Como a serpente injeta o veneno?
Leia e compreenda como a serpente injeta veneno em suas vítimas.
As serpentes, normalmente chamadas de cobras, são animais que causam pânico em muitas pessoas. Muitas delas apresentam glândulas produtoras de veneno localizadas em sua boca, isso pode explicar o fato de serem tão temidas.
Esse veneno, ou peçonha, possui substâncias que podem causar dor e até a morte de uma pessoa. Geralmente, ele causa hemorragia ou então a destruição do tecido.
O dente da serpente é o responsável pela inoculação do veneno na vítima. De acordo com a dentição, podemos classificá-las em: áglifas, opistóglifas, proteróglifas ou solenóglifas.
As serpentes áglifas são aquelas que possuem dentes de tamanhos iguais e sem canais para a passagem de veneno. Vale destacar que esse tipo de serpente pode ter ou não veneno. Como exemplo desse grupo, podemos citar as sucuris e jiboias.
As opistóglifas são serpentes com pares de dentes grandes nos quais existem fendas por onde o veneno escorre. Entretanto, esses dentes estão localizados nas partes mais posteriores da boca do animal, o que dificulta muito a inoculação. Como exemplo, temos a falsa-coral e a cobra-verde-de-jardim.
Muitas pessoas acham que serpentes áglifas e opistóglifas, por não possuírem dentes eficientes na inoculação de veneno, não causam riscos aos seres humanos. Entretanto, já foram relatados casos de envenenamento por esse tipo de serpente no Brasil.
As serpentes proteróglifas são aquelas que possuem presas pequenas na parte anterior dotadas de fendas longas e profundas por onde o veneno escorre. Como exemplo, podemos citar a coral-verdadeira e a naja.
Por fim, temos as serpentes solenóglifas que possuem presas ocas e dotadas de canais localizadas na região anterior da boca. Esses dentes podem ser comparados a agulhas de injeção. É o tipo de dentição mais eficiente por possuir a capacidade de conservar-se curvado para trás quando a serpente está com a boca fechada e mover-se para frente na hora do bote. Esse é o grupo que mais causa acidentes. Como exemplo, podemos citar as cascavéis, jararacuçu, jararacas e surucucu.
A naja é capaz de inocular o veneno e lançá-lo a longas distâncias
Além da inoculação através da dentição, algumas cobras desenvolveram uma maneira especial de fazer com que a vítima tenha contato com o veneno. As najas, por exemplo, são capazes de injetá-lo e também lançá-lo. O jato de veneno de uma naja pode alcançar três metros de distância.
Por Vanessa dos Santos
Graduada em Biologia