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Química do Chiclete

Vamos conhecer a composição química do chiclete, suas origens e também os problemas resultantes do seu consumo?

Desde a Segunda Guerra Mundial que o chiclete é feito com componentes obtidos a partir do refino do petróleo Desde a Segunda Guerra Mundial que o chiclete é feito com componentes obtidos a partir do refino do petróleo

A História do chiclete, guloseima apreciada em todas as partes do mundo, por pessoas de todas as idades, começou com os gregos, que tinham o hábito de mascar resinas retiradas de árvores. Registros históricos também apontam que maias e incas retiravam látex de uma árvore chamada sapotizeiro (produtora do fruto sapoti, uma fruta doce que tem formato parecido com o do coco-anão) e mascavam-no com frequência, chamando-o de chicle.

O chiclete que conhecemos hoje foi desenvolvido por um inventor norte-americano chamado Thomas Adams, no ano de 1872. Ele produziu o primeiro chiclete por meio dos seguintes materiais:

  • Resinas naturais (substâncias produzidas por vegetais);

  • Aromatizantes;

  • Extrato (líquido retirado de algum material) de alcaçuz (o alcaçuz é uma planta/arbusto de flores azuladas).

A evolução dessa composição ocorreu após a Segunda Guerra Mundial, quando a resina natural foi substituída por outra, a borracha sintética, que é produzida a partir do petróleo. Assim sendo, o chiclete é mais um dos produtos que utilizamos oriundos do petróleo.

Hoje a fabricação de chicletes utiliza os seguintes materiais:

  • Aromatizante (substância utilizada para dar cheiro e sabor, porém se dissolve na saliva e diminui com a mastigação);

  • Corantes;

  • Açúcares (adoçam e promovem maciez);

  • Flavorizantes (aumentam a eficácia dos aromatizantes);

  • Base da goma (formada por parafina e resinas sintéticas);

  • Emulsificantes (óleos vegetais);

  • Ingrediente plástico, como o chamado acetato de polivinila (utilizado para dar mais elasticidade);

Fazer uma bola com chiclete demonstra bem a elasticidade desse produto
Fazer uma bola com chiclete demonstra bem a elasticidade desse produto

Muitas vezes colocamos um chiclete bem duro na boca e, com o tempo, ele vai amolecendo, não é mesmo? Isso acontece porque a temperatura determina a maciez do chiclete. Quanto mais quente ele estiver, mais macio e amolecido ficará; mas se for resfriado, ficará duro e perderá sua elasticidade. Isso ocorre graças a uma característica da borracha sintética que compõe o chiclete: ela é termoplástica, ou seja, pode ser moldada por meio do calor (alta temperatura).


Não importa se o chiclete está muito duro ou não, ele sempre amolecerá na boca

Por isso, se algum dia um chiclete grudar acidentalmente no seu cabelo, não fique desesperado, basta aplicar gelo diretamente para que ele fique enrijecido e possa ser retirado mais facilmente. Entretanto, nem tudo são flores, pois precisamos discutir também sobre os problemas que o consumo dessa deliciosa guloseima pode causar. Confira uma lista com o principais prejuízos do consumo do chiclete:

  • Formação de cáries nos dentes (em razão da presença de açúcares);

  • Crianças podem ter suas vias aéreas obstruídas com a sua ingestão;

  • Crianças pequenas podem ter o fluxo intestinal interrompido se o chiclete for engolido;

  • Se consumido com o estômago vazio, estimula a produção de ácido no estomago, gerando problemas estomacais como a gastrite.

Entre os benefícios do chiclete, podemos citar o estímulo à salivação e o fato de alguns de seus componentes agirem como sabões, efetuando a limpeza dos dentes.


Por Me. Diogo Lopes Dias

Por Diogo Lopes Dias

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