os valores de referência, quando o IMC é maior que 25 kg/m2, o indivíduo encontra-se com sobrepeso. Caso o valor seja maior que 30 kg/m2, o paciente está obeso e, consequentemente, apresenta maiores riscos de desenvolver doenças cardíacas, diabetes e hipertensão.
De acordo com o IMC, podemos classificar a obesidade em leve, moderada e grave ou mórbida. Indivíduos que estão com IMC entre 30-34,9 kg/m2 são considerados pacientes com obesidade leve. Pacientes com IMC 35-39,9 kg/m2 apresentam obesidade moderada. Já os com obesidade grave ou mórbida são aqueles que apresentam IMC acima de 40 kg/m2.
Vale destacar, no entanto, que o IMC não consegue diferenciar o que é massa magra (livre de gordura) do que é realmente massa gorda. Sendo assim, pessoas com músculos desenvolvidos, por exemplo, poderiam ser consideradas obesas. Podemos concluir, portanto, que o cálculo do IMC deve ser acompanhado da avaliação de outros fatores. Para saber mais sobre o tema deste tópico, leia: IMC.
Tratamento da obesidade
A obesidade é uma doença grave e deve ser tratada de maneira efetiva. É um problema complexo que necessita de avaliação médica detalhada. Normalmente a obesidade pode ser tratada por meio de três metodologias: realização de dieta, uso de medicamentos e cirurgia. O método escolhido depende muito do estado de saúde de cada pessoa.
Vale destacar que, para o sucesso do tratamento, é fundamental que o paciente tenha em mente que esse problema pode lhe trazer consequências graves, podendo até mesmo levá-lo à morte, e que as mudanças no estilo de vida devem ser permanentes.
Leia também: Anorexia e bulimia – transtornos alimentares graves e que podem levar à morte
Dicas para prevenir a obesidade
Como vimos ao longo do texto, a obesidade é uma doença crônica que pode apresentar diferentes causas. Apesar de vários fatores estarem envolvidos no seu desenvolvimento, a adoção de algumas medidas simples pode prevenir o seu surgimento e ajudar o indivíduo a manter-se no seu peso adequado. Veja algumas dicas a seguir:
-
Reduza o consumo de óleos, gorduras e açúcares.
-
Inclua na sua dieta alimentos minimamente processados ou in natura, por exemplo, frutas, verduras, legumes e alimentos integrais.
-
Alimente-se em locais adequados, evitando, por exemplo, alimentar-se na frente da televisão. Esse hábito pode fazer com que você se alimente de maneira rápida, levando a um consumo exagerado.
-
Pratique atividades físicas regularmente.
-
Tenha uma vida mais ativa adotando medidas como subir as escadas em vez de usar elevador, utilizar bicicleta no lugar do carro, ou mesmo, sempre que possível, fazer curtos trajetos a pé.
-
Consulte regularmente o médico e faça seus exames de rotina.
Atenção: Se você acha que está acima do peso, procure seu médico e consulte um nutricionista. Somente esses profissionais são capazes de avaliar o caso e indicar formas para melhorar a saúde. Fazer dietas sem recomendação pode piorar o quadro e desencadear outros problemas. Fique atento(a)!