Saiba mais sobre a locomoção dos equinodermos, animais exclusivamente marinhos.
Você já deve ter visto um equinodermo por aí, não é mesmo? Equinodermos são animais marinhos que possuem como representantes as estrelas-do-mar, ouriços-do-mar, bolachas-do-mar, estrelas-serpentes, entre outros. Quem conhece esses seres já deve ter percebido que alguns deles locomovem-se de forma lenta e, na maioria das vezes, por meio de “pequenos pezinhos”. A seguir falaremos mais a respeito da locomoção dos equinodermos.
→ Pés ambulacrais
Apesar da existência de outros tipos de locomoção, os pés ambulacrais destacam-se como a principal forma de movimentação dos equinodermos, principalmente no grupo que inclui as estrelas-do-mar. Esses pés fazem parte de um sistema denominado de hidrovascular, que consiste em uma rede de canais que passa no interior do corpo do equinodermo. Esses canais são ricos em um fluido muito semelhante à água do mar.
Para a locomoção, uma porção do sistema hidrovascular denominada de ampola bulbar contrai-se e leva água para os chamados pés ambulacrais, que são uma projeção da parede corporal do animal. O pé alonga-se e entra em contato com o substrato. Na porção final do pé, existe uma espécie de ventosa que ajuda na sua fixação. Quando o animal quer soltar-se do substrato, ele encurta o pé ambulacral e força o fluido a voltar para a ampola.
Observe as pequenas projeções no corpo da estrela-do-mar
Vale destacar que os pés ambulacrais não estão relacionados apenas com a locomoção dos equinodermos, sendo responsáveis também por diversas atividades que garantem a sobrevivência e permanência desses animais no ambiente. Entre as funções que podem ser atribuídas aos pés ambulacrais, podemos citar as trocas gasosas, fixação, recepção sensorial e alimentação.
→ Outras formas de locomoção dos equinodermos
Apesar de os pés ambulacrais serem a forma de locomoção mais conhecida, os equinodermos também se locomovem de outras formas. Alguns representantes conseguem locomover-se rastejando-se, colocando os braços voltados para o substrato e, literalmente, andando sobre suas pontas. Eles podem utilizar também os braços para nadar por meio de batimentos lentos. No caso dos ouriços-do-mar, observa-se também a utilização de seus espinhos para a locomoção, sendo essas estruturas usadas para empurrar o substrato.
Por Ma. Vanessa dos Santos