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Arte Barroca

Conheça as principais características e alguns dos representantes da Arte Barroca.

Acima, o quadro “A incredulidade de São Tomé”, do pintor italiano Caravaggio Acima, o quadro “A incredulidade de São Tomé”, do pintor italiano Caravaggio

Ao longo da Idade Moderna, muitos movimentos artísticos tiveram amplo destaque ao estabelecerem um estilo acentuado em várias modalidades artísticas diferentes, como a música, a pintura, a escultura e a arquitetura. O barroco, ou Arte Barroca, como também é conhecido, constituiu um desses movimentos.

A Arte Barrota desenvolveu-se entre a segunda metade do século XVI e a primeira metade do século XVII, mas a palavra “barroco” foi cunhada posteriormente a esse período por críticos de arte que queriam atribuir a ela um caráter depreciativo (já que barroco significava “disforme”, “tortuoso” etc.). A despeito das críticas posteriores, o contexto em que o barroco floresceu foi caracterizado pelos impactos políticos e sociais provocados pelas Reformas Protestantes e, sobretudo, pela Contrarreforma Católica.

Sabemos que as Reformas Protestantes desencadearam uma onda de guerras civis por todo o continente europeu, fato esse que deu origem ao Estado Absolutista (que ficou encarregado de colocar ordem nos conflitos). A Igreja Católica, por sua vez, elaborou um conjunto de medidas para reafirmar os dogmas do catolicismo e blindar seus fiéis do avanço protestante. O Concílio de Trento (1545-1563), por exemplo, foi reunido com essa finalidade. Uma das medidas tomadas foi o investimento, por parte da Igreja, na produção artística com temas religiosos (com ênfase na tradição católica). Assim sendo, a Igreja Católica passou a ser a principal instituição a encomendar o serviço dos artistas barrocos, principalmente os italianos, que haviam herdado elementos da escola clássica renascentista.

Um dos mais célebres desses artistas foi o pintor Michelangelo Marise de Caravaggio. Porém, ao contrário da busca pela suavidade e beleza sóbria e clara das pinturas do Renascimento, as telas de Caravaggio impressionam pelo naturalismo (expressões fortes de horror, medo, espanto), como é o caso da representação do trecho evangélico em que Cristo mostra suas chagas ao apóstolo Tomé (veja imagem no topo do texto).

Além do naturalismo, pode-se observar nas telas de Caravaggio (assim como nas telas de outros grandes nomes da pintura barroca, como o espanhol Velásquez e os holandeses Peter Paul Rubens e Rembrandt) outra importante característica da arte barroca: o tratamento das cores que enfatizava o jogo entre luz e sombra. Os pintores barrocos esmeraram-se nessa técnica. Na elaboração prévia, ainda na fase do rascunho, já era aplicado o traço dos pontos onde a luz penetraria e o espaço que seria tomado pelo escuro. Além desse contraste entre o claro e o escuro, a pintura barroca também dava ênfase ao movimento, à impressão de uma cena em ato; bem ao contrário da pintura renascentista, que traçava um plano fixo, estático.

Contudo, os artistas do período barroco não se restringiam aos temas da tradição católica. Muitos dos temas da cultura clássica (grega e romana) também foram trabalhados. Continuando com o exemplo de Caravaggio, esse pintor possui telas que retratam desde o mito de Narciso até o mito da Medusa, passando por representações de deuses pagãos, como Baco (para os romanos) ou Dionísio (para os gregos).

Da mesma forma que a pintura, a arquitetura e a escultura barrocas também procuravam desenvolver esses elementos (tanto formais quanto temáticos). Um exemplo são os conjuntos de esculturas do italiano Gianlourenzo Bernini, famoso por ter esculpido a dramática estátua da mística espanhola Santa Teresa de Ávila em êxtase. Abaixo, pode-se observar uma estátua do conjunto “A Fonte de Tritão”, de Bernini, localizada na praça Piazza Berberini, em Roma.


Acima, uma das esculturas do conjunto “A Fonte de Tritão”, do italiano Gianlourenzo Bernini

O barroco ainda teve destaques na literatura, como a própria literatura mística espanhola de Santa Teresa e São João da Cruz, e a poesia não mística de Gôngora, entre outros.


Por Me. Cláudio Fernandes

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