O que é movimento?

O movimento é um conceito relacionado à mudança de posição dada uma passagem de tempo. Pode ocorrer de forma constante, sem que haja aceleração, ou de forma variada, quando sua velocidade sofre influência de alguma aceleração.

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Resumo sobre movimento

• Existem dois tipos de movimento: retilíneo e circular.
• Na Física, o estudo do movimento é feito na cinemática.
• O debate sobre o geocentrismo e heliocentrismo foi sobre o movimento da Terra em relação ao Sol.

Tipos de movimento

O estudo do movimento, na Física, é uma das mais antigas formas de fazer ciência na humanidade. Desde a antiguidade, existe a preocupação de descrever e tentar prever como os astros no céu se movem e quais posições eles ocupam ao longo do ano. Com o passar do tempo, dada a evolução da matemática e o estudo da natureza se transformando em uma ciência com método, o estudo do movimento se consolidou em dois tipos.

a) Movimentos retilíneos: possuem trajetórias em linha reta, independentemente da sua direção ou sentido. Podem ser classificados como uniformes, quando a velocidade não muda ao passar do tempo (por exemplo, uma bolha se deslocando num tubo de água) ou uniformemente variados se a velocidade sofre alterações pela aceleração (um objeto em queda livre, acelerado pela gravidade).

b) Movimentos circulares: são movimentos que ocorrem em torno de um centro ou eixo. As trajetórias possuem curvas, que dependem da existência de uma força muito peculiar, chamada força centrípeta. Essa força impede que os objetos em movimento saiam da trajetória circular, como é o caso da gravidade do Sol sobre a Terra, que mantém o planeta em uma órbita constante. Movimentos circulares podem ser uniformes (ou periódicos, como o movimento de ponteiros de relógio) ou uniformemente variados (um motor girando com frequências variadas).

Estudo do movimento

Dentro da Física, o ramo que se dedica a estudar o movimento se chama cinemática, uma área específica da mecânica. Para descrever o movimento, cientificamente, é necessário ter atenção com duas grandezas: o espaço físico percorrido, ou deslocamento, e o intervalo de tempo entre as posições inicial e final.

Para classificar o estado de movimento de um objeto, é muito importante ter uma noção clara do referencial de movimento, ou seja, entender em qual ponto de vista o movimento está sendo avaliado. Por exemplo, uma pessoa sentada dentro de um ônibus que se desloca pelas ruas irá descrever que as pessoas sentadas junto com ele estão paradas dentro do veículo. E é uma afirmação correta! No entanto, uma pessoa fora do ônibus pode afirmar corretamente que os passageiros estão em movimento. Desse modo, tão importante quanto as grandezas físicas envolvidas é o ponto de vista usado para descrever o movimento em si.

Assim, com base na escolha de um referencial, o movimento passa a ser estudado com base na relação entre o deslocamento efetuado junto ao tempo, resultando em diversas outras grandezas, como velocidade, aceleração entre outras.

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Curiosidades do movimento

• O termo planeta, usado para identificar corpos celestes com órbitas periódicas, vem do grego “asteres planetai”, que significa numa tradução literal “astros que vagueiam”. Suas observações permitiram, desde a antiguidade, a marcar a passagem do tempo e entender o movimento dos astros.
• Na Idade Média, apesar de diversas observações e estudos matemáticos que apontavam o contrário, defendeu-se por muitos séculos que o Planeta Terra era o centro do Universo visível.
• A velocidade da luz é considerada a velocidade máxima que pode ser atingida por um corpo, pois nesse estado toda a massa já se converteu em energia.
• A teoria da relatividade de Einstein mudou completamente a forma de estudar o movimento de corpos com velocidades próximas da luz, criando novos referenciais de espaço e tempo.
• Nosso planeta, apesar de parecer estático, move-se a uma velocidade de 1670 km/h.

Fontes

Oliveira, E. M., Palheta, G. S., & Seabra, L. B. (2016). O Ensino de Ciências e Energias Renováveis: Proposta Metodológica do Forno e Fogão Solar. Ciência E Natura, 39(1), 99–107.

HALLIDAY, D; RESNICK, R. & WALKER, J. Fundamentos de Física - Mecânica, Vol. 1, 8ª   ed. LTC - Livros Técnicos e Científicos Editora. 2011.

HEWITT, P. G. Física conceitual. 9. ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.