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Tipos de solo

Os tipos de solo são: arenosos, siltosos e argilosos. Essa classificação é feita conforme a granulometria. Apesar disso, todos eles passam por um processo semelhante de formação.

Diferentes tipos de solo. Os tipos de solo desenvolvem-se a partir do processo da pedogênese e podem ser diferenciados a partir da granulometria.

Os tipos de solo são identificados de acordo com diferentes critérios, sendo um deles a granulometria ou a dimensão das partículas que os compõem. Dessa forma, temos solos arenosos, siltosos ou argilosos. No Brasil, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) realizou o mapeamento dos solos do país e identificou 13 diferentes classes, dentre as quais as mais comuns são latossolos, argissolos e neossolos. Esses três tipos de solo recobrem cerca de 70% da superfície do país.

Leia também: Afinal, o que é o solo?

Resumo sobre os tipos de solo

  • Os solos podem ser classificados em arenosos, em siltosos e em argilosos. Essa classificação é feita de acordo com a granulometria e com a composição.
  • Solos arenosos são formados por partículas mais grosseiras e apresentam menor coesão. Eles são porosos e muito suscetíveis à erosão, além de pouco férteis.
  • Solos argilosos têm textura mais fina e apresentam maior coesão. Apesar da baixa infiltração de água, têm maior capacidade de retenção desse líquido e de nutrientes.
  • Solos siltosos possuem textura intermediária entre arenosa e argilosa. Eles são suscetíveis à erosão, mas possuem alta fertilidade e maior profundidade do que solos arenosos.
  • No Brasil, existem 13 classes de solos. Desses, três são predominantes: os latossolos, os argissolos e os neossolos.
  • Os latossolos recobrem cerca de 40% do país e são caracterizados pela cor avermelhada devido à presença de óxido de ferro e pela baixa fertilidade química.
  • Os argissolos são a segunda classe de solo mais comum no país. São solos bem desenvolvidos e com alta fertilidade química.
  • Os neossolos são a terceira classe mais comum. São solos ainda em processo de desenvolvimento, com textura grosseira em que se observam fragmentos da rocha-mãe.
  • Em geral, os solos formam-se a partir do processo de intemperismo sobre uma determinada rocha, sendo eles dispostos em horizontes (camadas).
  • Os solos são compostos por minerais, por sedimentos, por água, por ar e por matéria orgânica.

Quais são os tipos de solo?

A diferenciação dos tipos de solo existentes no mundo é feita com base em uma ou em mais características identificadas nesses corpos que recobrem a superfície terrestre, como a sua granulometria (dimensão das partículas ou dos fragmentos de rocha que o compõem), a composição mineral, a textura e a presença ou ausência de alguma camada de solo, que é chamada de horizonte.

Assim sendo, com base na composição e na granulometria, podemos falar na existência de três tipos de solo: arenoso, argiloso e siltoso. Antes de conhecermos as características de cada um deles, é preciso destacar uma informação muito importante: quando falamos em areia, em argila ou em silte, não estamos tratando de um material específico. Esses termos fazem referência exclusivamente ao tamanho das partículas que compõem um solo, e não ao mineral de que elas são feitas.

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→ Solo arenoso

Solos arenosos são os solos que apresentam areia na maior parte da sua composição. A areia é formada por grãos com diâmetro entre 0,05 e 2 milímetros. Em um solo arenoso, grãos desse tamanho são encontrados em até 75 centímetros de profundidade, de acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Por causa disso, a estrutura dos solos arenosos é muito frágil, o que significa que ele pode desagregar-se com muita facilidade.

Os solos arenosos têm a textura mais grosseira e são mais sujeitos à erosão.

Dito de outro modo, são solos que estão bastante vulneráveis ao processo de erosão, principalmente por causa da ação da água. Isso acontece porque os solos arenosos têm muitos poros (espaços entre os grãos), que facilitam a infiltração de líquidos, o que acelera o intemperismo tanto químico quanto físico. São, além disso, solos com maior acidez e de baixa fertilidade química.

→ Solo argiloso

A dimensão das partículas de argila é a menor que pode ser observada em um solo, tendo menos do que 0,002 milímetros de diâmetro. Sendo assim, os solos argilosos são os solos que apresentam ao menos um terço do seu volume formado por argila.

