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Figuras de linguagem

Figuras de linguagem dão mais expressividade ao discurso. Elas são divididas em figuras de palavras, de pensamento, de sintaxe e de som, dependendo do efeito que causam.

As figuras de linguagem são recursos de estilo usados para tornar o discurso mais expressivo. As figuras de linguagem são recursos de estilo usados para tornar o discurso mais expressivo.

As figuras de linguagem são usadas para tornar o enunciado mais expressivo, explicativo ou exagerado, podendo usar a linguagem figurada em alguns casos. São divididas entre:

  • figuras de palavras

  • figuras de pensamento

  • figuras de sintaxe

  • figuras de som

Leia também: Funções da linguagem – aspectos relacionados ao objetivo de um texto

Resumo sobre figuras de linguagem

  • As figuras de linguagem são usadas para dar mais expressividade ao discurso.

  • Muitas delas usam a linguagem figurada, ou seja, aquela que não tem sentido literal.

  • As figuras de linguagem são usadas tanto na linguagem escrita quanto na oral.

  • Podem ser classificadas como figuras de palavras, figuras de pensamento, figuras de sintaxe ou figuras de som, dependendo do tipo de efeito que geram no enunciado.

Videoaula sobre figuras de linguagem

O que são figuras de linguagem?

Figuras de linguagem são recursos de estilo que usamos para deixar o enunciado mais expressivo, explicativo ou exagerado. Elas são usadas tanto na linguagem escrita quanto na linguagem oral e são mais comuns do que costumamos notar.

Muitas figuras de linguagem usam a linguagem figurada, ou seja, aquela que não traz o sentido literal das palavras. Outras figuras de linguagem brincam com o som das palavras para criar efeitos de estilo.

Quais são as figuras de linguagem?

Dependendo do tipo de efeito que as figuras de linguagem geram no enunciado, elas podem ser classificadas como:

- Figuras de palavras (ou figuras semânticas): usam o sentido figurado das palavras para criar efeitos no discurso.

- Figuras de pensamento: combinam ideias e pensamentos diferentes para criar efeitos no discurso.

- Figuras de sintaxe (ou figuras de construção): usam a ordem das palavras no enunciado para criar efeitos, seja repetindo palavras, seja omitindo-as ou invertendo sua posição no enunciado.

- Figuras de som (ou figuras de harmonia): usam os sons das palavras para criar efeitos, repetindo-os ou omitindo-os.

Veja também: O que são vícios de linguagem?

  • Figuras de palavras (ou figuras semânticas)

As figuras de palavras são:

- Metáfora: é um tipo de comparação implícita, feita com base em uma característica em comum entre os elementos comparados. Exemplo: Ele tem um coração de ouro.

- Comparação: é a própria comparação feita de maneira explícita, usando palavras que tornam nítido que se trata de uma comparação. Exemplo: Ele tem um coração tão valioso quanto ouro.

- Metonímia: ocorre quando se usa um termo para substituir outro, sendo que o termo usado representa uma parte do que seria o termo completo (uma parte do corpo para representar o corpo todo, o artista para representar sua produção artística etc.). Exemplos:

Eles têm muitas cabeças de gado.

(Ou seja, não apenas cabeças, mas bois)

Escuto muito Adriana Calcanhotto.

(Ou seja, as músicas da Adriana Calcanhotto)

- Catacrese: são palavras ou termos usados na falta de outros mais adequados para o contexto, ou seja, em casos em que não existe uma expressão apropriada, sendo tomadas outras de empréstimo. Exemplos: dente de alho, maçã do rosto, pele do tomate.

- Antonomásia (ou perífrase): é a substituição de um termo por outra expressão famosa que o identifique. Exemplos: rei da selva (leão), país do samba (Brasil).

- Sinestesia: é o uso de expressões que misturam dois ou mais dos cinco sentidos do corpo humano. Exemplos: olhar frio, palavras ásperas, cheiro doce.

  • Figuras de pensamento

As figuras de pensamento são:

- Gradação: é o desenvolvimento de expressões e ideias que progridem de modo crescente (clímax) ou decrescente (anticlímax). Exemplo: Sussurrei, mas ele não ouviu. Falei mais alto, mas ele ainda não ouviu. Então, gritei bem alto, e todo mundo ouviu.

- Hipérbole: é o uso de expressões exageradas, feito de maneira proposital. Exemplo: Estou morrendo de vontade de brincar na rua!

- Eufemismo: é o uso de expressões que tornam o enunciado menos agressivo e mais suave, geralmente para falar algo muito chocante ou desconfortável. Exemplo: Nosso cachorrinho está no céu agora.

- Litote: também usada para suavizar uma ideia, a litote se caracteriza por fazer a negação do contrário. Exemplo: Ele não é o melhor dos atletas. (Querendo dizer que alguém é um atleta ruim.)

- Antítese: é o uso de palavras de sentidos opostos, estando próximas no enunciado. Exemplo: A alegria e a tristeza fazem parte da vida.

