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Dialetos e registros

As variações linguísticas do português brasileiro: Clique e saiba mais sobre os diferentes dialetos e registros!

Os dialetos e registros são interessantes elementos das variações linguísticas no português brasileiro. Somos múltiplos até no jeito de falar! Os dialetos e registros são interessantes elementos das variações linguísticas no português brasileiro. Somos múltiplos até no jeito de falar!

 O Brasil certamente é um dos países mais interessantes do mundo. Nossa cultura, nosso povo e nossa História são elementos que fazem do nosso país um lugar único, cheio de riquezas a serem desvendadas e estudadas. Entre nossas riquezas, está a língua portuguesa, que de tão diferente daquela falada em Portugal ficou conhecida como português brasileiro. Mas as diferenças não param por aí, pois dentro de nosso território existem variações linguísticas, os chamados dialetos e registros.

 Você sabe o que são os dialetos e registros do português brasileiro? Bom, os dialetos e registros dizem respeito às variedades encontradas na língua, principalmente na modalidade oral. Cada lugar do nosso país comunica-se através de diferentes maneiras, com diferentes sotaques e vocabulários peculiares, embora, na maioria das vezes, fazendo uso de um mesmo código: a língua portuguesa. Além disso, cada situação comunicacional exige um comportamento linguístico adequado, e, de acordo com o contexto, utilizamos a norma culta ou a norma popular. Observe as principais diferenças entre dialetos e registros da língua portuguesa:


Cada região do nosso país apresenta diferenças consideráveis na maneira de falar: sotaques, expressões e vocabulários representam as variações

♦ Dialetos: são as variedades encontradas na língua dentro de uma região ou território. Ao analisarmos essas diferenças, fatores como a idade dos falantes, o sexo, classes ou grupos sociais e a própria evolução histórica da língua devem ser considerados. Existem alguns grupos que se identificam mais, por isso fazem uso de vocabulário, expressões e gírias próprias, e é por esse motivo que estabelecer um diálogo com alguém que seja de uma comunidade linguística muito diferente pode ser um desafio e tanto para a comunicação! Entre as principais diferenças, está aquela que diz respeito ao vocabulário. Observe alguns exemplos encontrados através de mapeamentos lingúísticos feitos por especialistas:

  • Mandioca, macaxeira ou aipim? Três vocábulos para designar um mesmo alimento. Cada região do país utiliza um nome diferente, por exemplo, no Sul e no Sudeste do país, a raiz é mais conhecida como aipim; no Nordeste, seu nome é macaxeira; no Centro-Oeste e alguns estados do Norte, ela é mandioca.

  • Bergamota, tangerina ou mexerica? Os três termos referem-se à mesma fruta. Na região Sul do país, principalmente no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, é conhecida como bergamota. Já no Sudeste e Nordeste, é conhecida como mexerica ou tangerina. Em Curitiba, ela já é encontrada com outro nome: mimosa.

♦ Registros: estão relacionados com os níveis de fala, ou seja, com as variedades padrão e não padrão. Em determinadas situações, o registro mais adequado a utilizar é a norma culta, aquela que está de acordo com todas as regras gramaticais da língua portuguesa. Quando você precisa apresentar um trabalho na escola, o ideal é que você faça escolhas vocabulares e sintáticas mais formais, não é mesmo? Mas existem momentos em que a norma popular, aquela que utilizamos entre nossos amigos e familiares, é o registro que estabelecerá uma maior sintonia entre os interlocutores, então ficamos à vontade para usar gírias e expressões mais coloquiais.

É muito importante entender que todas as variações linguísticas são importantes, pois elas são elementos de nossa identidade cultural. Não existe um dialeto que seja melhor do que o outro, ou um registro que seja mais correto e mais adequado do que o outro. Infelizmente ainda acreditamos na ideia de que a norma culta seja o jeito ideal de falar e, por esse motivo, muitas vezes ridicularizamos quem “fala errado”, como se a língua pudesse ser dividida entre o bom e o mau português. Na verdade, devemos considerar que cada situação exige de nós uma adequação linguística, ou seja, é preciso analisar qual é o momento certo para empregar cada um dos registros. A língua é do povo e para o povo e sua principal função é ser uma ferramenta democrática da comunicação. Por isso, comunique-se sem medo, fique atento às variações e... viva as diferenças!


Por Luana Castro
Graduada em Letras  

Por Luana Castro Alves Perez

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