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Invasões Bárbaras

Saiba o que foram e como ocorreram as invasões bárbaras e por que elas são importantes para a compreensão do fim do Império Romano do Ocidente.

Acima, desenhos que retratam os povos bárbaros Acima, desenhos que retratam os povos bárbaros

Hoje em dia, as expressões “bárbaro” e “barbárie” podem ter significados muito diferentes do seu sentido original. O adjetivo bárbaro pode sugerir tanto que uma coisa possa ser muito boa (“Este sorvete é bárbaro!”) quanto muito ruim, cruel (“Um crime bárbaro assustou a cidade na noite de ontem). Entretanto, no contexto do antigo Império Romano, a expressão “bárbaro” era aplicada para denominar aqueles que não falavam latim (a língua oficial do império), isto é, os bárbaros eram estrangeiros, forasteiros. Desde a fase republicana os romanos tinham contato com povos bárbaros, entretanto, foi durante a fase imperial que começaram as chamadas Invasões Bárbaras.

Mas em que consistiam, precisamente, tais invasões? O Império Romano expandiu enormemente as suas fronteiras em todas as direções do continente europeu na fase das guerras de conquista. Nesse período, os romanos, além de passarem a administrar as terras ocupadas, serviam-se também do trabalho escravo dos povos conquistados. Os povos bárbaros vinham do extremo Norte do continente europeu ou do continente asiático em um período em que a escassez de alimentos e o inverno rigoroso pressionavam-nos em direção às porções do Centro-Sul da Europa, isto é, ao coração do Império Romano.

Essa pressão em direção ao núcleo do império fez com que os romanos transformassem suas guerras ofensivas em guerras defensivas contra as invasões bárbaras. À medida que iam ganhando espaço, os bárbaros iam se estabelecendo em antigos domínios provinciais romanos. Os Anglo-Saxões e os Celtas, por exemplo, ocuparam as ilhas onde hoje estão o Reino Unido e a Irlanda. Os Normandos ocuparam uma parte da atual França, enquanto os Germanos instalaram-se em outras partes desse mesmo país e nas regiões da atual Alemanha e Áustria. No extremo Norte, na região da Escandinávia, estabeleceram-se os Vikings.

Na porção central do continente ainda se estabeleceram os Ostrogodos e os Lombardos, tendo esses últimos chegado até as Penínsulas Itálica e Balcânica, onde também estiveram os Visigodos. No extremo Oeste do continente, instalaram-se aqueles que foram considerados alguns dos mais violentos povos bárbaros: os Vândalos. Os Vândalos ocuparam a Península Ibérica, junto aos Suevos, o Norte da África e algumas ilhas do Mediterrâneo.

Da Ásia vieram os Hunos, que possuíam um sistema de pilhagem e um mecanismo de batalha bem diverso daquele usado pelos romanos. A “casa” dos Hunos era, praticamente, o cavalo em que se deslocavam. Sua passagem era avassaladora, pois não tinham em vista o sedentarismo, a fixação em um território. Praticavam uma vida nômade e tinham por hábito a pilhagem extrema. Seu líder, Átila, tornou-se notório por ter sitiado Roma.

O fim do Império Romano do Ocidente é comumente identificado como o momento em que um líder bárbaro, Odoacro, da tribo germânica hérulos, depôs do cargo o último dos imperadores que viveram em Roma, no ano de 476 d.C. 


Por Me. Cláudio Fernandes

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