Concílio de Trento
Conheça as medidas tomadas pela Igreja Católica no chamado Concílio de Trento, realizado no século XVI.
Sabemos que, no século XVI, ocorreu a onda das Reformas Protestantes na Europa, bem como a consequente Contrarreforma Católica. Sempre que estudamos esse conteúdo na escola, o professor menciona uma série de temas a ele associados com caráter de importância. Um desses temas é o Concílio de Trento. Mas o que foi exatamente o Concílio de Trento? Qual foi a razão de ele ter sido realizado nesse período? Bom, inicialmente, precisamos saber o que é, dentro da tradição católica, um concílio.
Um concílio (palavra que quer dizer reunião, convenção etc.), no interior da tradição cristã católica, consiste na reunião dos clérigos (bispos, cardeais, etc.) para deliberação de temas doutrinários (relativos aos dogmas cristãos) e pastorais (relativos à conduta da vida cristã).
O Concílio de Trento reuniu-se, inicialmente, em 1545, com o objetivo de reafirmar os dogmas basilares do catolicismo, como a Trindade Divina, os sacramentos, a santidade de Maria, entre outros. Porém, em razão de uma série de períodos de guerras, o Concílio teve de ser interrompido mais de uma vez, só conseguindo ser concluído em 1563, sob a liderança do Papa Paulo III.
Além da reafirmação dos dogmas, o Concílio também tratou de moralizar a conduta dos clérigos, sobretudo em relação às práticas criticadas pelos reformistas, como a venda de indulgências – o principal alvo de Martinho Lutero. Somou-se a isso o destaque dado à função mediadora dos sacerdotes e dos sacramentos dentro do catolicismo. Cabia aos padres e aos diretores espirituais orientar os fiéis na busca da santidade, da Graça e da vida em Cristo. Cabia aos fiéis, por sua vez, o cumprimento dos sacramentos, como a confissão e a eucaristia, para manter a Graça renovada – ideias rejeitada pelo protestantismo.
Outro ponto importante do Concílio de Trento foi a condenação de alguns livros, que, segundo se acreditava, induziam os fiéis ao pecado e ao afastamento da Santa Igreja. Esses livros foram postos na lista do chamado Index Librorum Proibitorum - “Índice de Livros Proibidos”.
Por Me. Cláudio Fernandes