Aprenda mais sobre Redi e seu experimento e entenda a importância desse pesquisador para a compreensão de que a vida surge a partir de outro ser.
Que a vida surge sempre a partir de outro ser vivo preexistente não é novidade para ninguém, não é mesmo? Entretanto, até meados do século XIX era bastante difundida a ideia de que os seres vivos surgiam a parir de matéria inanimada, sem vida (teoria da abiogênese). Vários pesquisadores realizaram experimentos tentando provar que essa teoria estava incorreta, sendo um deles o italiano Francesco Redi (1626-1697).
→ O experimento de Redi
Francesco Redi realizou um experimento relativamente simples que colaborou para a compreensão de que um ser vivo não pode surgir a partir de matéria sem vida. Para provar sua teoria, Redi colocou pedaços de carne em recipientes abertos e em recipientes cobertos por uma camada de um tecido fino.
Nos recipientes abertos, Redi percebeu que houve a visitação de moscas e que, com o tempo, larvas foram surgindo na carne presente nesse local, as quais posteriormente davam origem a outras moscas. O mesmo não era observado no recipiente coberto, onde a carne permanecia sem larvas.
Diante desses resultados, Redi chegou a algumas conclusões:
A carne não se tornava larvas.
As larvas eram um estágio do desenvolvimento das moscas.
Apesar de nesse caso estar claro que as larvas não surgiam a partir da carne, a teoria da abiogênese não foi completamente descartada. Ficou-se provado nesse momento, para alguns pesquisadores, que a geração espontânea não ocorria em todas as circunstâncias, mas em alguns casos ela poderia sim ocorrer.
Mesmo Francesco Redi realizando o experimento, continuou acreditando na hipótese da abiogênese para explicar outros casos, como, por exemplo, o surgimento de vermes no interior do nosso corpo. Apesar disso, Redi foi essencial para a queda da abiogênese, uma vez que nesse momento começou-se a entender que uma vida necessita de outra para surgir. A abiogênese perdurou por mais um século após esse experimento.