As 7 Maravilhas do Mundo Antigo eram obras arquitetônicas e artísticas extraordinárias que representavam o ápice da engenhosidade e da cultura das civilizações antigas.
As 7 Maravilhas do Mundo Antigo eram obras arquitetônicas e artísticas extraordinárias que representavam o ápice da engenhosidade e da cultura das civilizações antigas, destacadas por sua grandiosidade e complexidade técnica. São elas:
Essas estruturas eram admiradas por suas impressionantes características e simbolizavam o poder e a criatividade dos povos que as ergueram.
Leia também: Quais são as 7 Maravilhas do Mundo Moderno?
As 7 Maravilhas do Mundo Antigo são um conjunto de estruturas arquitetônicas e artísticas que foram destacadas por seus contemporâneos por representarem excelência em termos de engenharia, estética e grandeza. Essas construções foram vistas como obras-primas do engenho humano, testemunhas do poder e da cultura das civilizações que as criaram. A lista das 7 Maravilhas foi compilada durante o período helenístico, após as conquistas de Alexandre, o Grande, que levaram a uma fusão cultural entre os povos do Mediterrâneo, Oriente Médio e Ásia. Esse contexto permitiu que viajantes e estudiosos gregos entrassem em contato com diversas culturas e suas obras monumentais, muitas das quais se destacavam por sua magnitude e importância.
O conceito de "maravilhas" remonta ao desejo humano de contemplar o que é excepcional, algo que transcende a capacidade comum de realização. Durante a Antiguidade, as 7 Maravilhas do Mundo Antigo foram consideradas símbolos da capacidade criativa e técnica dos povos. No entanto, é importante destacar que, dessas maravilhas, apenas uma sobrevive até os dias atuais: a Grande Pirâmide de Gizé, no Egito. As outras foram destruídas por fenômenos naturais, como terremotos, ou pela ação do homem, como incêndios e guerras.
A lista das 7 Maravilhas do Mundo Antigo passou por várias adaptações e versões ao longo do tempo, sendo influenciada pelos pontos de vista e critérios dos estudiosos que a compilavam. No entanto, a versão que se tornou amplamente conhecida e aceita inclui as seguintes estruturas:
Essa lista foi estabelecida principalmente por escritores gregos e romanos, que basearam suas escolhas em critérios como beleza, complexidade técnica e relevância histórica. As maravilhas foram escolhidas não apenas por seu tamanho ou funcionalidade, mas também por sua capacidade de maravilhar os espectadores e desafiar as expectativas arquitetônicas da época. Cada uma delas tinha um significado cultural, religioso ou político em suas respectivas sociedades.
A mais antiga e a única maravilha que ainda existe, a Grande Pirâmide de Gizé foi construída por volta de 2580-2560 a.C. para servir como tumba do faraó Quéops. Localizada no planalto de Gizé, nos arredores do Cairo, no Egito, ela é a maior das três pirâmides que compõem o complexo funerário. A estrutura original tinha cerca de 146 metros de altura, sendo o edifício mais alto do mundo por quase quatro mil anos. A pirâmide é uma maravilha da engenharia antiga, construída com milhões de blocos de calcário, pesando até 15 toneladas cada. Além de sua impressionante altura e volume, a pirâmide é notável por sua precisão geométrica e alinhamento com os pontos cardeais, o que reflete o profundo conhecimento dos egípcios em matemática e astronomia.
Os Jardins Suspensos da Babilônia são uma das maravilhas mais misteriosas, pois há poucas evidências arqueológicas de sua existência. De acordo com textos antigos, esses jardins foram construídos pelo rei Nabucodonosor II, no século VI a.C., para sua esposa Amitis, que sentia falta das paisagens montanhosas de sua terra natal. Os jardins teriam sido erguidos em terraços elevados, com um sistema de irrigação que transportava água do rio Eufrates para as plantas e árvores, criando uma verdadeira floresta suspensa no meio de uma cidade árida. Embora a localização exata dos Jardins Suspensos seja incerta, sua descrição impressionou os antigos, que viam o projeto como um feito extraordinário de engenharia e uma demonstração de poder real.
