O Bloqueio Continental foi um embargo estabelecido por Napoleão Bonaparte que proibiu o comércio com os ingleses no continente europeu. Esteve em vigor entre 1806 e 1814.
O Bloqueio Continental foi um embargo que Napoleão Bonaparte estabeleceu na Europa, em 1806, proibindo as demais nações europeias de comercializarem com o Reino Unido. Esse embargo teve relação com os conflitos travados entre franceses e ingleses durante o período napoleônico e tinha como objetivo enfraquecer a economia britânica.
O bloqueio foi determinado em 1806, por meio do Tratado de Berlim. Algumas nações, como Espanha e Suíça, aderiram ao bloqueio espontaneamente; outras nações o fizeram forçadamente, e Portugal e Suécia não aceitaram a imposição de Bonaparte. Foi encerrado em 1814, com a deposição de Napoleão.
Leia também: Era Napoleônica — os principais fatos do período em que Bonaparte esteve no poder
O Bloqueio Continental foi um embargo econômico estabelecido pela França em 1806.
Esse embargo foi imposto por meio do Tratado de Berlim, assinado entre França e Prússia.
O Bloqueio Continental determinou a proibição do comércio entre qualquer nação europeia e os britânicos.
O objetivo desse bloqueio era enfraquecer a economia britânica e derrotar a Inglaterra na guerra que as duas nações travavam.
Portugal não aderiu ao bloqueio e viu seu território invadido. O regente de Portugal, D. João, mudou-se para o Brasil, trazendo a corte para cá.
O embargo foi encerrado quando Napoleão foi deposto do poder pela primeira vez, em 1814.
O Bloqueio Continental foi resultado do conflito que era travado entre França e Reino Unido pela hegemonia econômica e política no continente europeu. As duas nações haviam passado por diversos conflitos no contexto da Revolução Francesa, mas, com a ascensão de Napoleão Bonaparte, uma breve paz foi acordada.
Essa paz se estabeleceu pelo Tratado de Amiens, assinado em 1802, o qual finalizou os conflitos relacionados com a Revolução Francesa. Essa paz entre as duas nações foi bem breve, uma vez que no ano seguinte os britânicos declararam guerra aos franceses, pois estavam temerosos pelas ações expansionistas dos franceses.
O conflito entre as duas nações trouxe um baque para os franceses: o país tinha tropas excelentes por terra, mas no mar os ingleses eram superiores. Entre 1803 e 1805, Bonaparte viu a Marinha francesa fracassar no objetivo de garantir a invasão do território britânico. Na Batalha de Trafalgar, em 1805, a Marinha francesa foi destruída pelos britânicos, o que levou Napoleão a abandonar seus planos de invadir o Reino Unido. Foi então que ele decidiu usar outro meio para derrotar os ingleses: o sufocamento da economia do país.
O Bloqueio Continental foi um embargo estabelecido pela França de Napoleão Bonaparte contra o Reino Unido no contexto das Guerras Napoleônicas. Esse embargo esteve em vigor de 21 de novembro de 1806 a 11 de abril de 1814, sendo imposto às demais nações europeias. Por meio do Bloqueio Continental, Napoleão proibiu todo tipo de transação comercial entre as nações europeias e o Reino Unido.
O objetivo primordial desse embargo era afetar a economia inglesa, fazendo com que o país se enfraquecesse e negociasse a paz no contexto da guerra que travava contra a França. O bloqueio, no entanto, foi extremamente impopular e contribuiu para o enfraquecimento da posição de Napoleão na Europa.
Com o Bloqueio Continental, Napoleão Bonaparte procurava alcançar os seguintes objetivos:
enfraquecer a economia britânica;
forçar a rendição britânica;
estabelecer a França como a nova potência econômica da Europa.
A criação do Bloqueio Continental se deu por meio do Tratado de Berlim, que foi assinado em 21 de novembro de 1806. Esse acordo foi assinado entre a França e o Reino da Prússia, logo após os prussianos terem sido derrotados em uma batalha. Além disso, o embargo estabelecido pelos franceses se deu em resposta a uma ação inglesa semelhante. Isso porque os ingleses haviam determinado que a Marinha Real estabeleceria um bloqueio sobre todo o litoral francês, de Brest até a foz do Rio Elba.
O Bloqueio Continental foi imposto pelos franceses e houve diferentes tipos de reação diante desse embargo. Alguns países aderiram ao bloqueio espontaneamente, mas outros foram obrigados pelo poderio militar dos franceses. Entre os países que aderiram ao bloqueio de maneira espontânea, estão Suíça, Países Baixos e Espanha.
