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Política na República Romana

Saiba mais sobre os principais fatos políticos da República Romana.

Estátua de Júlio César, o principal general do exército romano Estátua de Júlio César, o principal general do exército romano

Após o fim da Monarquia em Roma, por volta do ano 507 a.C., os patrícios instalaram-se definitivamente no poder, ganhando o Senado a função de principal instituição política da República.

Vamos conhecer as principais características da República romana?

República (século VI a.C. – 27 a.C.)

A palavra República deriva da expressão latina res publica e significa “coisa pública”, ligada ao povo. Havia, dessa forma, uma oposição à Monarquia, já que na República o poder não pertencia ao rei, mas ao povo. Porém, não a todo o povo. Quem detinha o poder na República Romana eram os patrícios.

O Senado, formado por 300 patrícios, elegia um cônsul para governar a República por um tempo determinado. Abaixo do Senado havia as magistraturas, através das quais os magistrados exerciam diversas funções públicas. É pertinente destacar os Pretores, os Censores, os Questores e os Edis. Em tempos de ameaça à ordem política da República, um ditador era indicado para governar os romanos.

Por fim, havia as assembleias ou comícios, que eram em número de três: a Curiata, a Tribucínia e a Centuriata. A última era a mais importante por agregar os soldados, sendo um poder político dos militares.

Com o passar do tempo, as lutas entre patrícios e plebeus iriam se intensificar e alterar a estrutura política da República. A pressão dos plebeus por direitos políticos levou à constituição, em 493 a.C., dos Tribunos da Plebe, magistrados responsáveis por defender os interesses da plebe. Em 450 a.C., os plebeus conseguiram que as leis romanas se tornassem escritas, dificultando a interpretação das leis a favor dos patrícios.

Foi durante a República que a expansão territorial romana se fez mais forte. Depois de conquistarem a Península Itálica, os romanos passaram a lutar contra os cartagineses pela ilha da Sicília, ao sul da península. Os conflitos contra Cartago, a república dos cartaginenses localizada no norte do continente africano, ficaram conhecidos como Guerras Púnicas.

Foram três as Guerras Púnicas que ocorreram entre 264 a.C. até 146 a.C. Através delas os romanos conquistaram a Sicília, a Gália do Sul, a Península Ibérica e o norte da África. Ainda entre as três guerras os romanos conquistaram a Grécia, a Macedônia e o Egito. Com isso, passaram a dominar todo o mar Mediterrâneo, que denominaram de Mare Nostrum, expressão latina que significa “nosso mar”.

Além de continuar havendo diversas disputas entre plebeus e patrícios, as revoltas escravas também ganharam força, sendo a revolta liderada por Spartacus em 73 a.C. a mais conhecida.

Porém, o exército e seus generais ganharam imenso poder político com a expansão romana. Várias disputas entre os generais ocorreram pela tomada do poder. Em 60 a.C., foi formado o Primeiro Triunvirato, formado pelos generais Pompeu, Crasso e Júlio César. Cada um deles dominava uma região dos territórios romanos. Mas as disputas não cessaram. Depois da morte de Crasso, Júlio César pretendeu aumentar seu poder e entrou em conflito com Pompeu, que, em fuga no Egito, foi morto em 49 a.C.

Depois disso, Júlio César foi nomeado ditador perpétuo, governando toda Roma. Mas parte do Senado não concordava com a concentração de poder e organizou o assassinato de César em 44 a.C.

Um Segundo Triunvirato foi constituído, formado por Otávio, Marco Antônio e Lépido. Porém, os conflitos pelo poder continuaram até que Otávio tornou-se o único governante romano, após o suicídio de Marco Antônio. Com esse fato, tinha fim a República, iniciando o período do Império.

Aproveite para conferir a nossa videoaula relacionada ao assunto:

Por Tales Pinto

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