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Pompeia

Clique neste link e acesse este texto que traz algumas informações sobre Pompeia, cidade romana que foi destruída por uma erupção vulcânica que aconteceu em 79 d.C. Amplie seus conhecimentos sobre a história dessa cidade e sua redescoberta pelos arqueólogos no século XVIII.

Habitantes de Pompeia que tiveram seus corpos petrificados durante a erupção vulcânica de 79 d.C.* Habitantes de Pompeia que tiveram seus corpos petrificados durante a erupção vulcânica de 79 d.C.*

A cidade de Pompeia ficou muito conhecida por ter sido destruída por uma grande erupção do Vesúvio, vulcão que fica nas proximidades da região. O destino dessa cidade romana só foi redescoberto no século XVIII, quando seus restos arqueológicos foram encontrados, possibilitando que historiadores reconstruíssem o cotidiano da cidade.

Origem histórica de Pompeia

Pompeia, cidade construída aos pés do Vesúvio, ficava nas proximidades de onde se localiza hoje a cidade de Nápoles, em uma região no sul da Itália conhecida como Campânia. Existem estudos que apontam que aquela região começou a ser habitada em algum momento da Idade do Bronze (entre 3000 a.C. e 1200 a.C.). O nome original da cidade e seu fundador são informações desconhecidas.

O que se sabe sobre Pompeia é que ela foi ocupada por diferentes povos em diferentes momentos de sua história. Atualmente, historiadores sabem que a cidade foi ocupada pelos oscos (povo local da Campânia), por gregos, etruscos e samnitas (povos que habitavam a Península Itálica).

Os romanos passaram a influenciar Pompeia por volta do século IV a.C., quando os romanos derrotaram os samnitas durante as Guerras Samnitas. A cidade era uma espécie de protetorado romano, pois possuía certa autonomia, mas estava sob a influência dos romanos. O fim dessa autonomia aconteceu por volta de 80 a.C., quando Sila ordenou o cerco a Pompeia como punição por terem rebelado-se contra o domínio romano.

Com a cidade definitivamente conquistada pelos romanos, instalaram-se lá milhares de soldados e iniciou-se o período de maior prosperidade de Pompeia.

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A vida em Pompeia antes da destruição


Via del Foro, rua pavimentada das ruínas de Pompeia. Ao fundo da imagem, está o Monte Vesúvio.

Antes da erupção que destruiu Pompeia, a cidade estava na sua fase mais próspera. Sua posição litorânea rendia-lhe um movimentado comércio, já que os portos da cidade eram utilizados para entrada e saída de diversas mercadorias comercializadas na região. A distribuição populacional da cidade era de 12 mil habitantes no núcleo urbano e de mais 24 mil nas zonas rurais.

As mercadorias produzidas nas cidades vizinhas eram exportadas a partir dos portos de Pompeia, de onde partiam mercadorias como azeite de oliva, azeitona e sal. Mesmo com sua importância comercial, aos olhos dos romanos, Pompeia era uma cidade provinciana (maneira pejorativa de taxar determinado local como “atrasado”).

Assim como acontecia em todas as cidades romanas, o interior da cidade de Pompeia era protegido por muralhas. Internamente, havia um rico comércio que atuava na venda de diferentes mercadorias, como alimentos e roupas. Existia na cidade templos religiosos, banheiros públicos, casas de banho, arenas para realização de jogos, com destaque para as lutas de gladiadores, entre outras construções.

Os cidadãos de Pompeia veneravam os deuses da religião tradicional dos romanos. Isso foi constatado pelos historiadores em virtude da existência de templos para esses deuses e também porque, dentro das casas, havia pequenos santuários construídos. Os arqueólogos também descobriram afrescos (pinturas em paredes) dentro de uma construção em Pompeia retratando um culto dionisíaco (culto para baco, deus do vinho).

A região na qual estava Pompeia – Campânia – era um local que recebia, frequentemente, membros da aristocracia romana, que iam para suas casas de verão construídas próximas ao mar. Existem registros de que o imperador romano Nero visitou a cidade durante uma competição de gladiadores em 66 d.C.

A imagem popular a respeito de Pompeia e da cultura romana cultiva a ideia de que a cidade e os romanos, em geral, eram devassos e praticavam inúmeros atos de imoralidade. Historiadores dizem que esse estereótipo construído sobre a cidade é decorrente do fato de a religião romana ter uma visão de mundo muito moralizada.

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O que aconteceu com Pompeia?

A cidade de Pompeia foi destruída em 79 d.C. por uma erupção vulcânica de grandes proporções que, além de destruir, soterrou a cidade e matou seus habitantes. Um relato feito por um romano chamado Plínio, o Jovem, fala que a destruição da cidade aconteceu em agosto de 79 d.C., mas historiadores questionam e sugerem que o evento tenha acontecido, provavelmente, no final de setembro.

Antes mesmo da erupção vulcânica, a cidade já havia enfrentado um desastre natural: em 62 d.C., um terremoto destruiu a cidade parcialmente. Durante a erupção vulcânica, Pompeia foi atingida por uma chuva de pedras (algumas gigantes) e, no outro dia, foi atingida por gases tóxicos que dizimaram parcela da população que havia sobrevivido. Outras cidades vizinhas também foram vítimas da erupção.

Pompeia hoje


Ruínas de Pompeia, destruída em 79 d.C. e redescoberta no século XVIII. A cidade é, atualmente, um importante centro turístico da Itália.

O destino de Pompeia ficou esquecido durante séculos, mas foi redescoberto a partir do século XVIII, quando escavações, ordenadas por Carlos III (rei espanhol), descobriram os restos da cidade. Nessa época, o sul da Itália era dominado pelos espanhóis.

Os restos arqueológicos foram identificados como originados de Pompeia em virtude de inscrições encontradas que davam esse nome para a cidade. Os restos de Pompeia estavam embaixo de uma densa camada de material vulcânico, que se acumulou na região com o passar do tempo. Por ter ficado soterrada, uma série de artefatos de preservação foi encontrada em ótimo estado.

Atualmente, a cidade é patrimônio histórico da humanidade, nomeada pela UNESCO em 1997. Hoje é um importante centro turístico da Itália, recebendo mais de 2 milhões de visitantes todos os anos. Existem, porém, críticas realizadas por arqueólogos e historiadores que apontam que o governo italiano não faz a preservação do local da maneira necessária, o que tem contribuído para a deterioração das instalações.

*Créditos da imagem: Giannis Papanikos e Shutterstock

Por Daniel Neves Silva

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