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Maias

Veja este texto do Escola Kids a respeito de uma das principais civilizações da região da Mesoamérica. Saiba mais sobre as origens dos maias e algumas características básicas dessa civilização, como cultura, funcionamento de sua sociedade, religião etc. Veja também informações sobre a decadência dos maias.

Os maias desenvolveram-se na Mesoamérica e tiveram seu auge durante o período 250-900 d.C. Os maias desenvolveram-se na Mesoamérica e tiveram seu auge durante o período 250-900 d.C.

Os maias foram uma civilização pré-colombiana, isto é, que estavam na América antes da chegada de Cristóvão Colombo. Eles se desenvolveram na região da Mesoamérica, onde atualmente se localizam México, Guatemala e Belize, aproximadamente a partir de 1800 a.C. Viveram seu auge no período entre 250-900 d.C. Os maias ficaram conhecidos pelas construções gigantes que desenvolveram e também pela civilização bastante sofisticada e com avançados conhecimentos em áreas como Astronomia e Matemática.

Veja também: Conheça o povo “herdeiro” dos maias na Mesoamérica

Política


Tikal foi uma das principais cidades-estado dos maias e atualmente é um importante sítio arqueológico.

A civilização maia, a partir do ano 1000 a.C., passou por intenso processo de urbanização, que resultou no surgimento de diversas cidades. Os maias nunca chegaram a formar um império centralizado com fronteiras definidas, pois possuíam cidades-estado, ou seja, cada cidade formava uma entidade administrativa autônoma que não possuía nenhum vínculo com as cidades vizinhas que não fosse o comércio e a proximidade cultural.

As cidades-estado dos maias viviam constantemente em guerra entre si e possuíam cada uma delas um rei diferente. O governante das cidades-estado era visto pelos seus súditos como uma encarnação dos deuses, o que o concedia plenos poderes sobre sua cidade. A autoridade de cada governante estendia-se nos domínios da cidades-estado, que geralmente eram os limites da própria cidade.

O poder dos reis escorava-se na religião (eles eram entendidos como uma espécie de deus encarnado) e era transmitido de pai para filho. Eventualmente, mulheres poderiam governar caso o rei não tivesse idade suficiente ou estivesse em guerra.

A respeito das cidades-estado, algumas das principais cidades construídas pelos maias foram Chichen Itzá, Copán, Tikal, Palenque, Xunantunich etc. Todos esses locais, atualmente, são importantes sítios arqueológicos e são visitados por milhares de turistas anualmente.

Economia

A base da economia dos maias era a agricultura, mas também havia grande movimentação com o comércio que era realizado entre as cidades-estado. O comércio entre os maias não utilizava moeda, mas a troca de mercadorias, e os valores de cada produto variavam em cada cidade.

Na agricultura, os maias tinham como base de sua alimentação o milho, mas também cultivavam feijão, abóbora, pimenta, cacau e algodão. No comércio, além dos itens básicos de sobrevivência, como comida, roupas e ferramentas, os maias também comercializavam itens considerados luxuosos, como pedras e metais preciosos.

Sociedade e cultura

A sociedade maia era estratificada, portanto, dividida em diferentes classes sociais. A maior parte da sociedade era composta pelos camponeses, responsáveis pelo cultivo dos itens agrícolas. A elite da sociedade maia era composta por funcionários do Estado e sacerdotes, que moravam perto dos grandes templos construídos nas cidades. O topo da hierarquia social dos maias era ocupado pelo rei, que era chamado de “ajaw” (significa “senhor”).

Os maias possuíam uma visão de mundo cíclica, o que significa que o fim de uma fase sempre iniciava o início de outra e que assim seria continuamente. Além disso, os maias ficaram conhecidos por possuírem conhecimentos avançados em Astronomia, Matemática e Arquitetura. No caso da Astronomia, por exemplo, as observações do espaço possibilitaram aos maias produzir um calendário bastante preciso.

Em Arquitetura, os maias ficaram bastante conhecidos por suas grandiosas construções – muitas ainda existem até hoje. Na Matemática, o grande feito dos maias foi o desenvolvimento do conceito de número zero, o que, na época, pouquíssimos povos haviam realizado. Por fim, é importante mencionar que os maias também ficaram conhecidos pelo desenvolvimento de uma escrita baseada em hieróglifos.

Religião


Arte que representa o deus maia Kukulkán, conhecido como serpente emplumada.

A religião dos maias era politeísta, o que significa que eles acreditavam em diversos deuses. Esses deuses habitavam no Tamoanchan, uma espécie de paraíso que fazia parte da cosmovisão de muitos povos da Mesoamérica. Os maias acreditavam também que as florestas ao redor de suas cidades eram habitadas por diversos espíritos e que cada cidade possuía uma divindade específica.

Na religião dos maias, eram realizados sacrifícios humanos em homenagem aos deuses. Os sacrifícios poderiam ser realizados tanto com prisioneiros capturados em guerra como com pessoas de notabilidade da sociedade maia que voluntariamente se entregavam para o ato.

Os sacrifícios dos maias aconteciam como forma de manter os deuses satisfeitos, mas também poderiam acontecer antes de campanhas militares. As principais formas de sacrifício humano praticado pelos maias eram pela decapitação e também pela retirada do coração da vítima viva.

A respeito das divindades, o destaque vai para Kukulkán, a serpente emplumada. Outros deuses importantes eram Ah Puch, o deus da morte, e Itzamna, o deus criador do Universo.

Veja também: Como os espanhóis conquistaram os astecas?

Decadência dos maias

A civilização maia teve seu auge entre 250-900 d.C. A partir dessa data, os historiadores identificaram um misterioso esvaziamento de grande parte das cidades maias. Tanto que quando os espanhóis chegaram na região no século XVI, muitas cidades maias estavam completamente vazias.

Os historiadores não sabem ao certo o motivo específico que causou a decadência dos maias a partir de 900 d.C, mas são levantadas hipóteses que nos ajudam a entender o porquê disso. Os historiadores apontam que desastres naturais, esgotamento da terra utilizada na agricultura e guerras podem ter contribuído para esvaziar as cidades maias.

Por Daniel Neves Silva

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