- Paradoxo: é a combinação de ideias que tenham sentidos opostos. Exemplo: Aquele silêncio era ensurdecedor.

- Ironia: ocorre quando se afirma algo querendo dizer o seu completo oposto. Exemplo: Nossa, acho tão engraçado quando vocês fazem piadas sobre mim. (Querendo dizer que as piadas não têm graça nenhuma.)

- Personificação (ou prosopopeia): ocorre quando traços e características humanas são atribuídos a objetos, seres inanimados e animais irracionais. Exemplo: Os brinquedos começaram a discutir quem era o preferido da garota.

- Apóstrofe: é um vocativo, ou seja, quando se chama algo ou alguém, geralmente em uma exclamação que interrompe ou que inicia um enunciado. Exemplo: Nossa! Você não sabe o que me aconteceu!

  • Figuras de sintaxe (ou figuras de construção)

As figuras de sintaxe são:

- Elipse: é a omissão de uma palavra ou expressão que, embora omitida, é facilmente subentendida pelo contexto. Exemplo: Não fizemos nada! (Nós não fizemos nada!)

- Zeugma: é a omissão de uma palavra ou expressão já usada no enunciado. O termo omitido costuma ser marcado por uma vírgula. Exemplo: Eu vivo falando de futebol e ele, de música. (…e ele vive falando de música.)

- Assíndeto: é a omissão proposital de conectivos em contextos em que eles normalmente ocorreriam. Exemplo: Ela é muito viajada! Já conheceu São Paulo, Bahia, Santa Catarina, Goiás, Rio de Janeiro, Amazonas...

- Polissíndeto: é a repetição proposital de conectivos em contextos em que eles normalmente não ocorreriam. Exemplo: Ela é muito viajada! Já conheceu São Paulo e Bahia e Santa Catarina e Goiás e Rio de Janeiro e Amazonas...

- Anáfora: é a repetição proposital de uma mesma palavra ou expressão na construção de um período. Exemplo: Se vier hoje, eu lhe esperarei. Se vier amanhã, eu lhe esperarei. Se vier no próximo mês, eu lhe esperarei.

- Pleonasmo: é um tipo de redundância feita de maneira proposital para enfatizar uma ideia. Exemplo: O caçador vai caçar a sua caça.

- Hipérbato (ou inversão): é a inversão na ordem dos elementos do enunciado, fugindo do esquema típico: sujeito – predicado – complemento. Exemplo: Às quartas, usamos nós roupas cor-de-rosa.

- Anacoluto: ocorre quando há uma quebra na estrutura do enunciado, que muda de modo repentino. Exemplo: Ela, eu sei que era meio esquisita.

- Silepse: ocorre quando algum termo concorda em gênero, número e pessoa com a ideia implícita, e não com os termos explícitos no enunciado. Exemplos:

  • Silepse de gênero: A Salvador que conhecemos é maravilhosa! (A cidade de Salvador que conhecemos é maravilhosa!)
  • Silepse de número: Era uma plateia imensa, e aplaudiram de pé. (Era uma plateia imensa, e aplaudiu de pé.)

  • Silepse de pessoa: Todos estamos estudando muito. (Todos estão estudando muito.)

  • Figuras de som (ou figuras de harmonia)

As figuras de som são:

- Assonância: é a repetição proposital de sons vocálicos, ou seja, sons de uma mesma vogal no enunciado. Exemplo: Ó o auê aí, ó!

- Aliteração: é a repetição proposital de sons consonantais, ou seja, sons de uma mesma consoante no enunciado. Exemplo: O vovô veio com a vela para ver o vazio.

- Paronomásia: é o uso de palavras com som muito similar, gerando efeito sonoro no enunciado. Exemplo: A aranha arranha o jarro, o jarro arranha a aranha.

- Onomatopeia: é a escrita de palavras para tentar reproduzir sons e barulhos diversos. Exemplos: tique-taque, cabrum, pocotó, buááá.

Leia também: Prosódia – parte da gramática que se preocupa com a pronúncia correta das sílabas tônicas

Exercícios resolvidos sobre figuras de linguagem

Questão 1 - Assinale a alternativa em que há uma metáfora.

A) O rato bolou um plano para roubar o queijo.

B) Essa sala é uma geladeira, porque é muito gelada!

C) Chegava, e brincava, e pulava, e corria, e ria sem parar.

D) Estou morrendo de fome!

Resolução

Alternativa B. A sala não pode ser literalmente uma geladeira, mas é usada uma metáfora para compará-la a um ambiente bem gelado.

Questão 2 - Assinale a alternativa em que há uma ironia.

A) Ela é delicada como um touro.

B) Nosso cachorrinho vive no céu agora.

C) Seu lápis caiu perto do pé da mesa.

D) O som doce de sua voz é lindo.

Resolução

Alternativa A. O touro é um animal bruto e nada delicado. Assim, há ironia ao comparar a delicadeza da pessoa à de um touro.

Por Guilherme Viana

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