Por terem uma textura que é muito fina, não existem muitos espaços entre uma partícula e outra. Dessa forma, os solos argilosos são menos porosos, e a infiltração de água neles é baixa. Além disso, essa sua estrutura faz com que eles consigam armazenar por mais tempo a água que consegue penetrar através dela e, também, os nutrientes. Por isso, apresentam maior fertilidade química e são ideais para o desenvolvimento de atividades como a agricultura.

Solos argilosos são mais coesos e mais resistentes à erosão.

O ferro e o alumínio são dois elementos muito presentes nos solos argilosos, principalmente no Brasil. Nesse sentido, eles são muito resistentes e menos vulneráveis aos processos de erosão física quando comparamos com os demais tipos de solo.

→ Solo siltoso

O silte é um tipo de partícula que tem o tamanho intermediário entre a areia e a argila. Seu diâmetro, então, varia entre 0,002 e 0,5 milímetro. Para que um solo seja classificado como siltoso, ele deve conter, também, um volume mínimo que é de um terço de partículas com as dimensões do silte. Nesse tipo de solo, é possível identificar partículas de areia e uma pequena parcela de argila, que compõem aproximadamente um quinto do seu volume.

Quando olhamos para um solo siltoso, ele tem aspecto muito parecido com o solo argiloso, aparentando ter uma textura que é bastante fina. No entanto, as suas propriedades são mais parecidas com aquelas que conhecemos para os solos arenosos.

Os solos siltosos têm algumas das suas propriedades semelhantes com as dos solos arenosos.

Diferente da argila, o silte não é um material que está muito bem coeso no solo. Em função disso, a água consegue infiltrar com maior facilidade, o que o torna suscetível ao processo de erosão. Ainda assim, os solos siltosos são bastante profundos e apresentam elevada fertilidade por conta da sua capacidade de reter um maior volume de nutrientes.

Veja também: O que são as rochas?

Tipos de solo no Brasil

O Brasil é um dos países mais diversos do mundo quando se trata dos sistemas naturais, o que inclui os tipos de solo. O que favoreceu o desenvolvimento de diferentes tipos de solo no território brasileiro foi principalmente a variedade de climas em conjunto com as altas temperaturas e a grande disponibilidade hídrica do país.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) mapeou 13 diferentes classes de solos no Brasil, dos quais três são predominantes e encontrados em 70% do território nacional: os latossolos, os argissolos e os neossolos.

→ Latossolo

Os latossolos são muito comuns no Brasil, sendo aproveitados para a agricultura por causa da sua boa estrutura física.

Os latossolos são o tipo de solo mais comum do Brasil, encontrado em aproximadamente 40% do país. Eles apresentam coloração avermelhada que resulta da presença de óxidos de ferro e são solos muito intemperizados e marcados pela elevada profundidade e pela baixa fertilidade química natural. Ainda assim, sua estrutura permite estabilidade suficiente para o desenvolvimento agrícola, que é realizado nas áreas onde ele ocorre como as regiões Centro-Oeste, Sudeste e parte do Sul do país.

→ Argissolos

Perfil de um argissolo vermelho-amarelo, um dos tipos de solo do Brasil.
Perfil de um argissolo vermelho-amarelo no Brasil.

Os argissolos representam a segunda classe de solos mais comuns do Brasil e estão presentes em pelo menos um quarto do território nacional. Eles são solos que apresentam uma camada formada por argila, motivo pelo qual podem ser descritos como resultantes da ação intensiva de agentes erosivos como a água. Por isso mesmo, eles estão muito presentes na região Norte do país. No entanto, argissolos são encontrados em todas as demais regiões brasileiras, havendo uma boa distribuição dessa classe por todo o território nacional.

Os argissolos tendem a apresentar aspecto mais ácido e baixa fertilidade química. Além disso, segundo a Embrapa, eles têm alta concentração de alumínio em sua composição.

→ Neossolo

Voçoroca em processo de evolução em uma área de neossolo no Brasil. [1]

Os neossolos são solos muito jovens, que estão ainda em processo de evolução. Por causa disso, é possível identificar fragmentos da rocha-mãe (rocha que originou o solo) em seus horizontes, além de ele ter textura arenosa.

Eles desenvolvem-se em diferentes tipos de clima e de relevo, tendo como aspecto em comum a presença de sódio e de alumínio em sua composição. O seu pH é um fator determinante da fertilidade, sendo ela maior em solos básicos (com pH acima de 7). Além disso, neossolos desenvolvidos em terrenos aplainados, como áreas de planície, são mais propensos para a atividade agrícola do que aqueles que se desenvolvem em terrenos com relevo acidentado.

