Com a leitura deste artigo você vai saber tudo sobre a derivação, um dos processos de formação de palavras da língua portuguesa.
As palavras da língua portuguesa podem ser consideradas primitivas ou derivadas. As palavras primitivas são aquelas que não são formadas a partir de outra palavra já existente na língua. As palavras derivadas, entretanto, são aquelas que se formam a partir de outras palavras da língua por meio da anexação de morfemas derivacionais (afixos: prefixos e sufixos) ao radical da palavra primitiva.
A Derivação pode ser prefixal, sufixal, parassintética, regressiva e imprópria. Vejamos cada uma delas:
Derivação prefixal
Ocorre quando acrescentamos um prefixo (partícula inicial) à palavra primitiva alterando o sentido do radical.
Exemplo:
Despreparo – des (prefixo) + prepar (radical).
Observe que o prefixo causa efeito de negação ao conteúdo semântico do verbo 'preparar'.
Derivação Sufixal
Ocorre quando acrescentamos um sufixo (partícula final) à palavra primitiva alterando o sentido do radical.
Exemplo:
Beleza – bel (radical) + eza (sufixo).
Derivação Parassintética
Ocorre quando são agregados, simultaneamente, um prefixo e um sufixo ao radical.
Exemplos:
Descuidado – des (prefixo) + cuid (radical) + ado (sufixo).
Entristecido – en (prefixo) + triste (radical) + ido (sufixo).
Derivação regressiva
Ocorre pela redução da forma fonológica da palavra primitiva. A derivação regressiva produz os substantivos deverbais, ou seja, substantivos derivados de verbos.
Exemplos:
Trabalho (trabalhar)
Choro (chorar)
Perda – (perder)
Venda – (vender)
Ocorre quando uma palavra muda de classe gramatical sem que haja alteração da palavra primitiva.
Exemplo:
O infeliz saiu e nem me agradeceu. (adjetivo torna-se substantivo).
Por Ma. Luciana Kuchenbecker Araújo