Hábito de roer as unhas

A queratina é uma proteína dura e impermeável que compõe nossas unhas. Algumas pessoas, quando se encontram em situações de insegurança, estresse e ansiedade, desenvolvem o hábito de roer as unhas – hábito denominado onicofagia.

Debaixo de nossas unhas se encontram algumas sujeirinhas. Ao levar a mão à boca para roer as unhas, essas sujeirinhas vão parar dentro do nosso organismo. Bactérias, fungos e até mesmo vírus fazem parte dessa sujeira, que, uma vez dentro do nosso corpo, podem provocar algumas infecções como a dor de garganta.

O hábito de roer unhas prejudica o esmalte dos dentes, deixando-os desprotegidos e à mercê das cáries. Em crianças, o hábito de roer unhas pode prejudicar o desenvolvimento dos dentes, causando má oclusão dentária. Quem além de roer unhas ainda as come, tem a possibilidade de causar pequenas lesões no estômago e no intestino.

Às vezes a pessoa está tão habituada a roer as unhas, que seus dedos chegam a sangrar, ficando bem machucados, causando inchaço, vermelhidão e aumento da sensibilidade naquela região, em virtude de uma infecção causada pela retirada das unhas e cutículas.

Debaixo de nossa cutícula se encontra a matriz da unha, ou seja, onde a unha é formada. À medida que a pessoa rói as unhas, essa matriz pode ficar comprometida, afetando o crescimento e o formato das unhas.

Com o hábito de roer unhas, mãos e unhas ficam com uma aparência ruim, e às vezes a pessoa sente muita vergonha. Como o motivo para roer unhas é sempre emocional, o melhor a se fazer é identificar onde está o medo, a insegurança ou a ansiedade e tratar esses sentimentos, para que esse hábito seja esquecido.

Paula Louredo
Graduada em Biologia