O discurso em um texto narrativo
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Quando falamos sobre o texto narrativo, sabemos que se trata de uma história já acontecida, podendo ser verdadeira ou fruto da imaginação de um determinado autor, chamada de ficção. Sabemos também que para ela ter sentido, alguns elementos participam da sua constituição, como por exemplo: os personagens, o lugar onde ocorrem os fatos, o tempo em que eles acontecem, o narrador, que é a pessoa que nos relata tudo, e a história propriamente dita, também denominada de enredo.
Pois bem, agora vamos entender um pouco mais sobre a forma pela qual o narrador escolhe nos transmitir tudo o que ocorreu, ou seja, que discurso ele irá usar. Ah! Existem três tipos de discurso, portanto, nosso objetivo é descobrir algumas características que se encontram presentes em cada um deles. Vamos então realizar essa tarefa?
Primeiramente, temos o discurso direto. Nele, o narrador descreve as falas dos personagens da maneira que elas acontecem. E como você sabe, na linguagem escrita, quando se trata de reproduzirmos um diálogo, precisamos recorrer a alguns sinais de pontuação, de modo a deixar bem claro para o leitor as reais intenções das pessoas envolvidas na conversa, isto é, quando exclamam, interrogam, interrompem um pensamento e depois o retoma, entre outras. Para que fique bem claro, analisaremos um exemplo:
A professora chegou e disse aos alunos:
-Vocês trouxeram a pesquisa que eu havia solicitado?
Todos responderam:
-Trouxemos, professora.
Então ela disse:
- Parabéns pela responsabilidade, pois agora poderemos começar o trabalho.
Percebeu como as falas são transcritas? Há também um aspecto que precisamos reconhecer: no momento em que o narrador se prepara para introduzir uma determinada fala, ele utiliza alguns verbos. No exemplo acima, eles são identificados por: “todos responderam” e “ela disse”. Estes verbos são chamados de elocução, pois servem para anunciar o que alguém irá dizer.
Outro tipo de discurso é o indireto que, como o próprio nome indica, transcreve as falas de forma indireta. Dessa forma, é o narrador quem as descreve, sem nada alterar o sentido da mensagem. Para conferirmos mais de perto, aproveitaremos o mesmo exemplo, citado acima.
Portanto, transcrevendo-o para a forma indireta, obteríamos:
Quando chegou, a professora perguntou aos alunos se eles haviam trazido a pesquisa solicitada. Eles responderam que sim, ela então os parabenizou pela responsabilidade, dizendo que já poderiam começar o trabalho.
Por último, temos o discurso indireto livre, no qual ocorre tanto o discurso direto, quanto o indireto. Assim sendo, há a participação dos personagens e do narrador ao mesmo tempo. No exemplo que já conhecemos, esse discurso se manifestaria assim:
Parabéns pela responsabilidade, pois agora poderemos começar o trabalho. Foi o que a professora disse aos alunos.
Notamos que realmente houve a participação, tanto de um personagem quanto do narrador.