Teoria da abiogênese
Saiba mais sobre a teoria da abiogênese e entenda por que ela foi desacreditada.
Entender como a vida surge foi uma dúvida que permaneceu por muitos séculos na sociedade. Uma das primeiras teorias propostas foi a da abiogênese, também conhecida como teoria da geração espontânea.
A teoria da abiogênese afirmava que a vida surgia de matéria inanimada, ou seja, de um material sem vida. O filósofo grego Aristóteles, que contribuiu em vários aspectos para o desenvolvimento da sociedade, era um dos defensores dessa teoria, que era aceita por importantes estudiosos.
Segundo a teoria da geração espontânea, criar um ser vivo era bastante simples. Podíamos, por exemplo, criar ratos a partir de roupas sujas e alguns grãos de trigo. Fazendo essa mistura, bastava esperar alguns dias e teríamos o novo ser, criado a partir de matéria inanimada.
Ao analisarmos essa hipótese nos dias atuais, ela parece completamente ilógica, mas era bastante aceita pela sociedade da época. As pessoas até então não conseguiam perceber que, na verdade, os ratos eram atraídos pelo alimento e pelo cheiro que exalava das roupas. A falta dessa percepção era resultado da não realização de estudos de uma maneira rigorosa para evitar observações erradas.
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Experimento de Redi
A teoria da abiogênese, no entanto, não era aceita por todos, e alguns pesquisadores resolveram fazer estudos para desmentir essa ideia equivocada. O primeiro deles foi Francesco Redi, que montou um experimento em que pedaços de carne eram colocados em potes de vidro fechados e outros abertos por um determinado período de tempo.
Ao final do experimento de Redi, ele observou que as larvas surgiam apenas nos vidros que não estavam tampados e que haviam sido visitados por moscas. Ele concluiu, então, que era impossível a vida surgir de um material não vivo, uma vez que a carne tampada não apresentava larvas e que estas provavelmente surgiam de ovos colocados pelas moscas. A partir dessa conclusão, a teoria da abiogênese foi abalada.
Apesar das pesquisas de Redi, a abiogênese só foi completamente derrubada com os estudos de Louis Pasteur em 1860. Esse pesquisador montou um experimento bastante cuidadoso que evitava brechas para possíveis questionamentos.
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Experimento de Pasteur
Inicialmente Pasteur colocou caldos nutritivos no interior de frascos de vidros com um longo gargalo. Posteriormente, o pesquisador curvou os gargalos de modo que nenhuma partícula presente no ar entrasse em contato com o caldo. Depois desse momento, ele ferveu o caldo nutritivo para matar quaisquer micro-organismos ali presentes.
Passados alguns dias, nada surgiu no interior dos frascos, provando que a vida não poderia surgir de matéria inanimada. Para concluir sua hipótese, Pasteur quebrou o gargalo dos vidros e, após alguns dias, começou a surgir vida no interior dos frascos, uma vez que tiveram contato com micro-organismos presentes no ar.
Apesar da teoria da abiogênese estar incorreta, ela foi fundamental para o estudo sobre o desenvolvimento das formas de vida, pois permitiu que novas hipóteses fossem criadas. A ciência sofre modificações constantemente e novos estudos são fundamentais para que ocorram avanços e que ideias erradas sejam derrubadas e ideias corretas sejam confirmadas.