Sucessão ecológica
Entenda o que é a sucessão ecológica e como uma comunidade clímax é formada.
Quando observamos um ecossistema rico em espécies de seres vivos, não imaginamos que aquela área, em algum momento da história da Terra, não era habitada. Todas as regiões do planeta que possuem vida foram inicialmente colonizadas por uma espécie e, com o passar do tempo, outros organismos foram chegando até formar a estrutura que conhecemos hoje. O processo de colonização de uma área é chamado de sucessão ecológica.
→ Sucessão primária e secundária
Em algumas partes do planeta, tais como regiões de dunas, superfícies de rochas e locais em que lava vulcânica solidificou-se há pouco tempo, é possível verificar a ausência de vida. Isso acontece porque as características locais impedem a fixação de seres vivos. Alguns organismos, no entanto, são capazes de colonizar essas áreas consideradas inóspitas, iniciando uma sucessão ecológica naquela região.
Quando a sucessão ecológica inicia-se em uma região que não era ocupada, ocorre o que chamamos de sucessão primária. A sucessão secundária, por outro lado, ocorre em locais que já foram ocupados e possuem matéria orgânica. Esse último tipo de sucessão é observado na colonização de áreas desmatadas e clareiras, por exemplo.
→ Etapas da sucessão
A sucessão ecológica nada mais é do que mudanças graduais que ocorrem em um ecossistema até que ele atinja seu auge de desenvolvimento. No caso da sucessão primária, ocorre primeiramente o estabelecimento de organismos capazes de sobreviver em um local com condições extremamente desfavoráveis à vida. Esses organismos recebem o nome de espécies pioneiras.
Um dos exemplos mais clássicos de espécies pioneiras é o líquen. Esse organismo é capaz de se estabelecer em rochas, onde lança ácidos que acabam causando a decomposição da superfície rochosa. Essa decomposição leva ao aparecimento de uma pequena porção de solo, que permite o estabelecimento de outras espécies.
Após o estabelecimento de uma espécie pioneira, outras espécies começam a surgir naquele local, iniciando uma melhoria nas condições de sobrevivência. No caso dos líquens, por exemplo, eles fornecem solo para outras espécies. Em regiões desmatadas, o surgimento de plantas pioneiras altera o solo, aumentando, por exemplo, a quantidade de matéria orgânica disponível. Percebe-se, portanto, que à medida que uma espécie vai se estabelecendo, ela altera as características do meio e possibilita que outra espécie possa desenvolver-se e assim por diante.
A sucessão ecológica ocorre até que se atinja uma comunidade com uma teia alimentar complexa, bem desenvolvida, rica em espécies e estável. Quando essas condições são alcançadas, diz-se que se tem uma comunidade clímax, sendo essa a última etapa da sucessão.
Por Ma. Vanessa dos Santos