Sete erros gramaticais que você não pode cometer
Saiba quais são os sete erros gramaticais que você não pode cometer!
O português é cheio de detalhes, não é mesmo? Até os falantes desse idioma esquecem algumas regras gramaticais. É claro que errar é muito normal, mas não podemos permanecer no erro. Por isso, os estudos sobre as normas da língua portuguesa não podem parar nunca. Hoje o Escola Kids preparou uma lista de sete erros que você não pode cometer. Nós vamos identificar os erros, apresentar as formas corretas e vocês tirarão todas as dúvidas que tiverem em relação aos desvios listados. Vamos lá?
Erro 1 → “Entre eu e você não há nem amizade.”
Certo: Entre mim e você não há nem amizade.
Vamos pensar juntos?
Mim x Eu: Quando utilizamos preposições (entre, contra, mediante, para, por, sem, sobre, desde, em, ante, até), a regra gramatical exige que os pronomes oblíquos (mim, ti, si, nós, vós, eles, elas) sejam empregados. Além disso, devemos destacar que o termo “eu” exerce função de sujeito, e não função de complemento do verbo, como “mim”.
Observação importante: Essa regrinha tem exceção!
→ Se o pronome estiver exercendo função de sujeito, deixamos de lado a obrigatoriedade de “ao utilizarmos preposição, devemos empregar os pronomes oblíquos (mim, ti, si, nós, vós, eles, elas)”. Nesse caso, utilizaremos a forma reta dos pronomes pessoais (eu, tu, ele(a), nós, vós, eles, elas).
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Erro 2 → “Os meninos tem feito coisas erradas na hora do recreio.”
Certo: “Os meninos têm feito coisas erradas na hora do recreio.”
Vamos pensar juntos?
“Tem” / “Têm”: “Tem” (sem acento) refere-se à terceira pessoa do singular do verbo ter. “Têm” (com acento circunflexo) refere-se à terceira pessoa do plural do verbo ter. Quer ver como utilizar as duas formas corretamente?
Exemplos:
Minha filha tem dois empregos. (Se o sujeito está na terceira pessoa do singular, o verbo “ter” não receberá acento).
Minhas filhas têm duas viagens marcadas para este mês. (Se o sujeito está na terceira pessoa do plural, o verbo “ter” receberá acento circunflexo).
Erro 3 → “Está quente de mais em Palmas.”
Certo: “Está quente demais em Palmas.”
Vamos pensar juntos?
“De mais” / “demais”: “De mais” opõe-se a “de menos”, ou seja, esse termo será empregado quando fizermos referência à quantidade e terá função de adjetivo na frase. Já o termo “demais” será utilizado quando tivermos a intenção de indicar intensidade, ou seja, ele exercerá papel de advérbio. “Demais” pode ser substituído por “muito”, “excessivamente”.
Exemplos:
“Nem açúcar de mais, nem açúcar de menos.”
“Você é linda demais.” - “Você é muito linda.”
Erro 4 → “A professora nos desejou um bom final de semana.”
Certo: “A professora nos desejou um bom fim de semana.”
Vamos pensar juntos?
“Fim de semana” / “final de semana”: “Final” é antônimo de “inicial” e “Fim” é o contrário de “início”. Logo, para usarmos adequadamente cada termo, basta fazermos a substituição: final-inicial e fim-início. Quer ver como ficaria o uso adequado de cada um?
Exemplos:
O episódio final daquele seriado será transmitido hoje.
O fim da partida ainda promete!
Erro 5 → “A mãe dele deixou a gente assistir o filme “Olga”.”
Certo: “A mãe dele deixou a gente assistir ao filme “Olga”.”
Vamos pensar juntos?
“Assistir o” / “Assistir ao”: O verbo assistir exige preposição “a” quando se refere a “ver”, ou seja, o verbo “assistir” será transitivo indireto quando significar “ser espectador”. A outra forma de uso para esse verbo é quando ele é transitivo direto, ou seja, quando não há necessidade da preposição. Nesse caso, o verbo “assistir” significará “cuidar”, “tratar”. Veja o emprego adequado de cada um.
Exemplos:
A enfermeira assiste o paciente.
Minha mãe assistiu ao jogo comigo.
Erro 6 → “Ela disse “obrigado” a ele.”
Certo: “Ela disse “obrigada” a ele.”
Vamos pensar juntos?
“Obrigado” / “Obrigada”: A palavra “obrigado” é um adjetivo e, por isso, concordará em número e gênero com o nome a ele relacionado.
Exemplos:
“Ela disse obrigada em inglês.”
“E ele agradeceu ao dono da farmácia: - Obrigado pela ajuda, senhor.”
Erro 7 → “Há menas pessoas dessa vez.”
Certo: “Há menos pessoas dessa vez.”
Vamos pensar juntos?
“Menos” ou “Menas”: “Menas” não existe na língua portuguesa. Esse é o desvio mais fácil de evitar. Basta lembrar que existe apenas um modo correto: menos.
É claro que nunca saberemos de tudo sempre, afinal, a língua é viva e estará em constante mudança. Entretanto, nos estudos e no trabalho, precisamos adequar a fala e a escrita à norma culta. Por isso, leia, estude e faça exercícios sempre!
Por Mariana Pacheco
Graduada em Letras