Português

Figuras de sintaxe

Brincando com a gramática: Clique e saiba mais sobre as figuras de sintaxe!

As figuras de sintaxe enriquecem um texto, tornando-o mais interessante!

 A língua portuguesa é mesmo linda! Nosso idioma é riquíssimo e certamente está entre os idiomas mais bonitos e sonoros do mundo! Além de ser música para os ouvidos, a língua portuguesa apresenta diversas particularidades, com elementos que nos permitem criar uma linguagem expressiva e repleta de metáforas.

Quando falamos de metáforas, logo nos lembramos das figuras de linguagem, que bagunçam a significação das palavras e brincam de dar a elas novas interpretações. Um leitor menos atento à linguagem literária pode ficar perdido em meio a tantas inovações, mas um leitor audaz entra na brincadeira e entende que nem tudo é o que parece ser. Além das figuras de linguagem, recurso relacionado à semântica, existem também as figuras de sintaxe, que, como o próprio nome diz, estão relacionadas à sintaxe da língua portuguesa.

Mas o que são as figuras de sintaxe e para que elas servem? As figuras de sintaxe existem para tornar um texto mais expressivo e são encontradas principalmente nos textos literários. Elas promovem uma verdadeira “desordem” na concordância, na regência ou na colocação, mas quando empregadas de maneira proposital, não podem ser consideradas erros gramaticais. Alguns escritores utilizam as figuras de sintaxe com maestria, pois sabem exatamente como subverter a gramática para dar às frases um arranjo inusitado e bem diferente daqueles que estamos acostumados a usar.

Para te deixar por dentro do assunto, o Escola Kids traz para você as principais figuras de sintaxe que podem deixar sua leitura muito mais rica e divertida!


As figuras de sintaxe são um recurso expressivo da linguagem. Elas provocam uma verdadeira desordem na concordância e na regência das frases!

Exemplos de figuras de sintaxe:

Elipse: A elipse “esconde” uma palavrinha ou expressão que, apesar de não estar expressa na frase, pode ser subentendida através de seu contexto.

Exemplo: No final da festa, copos e pratos sobre a mesa. (No final da festa, copos e pratos ficaram sobre a mesa.)

Zeugma: é um tipo de elipse que omite um termo que já foi dito anteriormente em uma oração.

Exemplo: Os pais foram para o trabalho, as crianças, para a escola. (Os pais foram para o trabalho, as crianças foram para a escola).

Assíndeto: é uma figura de sintaxe que omite as conjunções coordenativas.

Exemplo: O pai arrumou o quarto, a sala, o quarto de brinquedos, fez almoço, brincou com as crianças. (As orações estão separadas por vírgulas, mas poderiam vir ligadas pelo conectivo “e”).

Polissíndeto: Ao contrário do assíndeto, o polissíndeto repete os conectivos.

Exemplo: “Há dois dias meu telefone não fala, nem ouve, nem toca, nem tuge, nem muge”. (Rubem Braga).

Pleonasmo: é a repetição de ideias para enfatizá-las.

Exemplo: “A vida, não vale a pena nem a dor de ser vivida”. (Manuel Bandeira).

Silepse: também é conhecida como Concordância ideológica. A concordância não é feita de acordo com as palavras que aparecem na oração, mas sim com ideias ou termos nela subentendidos.

Exemplo: Os brasileiros choramos a derrota da seleção na Copa do Mundo.

Hipérbato: é responsável pela troca da ordem direta dos termos da oração.

Exemplo: “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heroico o brado retumbante”.

Anáfora: É a repetição de uma mesma palavra ou expressão no início de frases ou em versos consecutivos.

Exemplo: “Era uma estrela tão alta!/ Era uma estrela tão fria!/ Era uma estrela sozinha/ Luzindo no fim do dia”. - Manuel Bandeira.

Aproveite para conferir a nossa videoaula relacionada ao assunto:

Por Luana Castro Alves Perez

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