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Queda da Bastilha

A queda da Bastilha foi um acontecimento marcante que se passou em 14 de julho de 1789, marcando o início da Revolução Francesa.

Pintura representando a queda da Bastilha, de Jean-Pierre Hoüel. A queda da Bastilha aconteceu no dia 14 de julho de 1789, marcando o início da Revolução Francesa.[1]

A queda da Bastilha foi um ataque dos sans-culottes, trabalhadores urbanos de Paris, contra a Bastilha, prisão que simbolizava o absolutismo na França no final do século XVIII. O acontecimento se passou em 14 de julho de 1789, sendo considerado o evento que deu início à Revolução Francesa.

Esse ataque foi realizado por cerca de 950 pessoas contra a prisão que, no final do século XVIII, tinha apenas sete presos. Foi motivado pela insatisfação da população com a crise que a França vivia. A demissão de Jacques Necker, ministro das Finanças da França, também irritou bastante a população parisiense.

Leia mais: Revolução Francesa — um dos acontecimentos mais importantes da história, durou de 1789 a 1799

Resumo sobre a queda da Bastilha

  • A queda da Bastilha aconteceu quando a população parisiense atacou a Bastilha, em 1789.

  • A Bastilha era uma prisão e considerada um símbolo da opressão do absolutismo na França.

  • Esse evento aconteceu em 14 de julho de 1789, marcando o início da Revolução Francesa.

  • Foi resultado da insatisfação da população francesa com a crise que o país vivia no final do século XVIII.

  • Aconteceu com cerca de 950 pessoas atacando a Bastilha e resultou na tomada da prisão pela população.

O que foi a queda da Bastilha?

A queda da Bastilha foi o evento que deu início à Revolução Francesa, em 14 de julho de 1789, em Paris. Consistiu em um ataque da população parisiense à Bastilha, uma fortaleza que havia sido convertida em prisão. O ataque foi motivado pela insatisfação do povo com a crise econômica da França e com o reinado de Luís XVI.

A data tem grande simbologia na história francesa. Além de ter disseminado o ímpeto revolucionário pelo país no final do século XVIII, esse acontecimento é celebrado como um feriado nacional da França e como grande símbolo histórico da república francesa.

Motivos da queda da Bastilha

O contexto da queda da Batilha (detalhado no último tópico deste artigo) nos traz elementos pra identificarmos os motivos que levaram ao início da revolução, tais como:

  • influência dos ideais iluministas;

  • crise econômica;

  • agitação social;

  • sociedade desigual etc.

No entanto, é importante pontuar que dois boatos foram fundamentais para que a população parisiense se rebelasse e atacasse a Bastilha. Um deles era sobre o país ser invadido por tropas estrangeiras que destruiriam a Assembleia Constituinte, e outro dizia que a nobreza francesa escondia grãos em suas propriedades enquanto o povo passava fome.

Em 11 de julho de 1789, a população parisiense ficou sabendo que o rei Luís XVI demitiu o seu ministro das Finanças, Jacques Necker. Essa medida desagradou à população porque Necker era uma figura simpática ao Terceiro Estado. A população, então, foi insuflada a se rebelar.

Os participantes da queda da Bastilha

O ataque à Bastilha foi conduzido pelos trabalhadores pobres da cidade de Paris, membros do Terceiro Estado. Oficialmente, sabe-se que 954 pessoas participaram do ataque, e, desse total, havia apenas uma mulher. Desse contingente, 661 eram artesãos, o grupo mais numeroso que atuou na queda revolta.

Como foi a queda da Bastilha?

A insatisfação da população com a demissão de Necker se transformou em uma enorme agitação social nas ruas de Paris. Essa tensão resultou na morte de manifestantes no jardim do Palácio de Tulherias por ação de soldados franceses. A população, em resposta, atacou os depósitos de grãos do governo francês, e revoltas violentas se espalharam por Paris.

Em 13 de julho, a população parisiense tomou o controle da cidade, passando a ser governada por uma comuna, composta por 120 representantes. No dia seguinte, a população invadiu o Palácio dos Inválidos, tomando cerca de 40 mil armas do arsenal do exército francês. Os rebeldes foram informados de que havia mais armas na Bastilha, e para lá se encaminharam.

A Bastilha era uma fortaleza medieval que foi convertida em prisão no século XVII. Era considerada um símbolo da opressão e do autoritarismo do Antigo Regime, por isso, era um alvo simbólico. Em 1789, ela estava quase desativada e tinha apenas sete prisioneiros. O ataque da população resultou na morte do Marquês de Launay, o chefe da prisão.

