Lygia Bojunga é uma famosa escritora brasileira que fez sucesso com livros infantis que provocam reflexão e despertam a imaginação. A bolsa amarela é sua obra mais conhecida.
Lygia Bojunga é uma famosa escritora brasileira. Ela nasceu na cidade de Pelotas, no dia 26 de agosto de 1932. Mais tarde, trabalhou como atriz, além de escrever para o rádio e para a televisão. O sucesso chegou quando ela passou a publicar livros infantis. Publicou seu primeiro livro, chamado Colegas, em 1972.
As obras da autora apresentam uma linguagem simples, mostram elementos da realidade brasileira e provocam reflexão. A sua obra mais conhecida é A bolsa amarela. Nessa história, Raquel é uma menina que tem três vontades que ela guarda na bolsa amarela: crescer, ser homem e escrever.
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Lygia Bojunga é uma escritora brasileira.
Ela nasceu em 1932, no Rio Grande do Sul.
Além de escrever, ela também trabalhou como atriz.
Seus livros provocam reflexão e alimentam a imaginação.
A bolsa amarela é o livro mais famoso dessa autora.
Lygia Bojunga nasceu na cidade de Pelotas, que fica no estado do Rio Grande do Sul. O dia do seu nascimento é 26 de agosto de 1932. A escritora viveu nessa cidade até fazer oito anos de idade. A família dela então decidiu morar no Rio de Janeiro. E assim a menina Lygia se mudou para a Cidade Maravilhosa.
Na juventude, Lygia Bojunga gostava de ser atriz, mas não era de brincadeira não. Ela levava a sério essa profissão. Tanto que, quando tinha 19 anos, passou a trabalhar em uma companhia de teatro chamada Os Artistas Unidos.
Antes de escrever livros infantis, Lygia Bojunga escrevia textos para o rádio e para a televisão. Só em 1972 ela publicou seu primeiro livro, chamado Os colegas.
Ela se casou, pela primeira vez, quando tinha 21 anos de idade. O seu segundo marido é um inglês chamado Peter. Por isso, a escritora se mudou para a Inglaterra em 1982. Desse modo, vivia um tempo em Londres e outro tempo no Rio de Janeiro.
A autora criou a editora Casa Lygia Bojunga, em 2002, para publicar seus livros. Já em 2006, criou a Fundação Cultural Casa Lygia Bojunga para apoiar projetos ligados aos livros ou ao meio ambiente.
Lygia Bojunga não tem filhos, mas todo autor acha que seus livros são como filhos. Então, cada livro da autora deve ser como um de seus filhos para ela, e filhos de quem ela tem muito orgulho.
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Os livros de Lygia Bojunga têm estas características:
além de pessoas, há animais ou coisas como personagens;
fluxo de consciência — o narrador mostra os pensamentos dos personagens;
foco no universo infantil;
linguagem simples;
humor;
destaque para a realidade das meninas;
elementos da sociedade brasileira;
amizade e amor são os principais temas;
as relações familiares ficam em evidência.
A bolsa amarela
A cama
A casa da madrinha
Angélica
Aula de inglês
Corda bamba
Dos vinte 1
Fazendo Ana Paz
Feito à mão
Livro, um encontro
Nós três
O abraço
O meu amigo pintor
O Rio e eu
Os colegas
O sofá estampado
Paisagem
Querida
Retratos de Carolina
Sapato de salto
Tchau
6 vezes Lucas
A bolsa amarela é o livro mais famoso de Lygia Bojunga. Abaixo, vamos falar um pouco sobre essa obra.
Afonso
A guarda-chuva
André
Brunilda
Lorelai
Raquel
Terrível
A menina Raquel tem três vontades:
crescer;
ser homem;
escrever.
Assim, a menina não está satisfeita em ser criança. Além disso, ela acha que os meninos podem fazer muitas coisas que as meninas não podem. E Raquel não quer ser reprimida, ela quer poder fazer tudo igualzinho aos meninos. Ela tem um amigo e uma amiga criados na sua imaginação de escritora.
O amigo se chama André, e a amiga se chama Lorelai. Raquel brinca de escrever cartas para eles. Raquel também consegue outra amiga: uma bolsa amarela que era de sua tia Brunilda. É nessa bolsa que Raquel guarda suas três vontades. Outros amigos de Raquel são o galo Afonso e o Terrível, primo do Afonso.
