Geografia

Megacidades

Entenda o conceito de megacidades e conheça a lista das aglomerações urbanas com o maior número de habitantes do mundo.

Megacidade de São Paulo, uma das maiores do planeta

As megacidades são, por definição, todas as grandes aglomerações urbanas com mais de 10 milhões de habitantes residentes. Esse conceito foi elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para fazer referência aos estudos das maiores cidades e áreas metropolitanas do planeta, bem como aos fenômenos sociais e populacionais que as envolvem.

É importante compreender que o conceito de megacidades é puramente demográfico e não pode ser confundido com outros termos, como megalópoles ou cidades globais. Até existem cidades que são, ao mesmo tempo, classificadas como globais e megacidades. No entanto, registram-se megacidades que não são cidades globais, a exemplo de Lagos (Nigéria) e Daca (Bangladesh), e cidades globais que não são megacidades, como Zurique (Suíça) e Londres (Inglaterra).

Observe o quadro a seguir com as 21 atuais megacidades existentes:


Lista das megacidades do mundo atual

Se analisarmos a lista acima, podemos chegar a algumas conclusões, como o fato de a maioria das megacidades atuais pertencer a países emergentes e subdesenvolvidos: 16 dentre 21. O caso do Japão é praticamente uma exceção, pois o país possui limitações territoriais e geográficas muito específicas, dispondo de pouco espaço para abrigar os seus mais de 120 milhões de pessoas. Com isso, a formação das megacidades é normal.


Tóquio, a maior megacidade do planeta, com mais de 30 milhões de pessoas

Assim, excetuando-se Tóquio, a maior megacidade do mundo, todas as cidades da lista que pertencem a países desenvolvidos vêm apresentando perdas de posições ao longo das últimas décadas. Já outras cidades pertencentes a países emergentes ou periféricos vêm apresentando acelerados crescimentos demográficos, tais como Lagos, Karachi, Daca e Calcutá.

Às megacidades dos países periféricos cabem vários desafios: melhorar a infraestrutura básica (saneamento básico, vias de transporte), garantir ou melhorar a mobilidade urbana; conter a expansão de suas periferias; desacelerar o crescimento demográfico e o saldo migratório; diminuir a ação da especulação imobiliária e da segregação urbana; entre outros.

Com a expansão do processo de urbanização pelo mundo, sobretudo nesses países tardiamente industrializados e de economias mais frágeis, a tendência é uma aceleração demográfica ainda maior nessas megacidades. As previsões das organizações internacionais é de que elas aglomerem ainda mais pessoas e protagonizem os postos de maiores índices populacionais ao longo das próximas décadas.


Por Me. Rodolfo Alves Pena

Por Rodolfo F. Alves Pena

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