Conheça mais sobre o inquilinismo, uma relação ecológica que gera benefício apenas a uma espécie, porém não prejudica a outra.
O inquilinismo é uma relação ecológica que ocorre entre indivíduos de espécies diferentes, sendo, portanto, uma relação interespecífica. Nesse tipo de relação, um dos indivíduos envolvidos está à procura de abrigo, de uma moradia.
No inquilinismo, uma espécie vive (inquilino) sobre ou no interior da outra espécie envolvida sem lhe causar nenhum prejuízo. Percebe-se aí que apenas uma espécie é beneficiada com a interação. Muitas vezes, essa relação ecológica acaba sendo confundida com o comensalismo, entretanto, nessa última, o recurso buscado é alimento, e não apenas abrigo.
Como exemplo principal do inquilinismo, podemos destacar as orquídeas e as bromélias, plantas que vivem sobre outras. Essas espécies vegetais não retiram nenhum nutriente das árvores, que servem apenas de suporte. Sendo assim, elas não são consideradas parasitas. As orquídeas e bromélias são chamadas de epífitas, uma palavra de origem grega que significa “sobre planta”.
Você deve estar se perguntando qual é a vantagem para essas plantas de morar sobre grandes árvores e não retirarem nada dela. Nesse caso, o benefício gerado é quem nas porções mais altas da árvore, elas conseguem mais luz para realizar o processo de fotossíntese. Como essas plantas vivem no interior de matas, conseguir luz é um trabalho difícil para vegetais de pequeno porte.
Outro exemplo de inquilinismo que podemos citar é a relação entre o peixe-agulha e o pepino-do-mar. O peixe-agulha vive no interior do pepino-do-mar como uma forma de proteção, entretanto, ele não retira nutrientes do equinodermo e não lhe causa nenhum prejuízo.
Anteriormente o peixe-palhaço e as anêmonas eram considerados um exemplo de inquilinismo, mas, com o tempo, percebeu-se que os peixes alimentavam-se de restos de alimento da anêmona. Sendo assim, essa relação passou a ser conhecida como um exemplo de comensalismo, pois oferecia-se mais que moradia.
IMPORTANTE: Alguns autores consideram o inquilinismo como uma forma de comensalismo, uma vez que, em ambos os casos, duas espécies diferentes se associam e apenas uma é beneficiada.
Por Ma. Vanessa dos Santos