Ahn... deixa ver quem mais é amigo da Raquel... Ah, ela tem uma guarda-chuva como amiga. Isso mesmo, uma guarda-chuva. É que, quando fizeram essa guarda-chuva, ela escolheu ser mulher e não homem. Na companhia desses amigos, Raquel vai buscar satisfazer suas três vontades.
O livro tem uma narradora personagem. Isso quer dizer que quem conta a história é uma personagem da obra. Sabe quem é? Óbvio que é a Raquel.
Sim, A bolsa amarela é um livro que nos faz pensar:
No mundo em que vivemos, meninas e meninos têm os mesmos direitos e deveres?
E têm a mesma liberdade de ser quem querem ser?
O livro mostra que todos nós temos vontades ou sonhos para realizar, e, não só faz pensar, como também desperta a imaginação.
Lygia Bojunga é uma das principais autoras brasileiras que escrevem para crianças. Suas histórias não só nos fazem soltar a imaginação como também nos estimula a refletir sobre o mundo em que vivemos, e toda autora que faz a gente pensar e sonhar só pode ser muito importante. Além disso, seu livro A bolsa amarela vem marcando a vida de muitas crianças desde o ano de 1976.
A escritora Lygia Bojunga ganhou estes prêmios brasileiros:
Instituto Nacional do Livro;
Jabuti;
FNLIJ;
APCA;
Banco Noroeste de Literatura Infantil e Juvenil;
Molière;
Mambembe de Teatro;
Orígenes Lessa;
Adolfo Aizen;
Júlia Lopes de Almeida.
Na Suécia, ganhou o prêmio Astrid Lindgren Memorial; na Dinamarca, o prêmio Hans Christian Andersen; e na Alemanha, os prêmios O Flautista de Hamelin e White Ravens. Cada um desses prêmios é uma homenagem à autora. Lygia Bojunga também recebeu outra homenagem superlegal. Para comemorar os 90 anos de Lygia, a autora Ana Letícia Leal, fã de Lygia, lançou, em 2022, o livro Para Lygia Bojunga, a mulher que mora nos livros.
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As frases de Lygia Bojunga que você vai ler agora são do livro A bolsa amarela:
“Eu tenho que achar um lugar pra esconder as minhas vontades.”
“Pronto: a vontade de crescer desatou a engordar, tive que sair correndo pra ninguém ver.”
“A gente só devia nascer quando a mãe da gente quer ver a gente nascendo.”
“Eu acho fogo ter nascido menina.”
“Escritora tem que viver inventando gente, endereço, telefone, casa, rua, um mundo de coisas.”
“Gente grande não entende a gente.”
“Gente grande é uma turma muito difícil de entender.”
Créditos das imagens
[1] e [2] Editora Casa Lygia Bojunga (reprodução)
[3] Wikimedia Commons (reprodução)
Fontes
BOJUNGA, Lygia. A bolsa amarela. 22. ed. Rio de Janeiro: AGIR, 1993.
CASA LYGIA BOJUNGA. Retratos biográficos. Disponível em: http://www.casalygiabojunga.com.br.
MAGALHÃES, Rosânia Alves. Relações de gênero em Lygia Bojunga. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LITERATURA COMPARADA, 16., 2018, Uberlândia. Anais [...]. Uberlândia: ABRALIC, 2018.
MOLINA, Diego. Teatro Duse: o primeiro teatro-laboratório do Brasil. Rio de Janeiro: Funarte, 2015.
OLIVEIRA, Bruna Marieli Vanelli de. Um encontro com a escrita: o caminho traçado por Raquel em A bolsa amarela. 2018. TCC (Licenciatura em Letras) – Faculdade de Letras, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Pato Branco, 2018.
RECHOU, Blanca-Ana Roig. Da literatura para a infância à literatura de fronteira: Agustín Fernández Paz e Lygia Bojunga. Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, Brasília, v. 36, jul./ dez. 2010.
SOUZA, Lizandra Lima de. A bolsa amarela, de Lygia Bojunga Nunes, sob a crítica feminista: propostas de letramento literário para o ensino fundamental II. 2019. Dissertação (Mestrado em História e Letras) – Faculdade de Educação, Ciências e Letras, Universidade Estadual do Ceará, Quixadá, 2019.