Leia mais: Era Napoleônica — período, de 1799 a 1815, tido como continuação da Revolução Francesa

Quais foram as consequências da queda da Bastilha?

O ataque da população parisiense à Bastilha é considerado um importante marco na história francesa porque disseminou o ímpeto revolucionário pelo país. Com isso, uma série de movimentos populares se espalharam pelo solo francês. Além do fortalecimento da revolução, alguns desdobramentos da queda da Bastilha foram:

  • restabelecimento de Necker nas funções do governo;

  • início da fuga da nobreza francesa;

  • retirada de tropas da cidade de Paris por ordem de Luís XVI;

  • demolição da Bastilha;

  • enfraquecimento do poder de Luís XVI.

Contexto histórico da queda da Bastilha

A Bastilha antes do ataque perpetrado pela população de Paris.

A queda da Bastilha foi um acontecimento de enorme importância na história francesa, no final do século XVIII, e foi resultado de uma crise intensa que afetava a França nesse período. A França era uma nação absolutista que vivia uma enorme turbulência por conta da crise econômica.

Os ideais iluministas trouxeram mais um elemento para a insatisfação popular. Em 1789, a França era uma nação absolutista e governada por Luís XVI, que detinha poderes absolutos sobre o seu país. Além disso, ela tinha uma sociedade estamental cujas marcas eram a flagrante desigualdade social e a ausência de mobilidade social.

A sociedade francesa era composta por Primeiro Estado, representado pelo clero; Segundo Estado, representado pela nobreza; e Terceiro Estado, classe social heterogênea formada por camponeses, trabalhadores urbanos, burgueses etc. Primeiro e Segundo Estados eram compostos pela aristocracia francesa e por classes sociais repletas de privilégios na França.

Além da desigualdade social e dos problemas que ela criava, a França vivia uma enorme crise financeira, motivada pelos gastos excessivos da aristocracia francesa, por conflitos dos quais o país participou, por más colheitas, entre outros. Havia um enorme debate sobre a necessidade de reformar o país para que a aristocracia também pagasse tributos, mas essas medidas eram rejeitadas pela classe.

A crise econômica incidia pesadamente sobre o Terceiro Estado, que convivia com aumento no valor dos impostos e no valor dos alimentos. Esse cenário contribuiu para que houvesse agitação social, sobretudo na cidade de Paris. Uma das classes mais insatisfeitas era a dos sans-culottes, trabalhadores pobres urbanos.

Nesse cenário, o rei francês convocou a Assembleia dos Estados Gerais, mas as reuniões não se desenrolaram bem e resultaram na criação da Assembleia Nacional Constituinte, conduzida pelos representantes do Terceiro Estado, com o objetivo de criar uma Constituição para o país a fim de limitar os poderes do rei.

Leia mais: O que foi o Terror na França revolucionária?

Exercícios sobre a queda da Bastilha

Questão 01

Em 1789, a Bastilha era:

a) um museu

b) um arsenal

c) um depósito de grãos

d) uma prisão

e) um abrigo de inválidos

Resposta: Letra D

Na ocasião em que foi atacada, a Bastilha era uma prisão e um símbolo da opressão do absolutismo na França. Ela abrigava apenas sete presos quando foi atacada e havia sido transformada em prisão no século XVII.

Questão 02

A demissão de que membro do governo causou enorme insatisfação popular e contribuiu para o ataque contra a Bastilha:

a) Maximilien Robespirre

b) Marquês de Taunay

c) Jacques Necker

d) Luís XVI

e) Barão de Breteuil

Resposta: Letra C

Em 11 de julho de 1789, Jacques Necker foi demitido por Luís XVI da função de ministro das Finanças. Ele era uma figura popular entre os sans-culottes porque tinha posições que agradavam a essa classe social. Sua demissão foi extremamente impopular e contribuiu para aumentar a agitação social na França.

Crédito da imagem

[1]Commons

Fontes

HOBSBAWM, Eric J. A Era das Revoluções 1789-1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2014.

FUINI, Pedro. Queda da Bastilha. Disponível em: https://www.fflch.usp.br/34302

MARK, Harrison W. Storming of the Bastille. Disponível em: https://www.worldhistory.org/Storming_of_the_Bastille/

Por Daniel Neves Silva

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