Acesse também: Quais são os climas do Brasil?

Formação e composição do solo

O processo de formação de um solo recebe o nome de pedogênese. A pedogênese tem início a partir do intemperismo químico e físico de uma determinada rocha, razão pela qual dizemos que o clima é um dos principais determinantes do desenvolvimento dos solos.

Os solos formam-se preferencialmente em áreas de terreno com menor declive (ou inclinação), já que os materiais resultantes do intemperismo acumulam-se sobre a rocha modificada, formando, assim, as camadas ou horizontes do solo. Como todo processo de transformação geológica, a pedogênese leva tempo: cada centímetro do solo pode demorar centenas de anos para formar-se.

Devido à maneira como se dá a formação do solo, ele é composto por diferentes tipos de materiais e substâncias, como minerais, rochas inconsolidadas (sedimentos), partículas de diferente granulometria, água, ar e, ainda, matéria orgânica. Aliás, esse último componente é especialmente importante em áreas de solos com baixa fertilidade química, como na região Norte do Brasil, onde a matéria orgânica que se acumula sobre o solo garante nutrientes o suficiente para a sustentação da Floresta Amazônica.

Atividades sobre tipos de solo

Questão 1

Os tipos de solo podem ser definidos de acordo com as dimensões de suas partículas, isto é, da granulometria. Um deles tem como aspecto partículas mais grosseiras, o que facilita a penetração de água e a fragilização da sua estrutura, deixando-o mais propenso à erosão. Estamos falando do solo:

A) ferroso.

B) argiloso.

C) arenoso.

D) orgânico.

E) siltoso.

Resposta:

Alternativa C.

O solo do tipo arenoso tem partículas mais grosseiras, criando poros que facilitam a infiltração de água. Entretanto, esse aspecto também deixa ele mais frágil e suscetível à desagregação mecânica, sendo mais propenso, então, à erosão.

Questão 2

Os ___________ são encontrados em diversas regiões do Brasil, especialmente naquelas em que há maior disponibilidade hídrica por meio da umidade do ar. São solos com alto grau de intemperismo químico e que apresentam ao menos uma camada com partículas bastante finas e coesas.

Leia as alternativas a seguir e assinale aquela que completa corretamente a lacuna:

A) gleissolo

B) argissolo

C) latossolo

D) neossolo

E) cambissolo

Resposta:

Alternativa B.

A definição apresentada acima corresponde ao argissolo, que está presente em todo o território brasileiro, mas é ainda mais comum na região Norte e no litoral.

Crédito de imagem

[1] Carmem Lucas Vieira / Wikimedia Commons (reprodução)

Fontes

CONTI, José Bueno; FURLAN, Sueli Angelo. Geoecologia: o clima, os solos e a biota. In: ROSS, Jurandyr L. Sanches. (Org.). Geografia do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2019. 6 ed. 3 reimp. (Didática; 3). P. 67-208.

EMBRAPA. Solos Tropicais. Embrapa, [s.d.]. Disponível em: https://www.embrapa.br/agencia-de-informacao-tecnologica/tematicas/solos-tropicais.

SANTOS, H. G. dos; JACOMINE, P. K. T.; ANJOS, L. H. C. dos; OLIVEIRA, V. A. de; LUMBRERAS, J. F.; COELHO, M. R.; ALMEIDA, J. A. de; ARAUJO FILHO, J. C. de; LIMA, H. N.; MARQUES, F. A.; OLIVEIRA, J. B. de; CUNHA, T. J. F. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS). Brasília, DF: Embrapa, 2025. 6 ed. rev. e ampl. 396p. Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1176834/sistema-brasileiro-de-classificacao-de-solos.

TOLEDO, Maria Cristina Motta de; OLIVEIRA, Sonia Maria Barros de; MELFI, Adolpho José. Da rocha ao solo: intemperismo e pedogênese. In: TEIXEIRA, Wilson.; FAIRCHILD, Thomas Rich.; TOLEDO, Maria Cristina Motta de; TAIOLI, Fabio. (Orgs.) Decifrando a Terra. São Paulo, SP: Companhia Editora Nacional, 2009, 2ª ed. P. 210-239.

Por Paloma Guitarrara

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