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Maravilhoso universo da poesia brasileira

Conhecendo o maravilhoso universo da poesia brasileira: Clique para ler cinco belos poemas de nossa Literatura!

Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Vinícius de Morais, Cecília Meireles e Mario Quintana são grandes representantes da poesia brasileira
A Literatura Brasileira, apesar de jovem, é uma das mais ricas e interessantes do mundo! Nossa tradição literária, iniciada no século XVI, oferece para os leitores os mais variados gêneros, entre eles a poesia, que ocupa lugar de destaque em nossas letras.   A poesia, através de sua linguagem literária permeada por recursos expressivos, tem como objetivo emocionar, divertir, informar e levar o leitor a imaginar a realidade de uma maneira diferente. Nela encontramos elementos únicos, como o jogo de sonoridade com palavras de sons parecidos – rimas –, uso de imagens e muitas, mas muitas metáforas! Para entender a poesia, é preciso estar aberto a novas experiências e conectar a razão à emoção para dos versos extrair toda a beleza.   No Brasil, vários escritores dedicaram-se e dedicam-se à poesia. Entre eles, nomes famosos e queridos do público, como Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes, Cecília Meireles e Mario Quintana, apenas para citar alguns. Escolhemos, então, cinco poemas desses escritores para você conhecer um pouco mais da Literatura de cada um deles e viajar no maravilhoso universo da poesia brasileira. Boa leitura!
Manuel Bandeira nasceu em Recife, no dia 19 de abril de 1886, e faleceu no Rio de Janeiro, em 13 de outubro de 1968.   O menino doente   O menino dorme.   Para que o menino  Durma sossegado, Sentada ao seu lado A mãezinha canta: — "Dodói, vai-te embora! "Deixa o meu filhinho, "Dorme . . . dorme . . . meu . . ."   Morta de fadiga, Ela adormeceu.  Então, no ombro dela, Um vulto de santa, Na mesma cantiga, Na mesma voz dela,  Se debruça e canta: — "Dorme, meu amor. "Dorme, meu benzinho . . . "   E o menino dorme.    Manuel Bandeira  
Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira, Minas Gerais, em 31 de outubro de 1902. Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 17 de agosto de 1987.   Infância   Meu pai montava a cavalo, ia para o campo. Minha mãe ficava sentada cosendo. Meu irmão pequeno dormia. Eu sozinho menino entre mangueiras lia a história de Robinson Crusoé, comprida história que não acaba mais. No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu a ninar nos longes da senzala – e nunca se esqueceu chamava para o café. Café preto que nem a preta velha café gostoso café bom. Minha mãe ficava sentada cosendo olhando para mim: - Psiu… Não acorde o menino. Para o berço onde pousou um mosquito. E dava um suspiro… que fundo! Lá longe meu pai campeava no mato sem fim da fazenda. E eu não sabia que minha história era mais bonita que a de Robinson Crusoé.   Carlos Drummond de Andrade  
Vinícius de Moraes nasceu no Rio de Janeiro, no dia 19 de outubro de 1913, e faleceu na mesma cidade, em 09 de julho de 1980.   A um passarinho   Para que vieste Na minha janela Meter o nariz? Se foi por um verso Não sou mais poeta Ando tão feliz! Se é para uma prosa Não sou Anchieta Nem venho de Assis.   Deixa-te de histórias Some-te daqui!   Vinicius de Moraes

Cecília Meireles nasceu no dia 07 de novembro de 1901, no Rio de Janeiro. Faleceu na mesma cidade, no dia 09 de novembro de 1964.   Sonhos da menina   A flor com que a menina sonha está no sonho? ou na fronha?   Sonho  risonho:   O vento sozinho no seu carrinho.   De que tamanho  seria o rebanho?   A vizinha apanha a sombrinha de teia de aranha . . .   Na lua há um ninho de passarinho.   A lua com que a menina sonha é o linho do sonho ou a lua da fronha?   Cecília Meireles  
Mario Quintana nasceu no dia 30 de julho de 1906, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Faleceu na mesma cidade, em 05 de maio de 1994.   Canção do dia de sempre   Tão bom viver dia a dia... A vida assim, jamais cansa...   Viver tão só de momentos Como estas nuvens no céu...   E só ganhar, toda a vida, Inexperiência... esperança...   E a rosa louca dos ventos Presa à copa do chapéu.   Nunca dês um nome a um rio: Sempre é outro rio a passar.   Nada jamais continua, Tudo vai recomeçar!   E sem nenhuma lembrança Das outras vezes perdidas, Atiro a rosa do sonho Nas tuas mãos distraídas...   Mario Quintana  
Por Luana Castro
Graduada em Letras
Por Luana Castro Alves Perez

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