O alfabeto fenício foi um sistema de escrita inventado pelos fenícios por volta do ano 1000 a.C., tornando-se um dos mais influentes do mundo antigo.
O alfabeto fenício foi um sistema de escrita inventado pelos fenícios por volta do ano 1000 a.C. Os fenícios, influenciados pelo alfabeto protossinaítico, inventaram o próprio alfabeto, permitindo que eles pudessem registrar informações importantes de seu cotidiano. Registros comerciais, políticos e religiosos foram realizados pelos fenícios.
O alfabeto fenício era um alfabeto formado somente por consoantes, não possuindo vogais. No total, eram 22 símbolos que representam sons do idioma falado pelos fenícios. O alfabeto fenício foi extremamente influente, sendo transmitido para outros povos por meio da influência fenícia, contribuindo para o surgimento do alfabeto grego, por exemplo.
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O alfabeto fenício foi um sistema de escrita utilizada pelos fenícios na Antiguidade.
Foi criada por eles por volta de 1000 a.C., sendo baseado no alfabeto protossinaítico.
O alfabeto fenício eram consonantal, não possuindo vogais, somente consoantes.
Era formado por 22 símbolos que representavam sons do idioma fenício.
O alfabeto fenício foi popular e serviu de base para que os gregos criassem o próprio alfabeto.
O alfabeto fenício foi o sistema de escrita que foi utilizado pelos fenícios na Antiguidade. Os pesquisadores definem o alfabeto fenício como um consonantário porque ele não possui vogais, sendo formado unicamente por 22 consoantes. Acredita-se que o alfabeto fenício surgiu na região da Fenícia por volta de 1000 a.C.
Esse alfabeto surgiu a partir de um alfabeto protossinaítico que existia na região de Canaã e na Península do Sinais desde o século XV a.C. O alfabeto fenício é conhecido por ser um alfabeto fonético, uma vez que cada símbolo representa um som da língua falada pelos fenícios. Como era um alfabeto sem vogais, o leitor fazia a inserção da vogal de maneira intuitiva à medida que lia.
O alfabeto fenício foi um dos mais importantes da Antiguidade, de modo que dele derivaram diversos outros alfabetos, como o grego, o hebraico, o árabe etc. Essa forma de escrita utilizada pelos fenícios foi muito utilizada pelos fenícios em suas práticas comerciais, permitindo que eles fizessem registros de negócio.
O alfabeto fenício foi um alfabeto criado pelos fenícios composto por 22 consoantes. As vogais eram colocadas de maneira intuitiva pelo próprio leitor de acordo com o contexto da leitura, não sendo acrescentada na forma escrita. Como os símbolos do alfabeto fenício representava sons, esse era um alfabeto fonético.
A junção das letras fenícias com seus sons específicos, formavam as palavras no idioma fenício. A escrita no alfabeto fenício acontecia da direita para a esquerda, assim como ocorre no hebraico e no árabe, alfabetos fortemente influenciados pelo alfabeto fenício. Os pesquisadores apontam que isso é uma característica bastante comum das línguas de origem semita, como era o caso do fenício.
O alfabeto que utilizamos na escrita do português, o alfabeto latino, foi derivado do alfabeto grego, e o alfabeto criado pelos gregos foi diretamente inspirado no alfabeto fenício. Os gregos tiveram contato com os fenícios por meio do comércio marítimo, tendo acesso ao seu alfabeto e passando a utilizá-lo, mas de maneira adaptada a seu idioma.
Na conversão de caracteres de um sistema de escrita para outro (transliteração), considerando as letras do alfabeto fenício para o alfabeto latino, essas são as letras correspondentes:

Importante: As vogais foram uma adição que foi realizada pelos gregos, assim, as vogais presentes no alfabeto latino são uma influência direta do grego e não do alfabeto fenício.
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Os historiadores apontam que o alfabeto fenício surgiu por volta de 1000 a.C. Na época, a escrita cuneiforme, criada pelos sumérios, era bastante utilizada na Fenícia, mas os historiadores apontam que o alfabeto fenício não foi baseado na escrita cuneiforme, mas na escrita protossinaítica, utilizada na Península do Sinai e em Canaã desde o século XV a.C.
A escrita protossinaítica utilizava pictogramas baseados nos hieróglifos egípcios para representar fonemas, isto é, sons presentes nas línguas faladas pelos povos que o utilizavam. A partir daí, os fenícios criaram os próprios símbolos que representariam seus fonemas, e a baixa quantidade de símbolos presentes em seu alfabeto (22) facilitou sua assimilação.
Logo, o alfabeto fenício tornou-se bastante popular e se espalhou por diversas regiões da zona do Mediterrâneo. Como os fenícios eram um povo extremamente dedicado ao comércio marítimo, o alfabeto utilizado por eles se espalhou por outros povos, tornando-se muito influente. Essa transmissão permitiu que novos alfabetos, como foi o caso do grego, surgissem.
Muitos pesquisadores apontam que o alfabeto fenício foi um dos primeiros alfabetos desenvolvidos pela humanidade, rapidamente se tornando influente e muito utilizado. A popularidade do alfabeto fenício foi tamanha que os gregos o adaptaram para o seu idioma, adicionando as vogais, mas o alfabeto fenício também influenciou outros alfabetos, como o hebraico.
O grande determinante para que o alfabeto fenício fosse tão disseminado foi sua simplicidade. Os 22 símbolos representando sons da língua fenícia facilitaram sua assimilação, contribuindo para que muitas pessoas pudessem ler. Além disso, o caráter fonético do alfabeto fenício permitia com facilidade sua adaptação a outros idiomas.
O alfabeto fenício foi muito importante para o comércio praticado pelos fenícios, facilitando os registros de transações comerciais. Ele também foi muito utilizado para registros religiosos e para registros realizados por importantes governantes das cidades fenícias. O uso do alfabeto fenício no comércio facilitou sua disseminação e permitiu que o letramento se tornasse mais comum.
A inscrição fenícia mais antiga de que temos conhecimento é a inscrição de Ahiram, no século XI a.C.
Pouquíssimas inscrições do alfabeto fenício sobreviveram à ação do tempo.
O alfabeto fenício foi decifrado pelos pesquisadores em 1758, graças ao trabalho realizado por Jean-Jacques Barthélemy.
Além do grego, antigas escritas itálicas e escritas anatólicas também foram influenciadas pelo alfabeto fenício.
Fontes
CARTWRIGHT, Mark. Phoenician Colonization. Disponível em: https://www.worldhistory.org/Phoenician_Colonization/.
MARK, Joshua J. Phoenicia. Disponível em: https://www.worldhistory.org/phoenicia/.
THAMIS. The Phoenician Alphabet and Language. Disponível em: https://www.worldhistory.org/article/17/the-phoenician-alphabet—language/.