Ciências

Pediculose (piolho)

Saiba mais acerca dos sintomas, tratamento e formas de prevenção da pediculose, doença causada pela infestação de piolhos.

A pediculose é uma doença que causa coceira intensa.

Você já ouviu falar em pediculose? Esta é uma doença de pele ocasionada por uma infestação de piolhos, que podem ser encontrados na cabeça, no corpo ou na área genital. Neste texto, trataremos sobre o piolho-do-couro-cabeludo (Pediculus humanus capitis).

A pediculose é comum em crianças em fase escolar, sendo que sua transmissão ocorre através do contato com pessoa contaminada. Isso pode acontecer na escola, ao brincar com amigos, em transportes públicos, entre outros lugares. Pode ser transmitida também através de pentes, bonés, chapéus e fronhas. Por isso, é fundamental evitar o compartilhamento desses objetos.

O piolho alimenta-se do sangue do hospedeiro e, ao sugá-lo, causa coceira e deixa a região irritada. Geralmente, a coceira inicia-se atrás da orelha ou na região da nuca. Em casos graves, pode haver infecção do local atingido, sendo necessária uma avaliação médica mais criteriosa.

Para o diagnóstico da pediculose, basta observar o couro cabeludo. Regiões vermelhas e com lesões podem ser indicativos da doença. Algumas vezes, bolinhas lesionadas pelo ato de coçar, com a presença de sangue, podem surgir. Em casos mais graves, podem aparecer locais de pele espessa e escura. A presença de lêndeas, ovos acastanhados dos piolhos, é a comprovação da infestação.

O tratamento da pediculose baseia-se na retirada das lêndeas e morte dos piolhos. É importante não usar querosene para retirá-los, pois pode causar intoxicação. Além desse produto, é comum que as pessoas usem álcool, algumas plantas e outras receitas caseiras, entretanto, não há dados científicos que comprovem a eficácia desses produtos.

Ao alimentar-se do sangue do hospedeiro, o piolho pode causar irritação.

Para a prevenção, é necessário evitar contato com pessoas que estejam com piolho ou em tratamento, além de ser importante utilizar o pente-fino diariamente, pois, assim, evita-se que piolhos se reproduzam, protegendo-se de grandes infecções. É importante destacar que todos os familiares devem ser tratados. As crianças devem ser orientadas a não compartilhar objetos como pentes, presilhas, bonés e chapéus. Apesar do que muitos pensam, a doença não está relacionada com a falta de higiene e baixo nível socioeconômico.

Vale lembrar que o piolho pode afetar o psicológico do paciente, que se sente envergonhado perto de outras pessoas. Além disso, o estresse causado pela infecção pode atrapalhar o rendimento em atividades escolares e do trabalho.

Por Vanessa Sardinha dos Santos

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