Saiba da importância que o alfabeto fenício teve para a civilização que o criou e também para as civilizações clássicas da Antiguidade.
Você já deve ter aprendido, ao estudar as civilizações do Oriente Próximo (isto é, povos que se desenvolveram na Ásia Menor, como os persas e os hebreus), que a civilização fenícia foi uma das que mais se expandiram, chegando a ocupar regiões ao longo do Mar Mediterrâneo, como a ilha de Chipre, e o noroeste da África, onde construíram a cidade de Cartago.
Tamanha expansão ocorreu pela grande capacidade de navegação e de articulação comercial que esses povos possuíam. Essas atividades, contudo, exigiram deles formas eficazes de controlar o armazenamento e o fluxo de mercadorias. O alfabeto fenício, ou a escrita fenícia, nasceu dessa necessidade.
Navegar e comercializar exigiam conhecimentos complexos, como cartografia, matemática e astronomia, sobretudo à época dos fenícios (por volta de 1.200 a.C.). A partir desses conhecimentos, os fenícios sistematizaram uma escrita composta de caracteres fonéticos simplificados. Eram, no total, 22 caracteres (ver imagem no topo), ou letras, cada um equivalente a um som diferente. A combinação desses caracteres possibilitava a formação de palavras, o que tornava mais prática a comunicação, principalmente se comparada com outras formas de escrita, como os hieróglifos egípcios.
Apesar de terem sistematizado esse primeiro modelo de alfabeto fonético, os fenícios não foram os primeiros a criar caracteres que correspondessem a sons específicos. A chamada escrita proto-sinaítica já existia séculos antes de os fenícios elaborarem o seu alfabeto.
Apesar de ainda ser escrito em hieróglifos, o proto-sinaítico já estabelecia uma conexão entre o caractere simbólico e um som específico, isso por volta de 1400 a.C. O primeiro documento que testemunha esse tipo de escrita foi encontrado em 1905, na região do Planalto de Serabit-el-Hkadem, pelo arqueólogo F.W.M. Petri. Tratava-se de uma esfinge dedicada à deusa Hathor.
Séculos depois, o alfabeto fenício tornou-se o principal modelo de escrita para as civilizações clássicas, como gregos e romanos. Dentre essas, o latim, que se tornou a língua oficial do Império Romano e, depois, da Europa como um todo – até a época do Renascimento, foi a principal língua alfabética do Ocidente, haja vista que dela derivaram idiomas nacionais, como o português, o francês, o italiano e o espanhol.
Séculos depois, o alfabeto fenício tornou-se o principal modelo de escrita para as civilizações clássicas, como gregos e romanos. Esses últimos desenvolveram a língua latina, que se tornou a língua oficial do Império Romano e, depois, da Europa como um todo – tendo vigorado até a época do Renascimento. Dessa forma, o latim constituiu-se como a principal língua alfabética do Ocidente, haja vista que dele derivaram idiomas nacionais, como o português, o francês, o italiano e o espanhol.
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