História

Origem do termo “Czar”

Conheça a origem do termo “Czar”, usado para referir-se aos imperadores que governaram a Rússia até 1917.

Acima, imagem de Nicolau II, o último czar russo

Você já deve ter ouvido falar mais de uma vez, nas aulas de história, a palavra “Czar” (pronuncia-se tzar) em referência aos reis que governaram a Rússia ao longo de quase quinhentos anos, certo? O primeiro czar russo foi Ivan IV e o último Nicolau II, executado, junto à sua família, pelos bolcheviques em 1917. Mas de onde vem o nome czar? Ele vem da palavra romana “césar”.

A dinastia de imperadores mais emblemática que surgiu no mundo ocidental, seguramente, foi a júlio-claudiana, inaugurada por Otaviano Augusto, primeiro imperador e sobrinho de Júlio César, o grande general, que foi ditador da República Romana. Sabe-se que “césar” era mais que um simples nome; era, sobretudo, um título político, que indicava aquele a quem eram delegados os poderes de governo. Contudo, o termo vem do latim “Caesare” cuja raiz etimológica aponta para “corte”/“cortar” e também para “cabelo”/“cabeludo”. Não se sabe com precisão o porquê de tal palavra ter se associado à figura de um governador no contexto da história de Roma.

No entanto, a palavra “czar” deriva da variante grega para “césar”, que é “kaisar”, haja vista que a língua russa, assim como outros dialetos falados no leste europeu, foram formados a partir do grego. No norte da Europa, na Alemanha sobretudo, o nome “Kaiser”, que é endereçado aos reis, possui a mesma origem.

Entre os russos, o título de “czar” de toda a Rússia foi reivindicado por Ivan IV, o Terrível, em 16 de janeiro de 1547, na Catedral de Moscou, diante do Patriarca de Constantinopla. Mas o título só foi oficializado no ano de 1561.

Ivan era filho de um Grão-duque (título nobre) de Moscou chamado Vassili III, da dinastia Rurik. De temperamento violento, Ivan assenhorou-se do vasto território russo, combatendo e submetendo ao seu jugo vários povos que lá haviam se estabelecido ou que margeavam os domínios do império, como os tártaros.


Por Me. Cláudio Fernandes

Por Cláudio Fernandes

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