Complemento verbal: objeto direto, indireto e agente da passiva
Conheça os complementos verbais que se ligam ao verbo para indicar o ser para o qual se dirige a ação ou o ser que pratica a ação sofrida pelo sujeito
Observe os trechos das orações a seguir:
(1) Eu comprei...
(2) Ela gosta...
É possível notar que os segmentos acima não possuem o sentido completo, não é mesmo? Faltam-lhes algum elemento que complemente o verbo. Assim, podemos fazer as seguintes perguntas:
(1) Eu comprei... (o quê?)
Eu comprei uma bicicleta.
(2) Ela gosta... (de quê?)
Ela gosta de boneca.
Veja que cada verbo necessitou de um tipo de pergunta para encontrarmos um complemento de seu sentido. Dessa maneira, em (1), observe que, entre o verbo e o complemento, não há a presença de nenhuma preposição, mas o mesmo não ocorre em (2), que já exige a presença da preposição ao ligarmos o complemento ao verbo. Os verbos que necessitam de outros termos para complementarem seus sentidos são chamados de transitivos. Assim, podemos definir que:
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Complemento verbal é o termo da oração que completa ou integra o sentido de verbos transitivos.
Os complementos verbais podem ser:
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Objeto direto: é o complemento verbal que se liga a um verbo transitivo direto sem o auxílio de uma preposição.
Exemplo:
Eu ganhei o prêmio.
Eu ganhei... (o quê?)
o prêmio = objeto direto
Veja que, no exemplo acima, se interrompermos a oração no verbo, ele pedirá algum outro termo que lhe complemente o sentido. Além disso, não haverá a presença de preposição entre ele e o termo complementar.
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Objeto indireto: é o complemento verbal que se liga a um verbo transitivo indireto com o auxílio de uma preposição.
Exemplo:
Eles se esqueceram do seu aniversário.
Eles se esqueceram... (de quê?)
do seu aniversário = objeto indireto
Note agora que, no exemplo acima, se interrompermos a oração no verbo, ele também pedirá algum outro termo que lhe complemente o sentido, mas há a exigência da preposição entre o verbo e o seu complemento.
Existe ainda outro complemento verbal que possui a função de designar o ser que pratica a ação sofrida ou recebida pelo sujeito, é o agente da passiva. Observe as duas orações a seguir:
(3) O cão mordeu o menino.
(4) O menino foi mordido pelo cão.
Perceba que, em (3), o sujeito que pratica a ação é “o cão”; em (4), esse mesmo termo torna-se o ser que pratica a ação sofrida pelo sujeito “o menino”. Assim, podemos definir que:
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O agente da passiva é o termo que, na voz passiva, indica o ser que pratica a ação sofrida pelo sujeito. Esse termo é normalmente introduzido pela preposição “por” e, algumas vezes, por “de”.