A concordância verbal é a concordância que se dá entre o verbo e o sujeito, em número e pessoa. Ela é muito importante, por isso, que tal conhecê-la?
A concordância verbal representa mais um daqueles tantos assuntos que a gramática nos revela e sobre os quais precisamos ter conhecimento, de modo a expressá-los corretamente, sempre que necessário for. Dessa forma, para que você não pense que esse assunto é muito complicado, saiba que se trata apenas da concordância em pessoa (eu, tu, ele...) e número (singular ou plural) entre o verbo e seu respectivo sujeito.
É simples, observe:
Eu gosto de chocolate.
Nós adoramos passear.
Pedro é um excelente amigo.
Percebeu que o que antes dissemos se tornou uma verdade por meio desses exemplos? Ou seja, pessoa gramatical (eu...) no singular – verbo no singular (gosto) / pessoa gramatical no plural (nós...) – verbo também no plural (adoramos).
Mas, como você sabe, esses conhecimentos que adquirimos com a gramática e que fazem parte da língua que falamos são, às vezes, constituídos de algumas regrinhas e algumas exceções... Sendo assim, podemos dizer que os exemplos acima representam uma ideia básica, mas que existem casos que chamamos de específicos. Vamos aprendê-los, então?
A concordância verbal é um dos importantes assuntos relacionados à gramática
# Quando o sujeito é representado por um substantivo coletivo, o verbo fica na terceira pessoa do singular:
A multidão aplaudiu a apresentação dos artistas.
# Em casos em que o sujeito é representado por um pronome de tratamento, o verbo permanece na terceira pessoa do singular ou na terceira do plural:
Vossa Excelência chegou atrasado.
Vossas Senhorias aceitam o convite?
# Quando o sujeito é representado pelo pronome relativo “que”, o verbo concorda com o elemento que aparece antes desse pronome:
Foi ele que trouxe o presente.
# Nos casos em que o sujeito é representado pelo pronome “quem”, o verbo tanto pode permanecer na terceira pessoa do singular quanto concordar com o termo que antecede esse pronome:
Fui eu quem venceu a competição.
OU
Fui eu quem venci as competições.
Até agora aprendemos os casos relacionados ao sujeito simples, ou seja, aquele que possui apenas um núcleo. A partir de agora iremos conhecer os casos relacionados ao sujeito composto:
# Quando o sujeito composto aparece antes do verbo, nosso amiguinho (o verbo) fica sempre no plural:
Beatriz e Júlia foram ao cinema.
# Quando o contrário acontece, ou seja, quando o sujeito composto aparece depois do verbo, esse verbo deve concordar com o elemento que se encontra mais próximo a ele ou deve permanecer no plural:
Foram ao cinema Júlia e Beatriz.
Ou
Foi ao cinema Júlia e Beatriz.
# Nos casos em que o sujeito composto é constituído por pessoas gramaticais diferentes, o verbo fica no plural. Nesse caso devemos estar atentos a dois casos principais:
- Caso haja a primeira pessoa (eu/nós), ela deverá prevalecer sobre todas as outras:
Eu, tu e ele faremos um gostoso lanche.
- Quando houver a segunda pessoa (tu/vós), o verbo pode permanecer na segunda ou na terceira pessoa do plural:
Tu e ele sois meus amigos.
Ou
Tu e ele são meus amigos.