Já outros países foram forçados a aderir ao bloqueio, como foi o caso do Reino da Prússia e da Áustria. A Rússia inicialmente aceitou o bloqueio, mas depois decidiu furar o embargo. Os países que se recusaram a aderir ao Bloqueio Continental foram Suécia e Portugal. Ambos sofreram represálias por conta disso.
Leia também: Coroação de Bonaparte — um dos fatos marcantes da Era Napoleônica
O estabelecimento do Bloqueio Continental deixou Portugal em uma situação delicada, pois os lusos não queriam aderir ao bloqueio e romper com a aliança secular que possuíam com os britânicos, mas também não queriam se indispor com os franceses. No final, a pressão inglesa deu resultado e os portugueses não aceitaram o Bloqueio Continental.
O país era governado pelo príncipe regente D. João, que decidiu fugir do país junto da corte portuguesa para não ser preso pelos franceses. Por causa da não adesão ao Bloqueio Continental, Portugal foi invadido por tropas francesas. D. João trouxe a corte para o Brasil, instalando-se na cidade do Rio de Janeiro.
A transferência da corte portuguesa para o Rio de Janeiro trouxe inúmeras transformações para o Brasil e foi um dos fatores que contribuíram diretamente para a independência do nosso país, que aconteceu poucos anos depois, em 1822. Para saber mais sobre a transferência da corte, clique aqui.
O fim do Bloqueio Continental tem relação direta com o desgaste da relação entre França e Rússia. Isso porque, a partir de 1810, a Rússia decidiu desobedecer ao Bloqueio Continental, retomando o comércio com o Reino Unido.
O embargo francês impactava severamente a economia russa, que tinha nos ingleses um grande parceiro. Com isso, o czar Alexandre I retomou o comércio com os ingleses, o que desagradou a Napoleão Bonaparte.
As relações entre as duas nações se desgastaram até que Napoleão decidiu invadir a Rússia com mais de 600 mil soldados em 1812. A campanha francesa na Rússia foi um verdadeiro fracasso e estima-se que cerca de 80% das tropas francesas tenham morrido ou sido capturadas.
A derrota deixou a França vulnerável aos seus inimigos e, então, uma nova coalizão estrangeira foi formada, em 1813, para derrotar Napoleão. Essa coalizão foi formada por Rússia, Prússia, Espanha, Reino Unido, Suécia e outros reinos da Europa. Napoleão acabou sendo deposto e enviado para o exílio. A sua primeira deposição, em 1814, marcou o fim do Bloqueio Continental.
Questão 01
O Bloqueio Continental é um conflito que está relacionado com:
a) a Guerra dos Cem Anos.
b) a Guerra dos Oitenta Anos.
c) a Guerra dos Trinta Anos.
d) a Guerra Franco-Prussiana.
e) as Guerras Napoleônicas
Resposta: Letra E.
As Guerras Napoleônicas foram os conflitos travados pela França contra outras nações europeias no período em que Napoleão Bonaparte foi o governante da França. O principal adversário francês eram os ingleses. Os franceses foram derrotados nesse conflito e Napoleão passou os últimos anos de sua vida em prisão domiciliar.
Questão 02
O Bloqueio Continental foi responsável, entre 1807 e 1808, por uma grande modificação na história do Brasil. Qual foi o acontecimento que se passou nesse período e que tem relação com o embargo francês?
a) Mudança da capital do Brasil para o Rio de Janeiro.
b) Transferência da corte portuguesa para o Brasil.
c) Fechamento dos portos do Brasil e estabelecimento do pacto colonial.
d) Expulsão dos holandeses do Nordeste brasileiro.
e) Início da industrialização brasileira com os investimentos ingleses nos negócios do Barão de Mauá.
Resposta: Letra B.
O Bloqueio Continental e a não adesão portuguesa ao embargo fizeram com que Napoleão autorizasse a invasão de Portugal pelas tropas francesas. Com isso, o regente português, D. João, decidiu transferir a corte portuguesa para o Rio de Janeiro. A viagem se estendeu de novembro de 1807 a fevereiro de 1808.
Fontes
BERTRAND, Jean-Paul. A Queda de Napoleão: um eletrizante relato dos três últimos dias de seu império. Rio de Janeiro: Zahar, 2014.
HOBSBAWM, Eric. A Era das Revoluções, 1789-1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2014.