Hórus foi uma importante divindade da religiosidade egípcia. Era reconhecido como o deus dos céus e representado na forma de um falcão.
Hórus era uma divindade egípcia, conhecida na religiosidade desse povo como o deus dos céus. Era o protetor da realeza, possuindo uma profunda relação com os faraós egípcios, e aquele responsável por manter a ordem. Era filho de Osíris e Ísis, outros dois deuses extremamente populares na religiosidade egípcia.
Era um grande inimigo de Set, porque esse deus havia assassinado Osíris, seu pai, e perseguido Ísis e o próprio Hórus quando era apenas uma criança. Essa inimizade resultou em batalhas ao longo de décadas que resultaram no banimento de Set e na coroação de Hórus como rei, ocupando o trono de seu pai.
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Hórus era o deus dos céus da religiosidade egípcia.
Era conhecido pelos egípcios como Hor.
Era uma divindade bastante popular, cultuada em templos espalhados pelo Egito.
Era filho de dois deuses extremamente populares, Ísis e Osíris.
Seu maior inimigo era Set, com quem lutou em diversas batalhas.
Hórus é uma importante divindade que fazia parte da religiosidade egípcia na Antiguidade, reconhecido como deus dos céus e representado, principalmente, como um falcão. Também pode ser chamado de Hórus, o Jovem, e o nome pelo qual conhecemos essa divindade é a sua forma latinizada.
Os egípcios referiam-se a Hórus como Hor, termo que pode ser traduzido como “o distante”, em uma referência ao papel dele como deus dos céus. Além disso, esse deus era considerado o protetor da realeza, sendo também o defensor da ordem e um deus muito relacionado com a guerra, uma vez que os mitos egípcios mencionavam diversas batalhas desse deus com Set.
Um dos grandes símbolos desse deus era o que ficou conhecido como olho de Hórus. Os egípcios afirmavam que os olhos de Hórus eram, na verdade, o Sol e a Lua, que permitiam que ele obtivesse informações sobre o que ocorria na Terra.
Existem distintas versões acerca das origens de Hórus, e uma delas afirma que ele era filho de Hator, mas a versão mais tradicional aponta que ele seria filho de Osíris e Ísis. Nessa versão, Hórus teria nascido da união entre Osíris e Ísis, em um contexto em que Osíris era intensamente perseguido por seu irmão, Set.
Osíris e Ísis governavam a Terra, e isso causava ciúmes em Set, mas esses ciúmes se transformaram em ódio quando Osíris se deitou com Néftis (esposa de Set). Osíris foi assassinado por Set, e seu corpo, lançado no Rio Nilo. Ísis o resgatou, mas Set o esquartejou para impedir que Ísis o ressuscitasse.
Ísis resgatou todas as partes do corpo de Osíris, com exceção de uma, e fez um ritual para que ela engravidasse de seu marido. Osíris foi para o mundo dos mortos, pois não poderia ficar mais no mundo dos vivos porque faltava uma parte de seu corpo. Ísis engravidou de seu marido e tratou de cuidar de si para garantir que pudesse dar à luz seu filho.
Ela foi obrigada a dar à luz em regiões pantanosas do delta do Nilo porque Set estava a perseguindo. Ela só podia procurar comida durante a noite e andava protegida por sete escorpiões que a seguiam por onde ela passava. Hórus nasceu, mas precisou manter-se escondido durante toda a sua infância e quando cresceu, retornou para desafiar Set.
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Set havia assassinado o pai de Hórus, perseguido sua mãe e forçado Hórus a esconder-se durante sua infância. Ao tornar-se adulto, Hórus alegou que Set havia tomado o trono de seu pai de maneira ilegal, e isso se tornou uma grande disputa entre os deuses. Grande parte dos deuses egípcios concordaram com as alegações de Hórus, mas Rá exigiu que Hórus e Set travassem batalhas para definir o vencedor da querela.
A disputa estendeu-se por 80 anos sem que houvesse um vencedor, mas foi resolvida quando Ísis, sob o disfarce de uma mulher, obteve uma espécie de confissão de Set de que o que ele havia feito havia sido injusto. Com isso, Set foi banido para o deserto, e Hórus assumiu o trono que um dia havia pertencido a seu pai.
Outra versão aponta que a disputa se deu após um julgamento de 80 anos que foi decidido com uma decisão de Neite, deusa da caça. Ela deu uma decisão favorável a Hórus, sugerindo que Set reinasse sobre o deserto e que se casasse com duas deusas forasteiras, Anat e Astarte. De qualquer forma, após recuperar o trono, Hórus conseguiu estabelecer um bom reinado.
O culto a Hórus era tradicional e bastante antigo na religiosidade egípcia e remonta ao Período Pré-Dinástico, portanto ele já era um deus popular no Período Dinástico. Nesse período, ele já era relacionado com os faraós egípcios. Com o tempo, a popularidade de Hórus fez com que o antigo Hórus, filho de Geb e Nut, fosse esquecido.
Hórus era uma divindade popular e, assim como outros deuses, possuía templos em sua homenagem, e havia estátuas como representações imagéticas desse deus. Os sacerdotes que cuidavam do culto a ele eram todos homens, sendo eles também os responsáveis pela manutenção dos templos em homenagem a Hórus.
Os templos de Hórus eram locais de visitação de fiéis que os frequentavam para procurar conselhos, buscar interpretação de presságios, garantir atendimento médico, solicitar a proteção contra espíritos maléficos, entre outros objetivos. Os maiores locais de culto a esse deus ficavam localizados no delta do Nilo.