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Poeminhas para crianças

Literatura e música para os pequenos: Conheça quatro poeminhas para crianças!

A literatura e a música produziram belos versos que retratam a magia do universo infantil A literatura e a música produziram belos versos que retratam a magia do universo infantil

Toda criança é muito importante e muito especial. O universo infantil, cheio de magia e faz de conta, inspirou muitos poemas e canções em nossa cultura, seja na Literatura ou na música. Quem não fica encantado com o mundo colorido onde mora a imaginação das crianças?

Para homenagear os pequenos, o Escola Kids foi procurar na música e na literatura versos que retratem a beleza e a inocência infantis. Vários poetas e compositores inspiraram-se no universo lúdico das crianças para escrever belíssimos textos recheados de metáforas e lindas imagens. Para vocês, quatro poeminhas para crianças. Boa leitura!


Ruth Rocha é uma das maiores e mais queridas escritoras da Literatura infantil brasileira

O Direito das Crianças 

Toda criança no mundo
Deve ser bem protegida
Contra os rigores do tempo
Contra os rigores da vida.

Criança tem que ter nome
Criança tem que ter lar
Ter saúde e não ter fome
Ter segurança e estudar.

Não é questão de querer
Nem questão de concordar
Os diretos das crianças
Todos têm de respeitar.

Tem direito à atenção
Direito de não ter medos
Direito a livros e a pão 
Direito de ter brinquedos.

Mas criança também tem 
O direito de sorrir.
Correr na beira do mar,
Ter lápis de colorir...

Ver uma estrela cadente, 
Filme que tenha robô,
Ganhar um lindo presente,
Ouvir histórias do avô.

Descer do escorregador,
Fazer bolha de sabão,
Sorvete, se faz calor,
Brincar de adivinhação.

Morango com chantilly,
Ver mágico de cartola,
O canto do bem-te-vi,
Bola, bola,bola, bola!

Lamber fundo da panela
Ser tratada com afeição
Ser alegre e tagarela
Poder também dizer não!

Carrinho, jogos, bonecas,
Montar um jogo de armar,
Amarelinha, petecas,
E uma corda de pular.

Ruth Rocha

Manuel Bandeira foi um de nossos maiores escritores. Ele escreveu o poema ?Menino carvoeiro? para denunciar o trabalho infantil
Manuel Bandeira foi um de nossos maiores escritores. Ele escreveu o poema “Menino carvoeiro” para denunciar o trabalho infantil

Meninos carvoeiros

Os meninos carvoeiros
Passam a caminho da cidade.
— Eh, carvoero!
E vão tocando os animais com um relho enorme.

Os burros são magrinhos e velhos.
Cada um leva seis sacos de carvão de lenha.
A aniagem é toda remendada.
Os carvões caem.

(Pela boca da noite vem uma velhinha que os recolhe, dobrando-se com um gemido.)

— Eh, carvoero!
Só mesmo estas crianças raquíticas
Vão bem com estes burrinhos descadeirados.
A madrugada ingênua parece feita para eles . . .
Pequenina, ingênua miséria!
Adoráveis carvoeirinhos que trabalhais como se brincásseis!

—Eh, carvoero!

Quando voltam, vêm mordendo num pão encarvoado,
Encarapitados nas alimárias,
Apostando corrida,
Dançando, bamboleando nas cangalhas como espantalhos desamparados.

(Manuel Bandeira)


A música brasileira também tem várias canções dedicadas às crianças! O universo infantil sempre rende lindos versos

Bola de meia, bola de gude

Há um menino
Há um moleque
Morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto balança
Ele vem pra me dar a mão

Há um passado no meu presente
Um sol bem quente lá no meu quintal
Toda vez que a bruxa me assombra
O menino me dá a mão

E me fala de coisas bonitas
Que eu acredito
Que não deixarão de existir
Amizade, palavra, respeito
Caráter, bondade alegria e amor
Pois não posso
Não devo
Não quero
Viver como toda essa gente
Insiste em viver
E não posso aceitar sossegado
Qualquer sacanagem ser coisa normal

Bola de meia, bola de gude
O solidário não quer solidão
Toda vez que a tristeza me alcança
O menino me dá a mão
Há um menino
Há um moleque
Morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto fraqueja
Ele vem pra me dar a mão

(Milton Nascimento)


A infância é considerada a fase mais bonita da vida. Toda essa beleza reflete nos versos das poesias da literatura infantil

Pontinho de vista

Eu sou pequeno, me dizem,

e eu fico muito zangado.

Tenho de olhar todo mundo

com o queixo levantado.

Mas, se formiga falasse

e me visse lá do chão,

ia dizer, com certeza:

Minha nossa, que grandão!

(Pedro Bandeira)


Por Luana Castro
Graduada em Letras

Por Escola Kids

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