Construído em homenagem à deusa Ártemis, o Templo de Ártemis ficava na cidade de Éfeso, na atual Turquia. Sua construção foi finalizada no século VI a.C. e envolveu materiais luxuosos, como mármore branco. O Templo de Ártemis era famoso por sua grandiosidade e beleza arquitetônica, sendo sustentado por mais de 100 colunas de mármore que se elevavam a cerca de 18 metros de altura. Infelizmente, o templo foi destruído e reconstruído várias vezes ao longo da história, sendo finalmente arruinado por uma invasão dos godos em 262 d.C. O que restou do local foi, em grande parte, saqueado e utilizado em outras construções.
A Estátua de Zeus foi criada pelo escultor Fídias por volta de 435 a.C., em Olímpia, Grécia, para o templo dedicado ao deus dos deuses no panteão grego. A estátua tinha aproximadamente 12 metros de altura e foi esculpida em marfim e ouro, com incrustações de pedras preciosas. Zeus era retratado sentado em um trono majestoso, segurando uma estátua de Nike, a deusa da vitória, em uma das mãos, e um cetro com uma águia na outra. A grandiosidade da estátua simbolizava o poder supremo de Zeus e o prestígio dos Jogos Olímpicos, que ocorriam em sua honra. Infelizmente, a estátua foi destruída após um incêndio no século V d.C.
O Mausoléu de Halicarnasso foi uma tumba monumental construída entre 353 e 350 a.C. para o sátrapa Mausolo, governador da província de Caria, na Ásia Menor. Localizado na cidade de Halicarnasso (atual Bodrum, na Turquia), o mausoléu tinha cerca de 45 metros de altura e era adornado com esculturas e relevos detalhados. Sua estrutura combinava elementos da arquitetura grega, egípcia e lícia, e foi considerada uma obra-prima da engenharia e da arte escultural. O termo "mausoléu" é derivado do nome de Mausolo, devido à fama desta grandiosa tumba. O edifício foi destruído por uma série de terremotos durante a Idade Média.
O Colosso de Rodes era uma estátua gigantesca do deus Hélio, erguida na ilha de Rodes, na Grécia, por volta de 292-280 a.C. Feita de bronze e com cerca de 33 metros de altura, a estátua foi uma homenagem à vitória dos habitantes de Rodes sobre o governante macedônio Demétrio Poliórcetes, que tentou conquistar a ilha. O colosso foi considerado uma proeza de engenharia devido ao seu tamanho e à complexidade de sua construção. Infelizmente, a estátua foi destruída por um terremoto em 226 a.C., e os restos permaneceram no local por quase 900 anos, até serem vendidos como sucata por invasores árabes.
Também conhecido como Farol de Pharos, o Farol de Alexandria foi construído no século III a.C. na ilha de Pharos, ao largo da costa de Alexandria, no Egito. Sua altura era estimada entre 100 e 130 metros, o que o tornava uma das estruturas mais altas do mundo antigo. O farol foi criado para guiar os marinheiros e proteger o movimentado porto de Alexandria. Com uma base sólida de mármore e uma estrutura de vários andares, o farol utilizava fogo durante a noite e espelhos refletivos para aumentar o brilho da luz. Foi destruído por uma série de terremotos entre os séculos XIV e XV.
Acesse também: Estátua da Liberdade — detalhes sobre um dos mais conhecidos símbolos estadunidenses
A lista das 7 Maravilhas do Mundo Antigo não tem um único autor atribuído. No entanto, a compilação das maravilhas é amplamente creditada a vários escritores e estudiosos gregos da Antiguidade, que, ao longo do tempo, foram ajustando a lista conforme seus critérios e experiências de viagem.
Um dos primeiros a registrar uma lista foi o historiador grego Heródoto, no século V a.C., conhecido por suas descrições detalhadas de várias civilizações e suas construções monumentais. Outros autores, como o engenheiro e arquiteto Filão de Bizâncio, no século III a.C., também são mencionados como responsáveis por estabelecer as maravilhas, especialmente por sua obra De Septem Orbis Spectaculis (Sobre as Sete Maravilhas do Mundo).
Fontes
FERREIRA, José Ribeiro; FERREIRA, Luísa de Nazaré (Ed.). As Sete Maravilhas do Mundo Antigo: Fontes, Fantasias e Reconstituições. 1. ed. Lisboa: Edições 70, 2009
REZENDE, Diego. As 7 Maravilhas do Mundo Antigo: Uma Viagem Instigante pelo Passado. eBook Kindle. São Paulo: [s.n.], 2024